SONANGOL ATRIBUI À ODEBRECHT CONSTRUÇÃO DE TERMINAL OCEÂNICO DA BARRA DO DANDE
SONANGOL não tem dinheiro. O Estado não tem dinheiro para continuar a alimentar a má gestão de empresas públicas, como a SONANGOL, que o FMI, quer e os capachos neocolonialistas do MPLA aceitam, deve ser privatizada, a favor do capital estrangeiro ocidental ou islâmico... Mas na esquina, dos ventos turvos, se em causa estiver o nome de Isabel dos Santos, filha do mentor político de João Lourenço, que lhe entregou o poder de bandeja e agora ele combate, com todas as forças e raivas de um político perverso, a SONANGOL remove o céu e a terra e encontra dinheiro num pipeline qualquer.
OSONANGOL acaba de dar mais uma mostra de ser uma empresa ao serviço do partido no poder e do seu presidente, ao preferir gastar milhões, para contratar uma empresa estrangeira, para a exploração do terminal do Dande, quando existia uma empresa privada, cuja missão era capitalizar financiamentos para a empreitada e teria a concessão de exploração por parte do Estado durante várias décadas. Quer dizer, dos cofres públicos não sairia dinheiro, mas como estava afecto a Isabel dos Santos era preciso destruir, não fosse o diabo tecê- las. Uma estupiodez económica. O Projecto da Barra do Dande integra os objectivos definidos no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018- 2022 do Executivo, como principal plataforma para assegurar o armazenamento e recepção de produtos derivados de petróleo para as reservas estratégicas, de segurança e operacionais do País.
A Sonangol formalizou, em Luanda, a adjudicação à Odebrecht Engenharia e Construção Internacional ( OECI) da construção do Terminal Oceânico da Barra do Dande ( TOBD), projecto avaliado em 547,8 milhões USD.
A petrolífera assinou os três contratos relativos ao Terminal, resultantes dos concursos públicos para empresas interessadas nas obras de conclusão do projecto, inicialmente entregue a uma empresa ligada à empresária Isabel dos Santos, e já alvo de uma anterior adjudicação. Em comunicado, a Sonangol adianta que foram lançados o concurso para a contratação de serviços de engenharia, “procurement”, construção e comissionamento ( EPCC), vencido pela OECI, outro para a fiscalização da empreitada, atribuída à DAR Angola e ainda para a realização dos Estudo de Impacto Ambiental do projecto, adjudicado à SOAPRO.
Na cerimónia de assinatura participou o secretário de Estado dos Petróleos, José Alexandre Barroso, que em representação do ministro dos Recursos Minerais Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, procedeu à abertura do evento, sendo posteriormente realizada a assinatura dos contratos pelo presidente do Conselho de Administração ( PCA) da Sonangol, Sebastião
Gaspar Martins, e pelo administrador executivo Jorge Vinhas.
A Sonangol salienta que o Projecto da Barra do Dande, na província do Bengo, é um projecto estratégico e de interesse nacional, que integra os objectivos definidos no Plano de Desenvolvimento
Nacional 2018-2022 do Executivo, como principal plataforma para assegurar o armazenamento e recepção de produtos derivados de petróleo para as reservas estratégicas, de segurança e operacionais do país. O projecto visa ainda promover o Dande como um importante ` hub ´ de armazenamento e comercialização de combustíveis na região. Com uma capacidade de armazenamento de combustíveis de 580 mil metros cúbicos de produtos refinados, o TOBD tem o termo das obras previsto, nesta primeira fase, para finais de 2022, refere a Sonangol.
O TOBD - esclarece ainda a Sonangol - irá suprir as necessidades do país e, associado à capacidade já existente, e vai também tornar o processo de receção e distribuição de produtos refinados “mais seguro, eficiente e menos dispendioso”.
A Sonangol adjudicou à OECI a construção do terminal oceânico da barra do Dande, com o valor global de 547,8 milhões de dólares.
Apesar de conhecer muito e estar dentro do assunto sobre essa matéria não é meu forte falar da secreta angolana, por aquilo que conheço sobre o seu “modus operandi”, meandros e outras fintas, que se assemelham mais com acções de pistoleiros ou aventureiros atabalhoados que ainda não tem nada a ver com o nome que lhe é arrojadamente atribuído de serviço secreto.
É mais fácil exploraremse informações até de carácter importante do ponto de vista operativo de alguns dos nossos serviços secretos, do que eles mesmos explorarem, os adversários, não só por falta de formação adequada, mas porque, geralmente, dão sinais de famintos mendigos que querem vender alguns dados, especialmente, quando estão fora do país e com pessoas que eles e só mesmos eles acreditam mereceremlhes confiança. Alguns até em troca da oferta de um casaco de cabedal, sapatilhas da Nike, camisola “parte os cornos” estampada com imagens de Michael Jordan, contam como negociaram com o general fulano de tal, em troca da mana mulata, bem boa, para ser tornar empresário famoso no tempo da kamanga, na Bélgica/ Antwerpen. E, se lhe oferecerem, um bom vinho, uma salada estranha ( que lá na terra só via nos filmes e nas revistas), com uma loira, apresentada só para lhe adocicar a língua e os olhos, então podem crer, que depois de meio tonto, se consegue ter a trajetória toda, até as ordens superiores, criminosas que terria recebido para executar, dentro e fora do país.
É um serviço secreto primário, com muito boçalismo e gente sem qualidade para a importância do serviço que se espera de uma secreta, que não tem nada a ver com o espionar quem diz que o preço da fuba e do gato está caro no mercado ou que livro, o cidadão fulano de tal, lê e se tem ou não ligações com a UNITA. Quando não “patar” ( entrar sem convite) nas festas de casamentos, aniversários de dirigentes da UNITA, espreitando uma distração na tentativa de envenenar, o dirigente tal, por “ordens superiores”, por constar da lista dos que têm que “seguir” sem vontade de Deus.
Não se pode escrever sobre o serviço secreto angolano trazendo a lembrança clara dos filmes de espionagem que assistimos antigamente no Cine N’gola, Avis, Miramar, São Domingos ( S. Dumas) ou no Império, com James Bond em 007 e Ethan Hunt, em missão impossível com acções mirabolantes que deixava qualquer um, na plateia cair com o cú, sobre o criterioso mundo da espionagem, já naquele tempo e com menos meios tecnológicos e informáticos de hoje. Angola, podendo explorar o potencial feminino, banaliza, limitando- se a ter as miúdas da nossa secreta treinadas, como para a manicure, fazendo da sedução e sorriso melancólico a única arma poderosa, na hora de arrastarem as vítimas, até para os terrenos dos lençois, na tentativa de as explorar, extorquindo as informações, que se impõe e não deixaremse cair na sedução e aliciamento financeiro, fazendo o caminho inverso, fornecendo detalhes importantes aos inimigos. Por tudo isso, ainda se está longe de se ter um serviço secreto, rigoroso, profissional e mesmo secreto. Continuarei
Os velhos e crónicos vícios adoptados por políticos de meia tigela para se perpetuarem no poder continuam em alta. Os lobistas estão de mangas arregaçadas e em acção activa para defender a paupérrima governação e falta de diálogo entre governantes e governados na província do Huambo.
Nas vestes de “advogados do diabo” não medem esforços para penetrar a cortina palacial com o fito de persuadir o Presidente da República e do MPLA a dar mais um voto de confiança à Lotti Nolika, apesar das inúmeras irregularidades e denúncias relacionadas com a sua ( des) governação, caracterizada por um festival de incompetência.
A prática mostra que infelizmente o PR João Lourenço, por mais vontade que tenha em divorciar- se do modelo de governação do seu antecessor, os lobistas continuam a indicar gente que teima em plantar o modelo de governação do tempo da “antiga senhora”, e o Huambo tem sido uma prova disto mesmo. Nos últimos dias temos assistido uma guerra acérrima para defender a todo custo uma governação que falhou desde a sua gênese. Alguns auxiliares do Titular do Poder Executivo tudo fazem para desacreditar os discursos do líder. Numa das mensagens proferidas à Nação, o também presidente do partido que forma o governo disse, “o partido tem de ser aquilo que o povo espera de nós”. Infelizmente a prática tem se mostrado totalmente contrária.
Seria bom questionarmos nos se uma pessoa que não dialoga ou que dialoga apenas com gente da sua família política consegue mobilizar votos para o seu partido, ou vão contar apenas com a base de dados do partido, que diga- se em abono da verdade, muitas vezes acaba por não ser fidedigna?
Uma outra questão não menos importante, depois da onda de protestos em curso, que moral terá a senhora governadora para convocar um encontro com a juventude local? É importante que JLO não tenha falha de memória, porque essa gente que está a empurrar o PR a cometer erros sucessivos ( Mutatis Mutandis) é a mesma que empurrou o “arquiteto da corrupção e do nepotismo”, José Eduardo dos Santos, a cometer muitos erros e, hoje, foi relegado ao esquecimento e desprezo total.
Penso ser hora do Presidente João Lourenço começar a balançar bem os conselhos dos lobistas que o ladeiam e pensar qual será a atitude dessa gente camaleónica depois da sua governação.