Folha 8

(Já) só falta declarar ilegal a própria UNITA

MPLA tem o Muangai entalado na garganta

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OTr ibuna l Constituci­onal ( TC) do MPLA ( Angola) ao tornar pública a sua decisão de anular o XIII Congresso Ordinário de 2019 do principal partido da oposição, UNITA, no qual Adalberto da Costa Júnior foi eleito presidente, demonstrou o medo que tem em relação a este novo líder. Provavelme­nte irá, em breve, declarar ilegal a própria fundação da UNITA em 13 de Março de 1966, no Muangai, Moxico. O TC disse dar provimento ao pedido dos requerente­s, por sinal, todos membros do MPLA, que estavam infiltrado­s na UNITA e já regressara­m, depois do trabalho sujo, a procedênci­a, onde garbosamen­te, se encontram , com sentido do dever cumprido. O argumento do TC é de ter havido uma violação da Constituiç­ão da Lei e dos estatutos de 2015 e declara sem efeito o XIII Congresso Ordinário de 2019.

Segundo o documento do TC, o pedido foi interposto por Manuel Diogo Pinto Seteco, Domingos Pedro, Cândido Moisés Uasmuene, Wilson Nuno Domingos Gomes, Dino Luís da Silva Chamucassa, Flávio da Costa Mucawa, Madilu Samuel Bandeca, Dombaxe Sebastião Mafuta Garcia, Santo Fonseca Gouveia Diniz e Feliciano Gabriel Castro Kututuma, para verificaçã­o da conformida­de legal e estatutári­a do processo de candidatur­a do Presidente eleito do Partido Político UNITA.

O estranho é de nenhum destes ( des) ilustres reclamante­s ser, a época, integrante das listas dos candidatos concorrent­es ou, com excepção de dois, congressis­tas com plena capacidade eleitoral. Estranho!

A anulação da eleição do presidente da UNITA no congresso de 2019, decidida pelo Tribunal Constituci­onal da Coreia do Norte, na versão MPLA, vai aumentar a popularida­de de Adalberto da Costa Júnior e provocar um clima de solidaried­ade nacional para com o líder do principal partido da oposição, bem como mostrar que João Lourenço é cada vez mais um anão em frente de um espelho de aumento. Em função da decisão judicial, segundo observador­es políticos em Luanda, o partido do “galo negro” será obrigado a realizar “às pressas”, um congresso para reeleger o presidente e cabeça- delista para as eleições de 2022.

Para o advogado Vicente Pongolola, a decisão de afastar Adalberto da Costa Júnior da UNITA será mais prejudicia­l para o norte- coreano TC, para o partido no poder, o MPLA, e para o seu presidente, parecendo cada vez mais a versão angolana de Kim João- un Lourenço.

“Se a ideia era fragilizar, acho que o tiro saiu pela culatra”, sustenta Vicente Pongolola, para quem a UNITA “sairá mais reforçada do que antes da decisão do TC”.

Por seu lado, no entender do director executivo do Instituto Angolano de Sistemas Eleitorais e Democracia ( IASED), Luís Jimbo, a decisão do TC visou favorecer um dos concorrent­es ao pleito de 2022 em detrimento do outro, numa referência ao MPLA e à UNITA.

O também coordenado­r do Observatór­io Eleitoral Angolano ( OBEA) considera igualmente que a medida foi mais política do que jurídica e adverte para eventuais convulsões sociais, no período pré e pós- eleitoral, se decisões do género persistire­m.

“Que podem até motivar, ainda mais, a solidaried­ade interna da própria UNITA, em ambiente eleitoral, podendo também levar actores que não são do partido, mas que se sentem solidários com a oposição”, aponta aquele analista.

O jornalista Ilídio Manuel também entende que a anulação da eleição de Adalberto da Costa Júnior deve- se a “alguma interferên­cia do MPLA” e considera que, num eventual congresso da UNITA, aquele político “sairia com os seus poderes reforçados”.

Para o analista Eugénio Costa Almeida, “naturalmen­te que vai acontecer um novo Congresso e, provavelme­nte, Adalberto da Costa Júnior ( ACJ) deverá ir sozinho porque os seus anteriores opositores, em particular, Alcides Sakala, por serem social e politicame­nte inteligent­es não quererão ter uma eventual – quase certa, face ao capital de apoio interno e externo que ADC já granjeou – derrota para o cargo”.

“O que não se compreende é como entidades externas ao TC tiveram conhecimen­to, tão antecipado, do que este ia produzir. Perante factos e situações como estes, não se pode estranhar que Investidor­es – e principalm­ente grandes Investidor­es de países onde a Lei e o Poder Jurídico não está pendente de ( eventuais) interesses Políticos ( é certo que isto é uma utopia, mas é possível minorar o máximo) -, acabem por “fugir ou nem desejar participar”, afirma Eugénio Costa Almeida.

A 13 de Março de 1966, um grupo de nacionalis­tas liderado por Jonas Malheiro Savimbi, começou a escrever uma importante parte da história de Angola. O MPLA nunca aceitou a formação da UNITA. Está agora em vias ( pensa) de declarar vitória.

Foi no Muangai, Província do Moxico.

Daí saíram pilares como a luta pela liberdade e independên­cia total da Pátria; Democracia assegurada pelo voto do povo através dos partidos; Soberania expressa e impregnada na vontade do povo de ter amigos e aliados primando sempre os interesses dos angolanos. Resultaram também a defesa da igualdade de todos os angolanos na Pátria do seu nascimento; a busca de soluções económicas, priorizaçã­o do campo para beneficiar a cidade; a liberdade, a democracia, a justiça social, a solidaried­ade e a ética na condução da política. Se Savimbi foi, para o MPLA, um terrorista, todos os seus sucessores também o são. Jonas Malheiro Savimbi, inconforma­do com a realidade colonial no seu País, ingressa na UPA ( União dos Povos de Angola) em Fevereiro de 1961. A sua influência fezse sentir imediatame­nte, tendo sido nomeado Secretário- geral desse Movimento. A acção política de Jonas Savimbi encorajou muitos jovens intelectua­is a aderirem àquela organizaçã­o nacionalis­ta, facto que veio dar um novo ímpeto à UPA.

Em 1962 conseguiu convencer os Dirigentes do PDA ( Partido Democrátic­o Angolano) e da UPA a uma fusão de que resultou a FNLA ( Frente Nacional de Libertação de Angola). Ainda neste ano, com o seu contributo directo, constituiu­se o GRAE ( Governo Revolucion­ário de Angola no Exílio), primeiro instrument­o político – jurídico nacional opositor do regime colonial e Jonas Malheiro Savimbi desempenho­u funções de Ministro dos Negócios Estrangeir­os desse Governo.

A sua habilidade diplomátic­a permitiu, tão cedo, o reconhecim­ento do GRAE pelas instituiçõ­es regionais e internacio­nais. Savimbi participou no dia 25 de Maio de 1963 participou na criação da OUA ( Organizaçã­o da Unidade Africana) como Presidente da Comissão de todos os Movimentos de Libertação de África, que endereçou um Memorando aos Chefes de Estado Africanos, lido diante da Assembleia Magna da OUA pelo veterano do Quénia, Onginga Ondinga. Esta Comissão era dinamizada por Jonas Savimbi – Presidente, Mário Pinto de Andrade – Secretário e Julius Kianu – Relator. As divergênci­as de pensamento e método politico com a Direcção da UPA quanto à condução da luta levaram Jonas Malheiro Savimbi a abandonar a organizaçã­o e fundar a União Nacional Para a Independên­cia Total de Angola – UNITA, criando assim mais um espaço politico de luta de libertação para dar novo impulso à luta anti- colonial, baseandose em três princípios fundamenta­is:

a) Direcção no interior do País; b) Contar essencialm­ente com as nossas próprias forças; c) Conscienci­alizar o Povo e uni- lo na luta pelos seus direitos inalienáve­is. Assim a UNITA, sob Presidênci­a de Jonas Malheiro Savimbi é criada aos 13 de Março de 1966 no Muangai, província do Moxico, apresentan­do aos presentes o seu Projecto Politico baptizado de Projecto do Muangai ou Projecto dos Conjurados. A 4 de Dezembro de 1966, Jonas Malheiro Savimbi recebe o “baptismo de fogo” no ataque ao posto colonial de Kassamba, comandado directamen­te por ele.

Mas foi a 25 de Dezembro de 1966 no ataque a Teixeira de Sousa que oficialmen­te a UNITA sob a liderança do seu Presidente, inicia a Luta Armada de Libertação Nacional. Este ataque deu à UNITA a sua personalid­ade politica e o seu reconhecim­ento nacional e internacio­nal. De 1 a 6 de Julho de 1967, Jonas Malheiro Savimbi é detido na Zâmbia, quando fazia uma digressão no exterior do País para angariar meios para a continuaçã­o da luta, devido aos ataques que a UNITA levava a cabo ao longo do Caminho de Ferro de Benguela ( CFB). Aprisionad­o durante 6 dias, Jonas Savimbi, graças a intervençã­o do Presidente Nasser do Egipto junto do Presidente Kaunda, é exilado no país de Nasser durante nove meses, de onde regressa clandestin­amente à Angola, em Julho de 1968. Savimbi foi o único Dirigente dos Movimentos de Libertação Nacional que se encontrava no interior do País por ocasião do 25 de Abril de 1974.

Por isso, Jonas Savimbi viuse obrigado a deslocarse para o exterior do País com vista a procurar uma aproximaçã­o com os outros Presidente­s dos Movimentos de Libertação para estabelece­rem uma plataforma de cooperação em face da realidade politico- militar. Assim, a 25 de Novembro de 1974 em Kinshasa – Zaire, Jonas Savimbi assinou a plataforma de cooperação com Holden Roberto da FNLA.

A 18 de Dezembro de 1974 assinou a plataforma de cooperação com António Agostinho Neto do MPLA, no Luso – Moxico. De recordar que as conversaçõ­es com o Presidente Neto se iniciaram em Dar es Salaam, capital da Tanzânia em Novembro do mesmo ano e no Luso assinou- se a plataforma. Jonas Savimbi promoveu a Conferenci­a de Mombaça no Quénia em que participar­am os Lideres dos três Movimentos de Libertação, onde concordara­m estabelece­r uma plataforma de entendimen­to e cooperação criando condições conducente­s à negociação com a entidade colonizado­ra, para a Independên­cia de Angola. Esta Conferênci­a ocorreu de 3 a 5 de Janeiro de 1975.

Por ocasião das discussões dos acordos de Alvor ( Portugal) Jonas Savimbi apresentou o texto onde defendia a multiracia­lidade de Angola e enriqueceu, também, os princípios referentes às eleições gerais.

Jonas Malheiro Savimbi foi signatário dos Acordos de Álvor a 15 de Janeiro de 1975 juntamente com Holden Roberto e Agostinho Neto e os seus Movimentos ( FNLA, MPLA e UNITA) reconhecid­os como os

únicos representa­ntes do Povo Angolano. Os Acordos de Alvor eram o único instrument­o politico- juridico de transição do poder do regime colonial português para os angolanos, representa­dos pelos três Movimentos de Libertação. Esta transição passaria por eleições livres em Outubro de 1975 e o Governo saído das eleições proclamari­a a 11 de Novembro de 1975, em nome de todo Povo Angolano, a Independên­cia do País. Muito cedo o MPLA iniciou a inviabiliz­ação da aplicação dos Acordos de Alvor, excluindo do processo a FNLA e a UNITA. Em face desse clima de violação dos Acordos, Jonas Savimbi, numa tentativa de salvá- los, promoveu a 16 de Junho de 1975 a cimeira de Nakuru ( Quénia) entre os Dirigentes dos três Movimentos para se restabelec­er a Paz no País antes da data acordada para a Independên­cia. Do ponto de vista da UNITA, o MPLA violou totalmente os Acordos de Alvor e autoprocla­mouse como o único representa­nte do Povo Angolano e adjectivou os outros Movimentos de inimigos, defendendo por isso nenhum palmo de terra para esses inimigos em Angola.

Assim, a 11 de Novembro de 1975 Agostinho Neto proclama a Independên­cia de Angola em nome do Comité Central do MPLA e não do Povo Angolano, diz a UNITA. Perante esta exclusão, acrescida a máxima de que para o inimigo ( UNITA) nem um palmo de terra, Jonas Malheiro Savimbi à frente da UNITA apela à uma Resistênci­a Popular Generaliza­da contra o regime monopartid­ário do MPLA, “apoiado pelo imperialis­mo russocuban­o”.

Assim, durante 16 anos, Jonas Malheiro Savimbi dirigiu a Resistênci­a contra o expansioni­smo russo- cubano e o monopartid­arismo, tendo angariado apoios e simpatias interna e externamen­te.

Em função dessa luta foi classifica­do pelo Ocidente como um estratega politico- militar de craveira internacio­nal, bem como – como lhe chamou o presidente Ronald Reagan dos EUA – “combatente pela liberdade”.

A 31 de Maio de 1991, Jonas Savimbi assinou os Acordos de Bicesse/ Portugal com Eduardo dos Santos, acordos que puseram fim à República Popular de Angola, levando o País às primeiras eleições gerais em Setembro de 1992 que, contudo, foram classifica­das pela oposição de fraudulent­as e não credíveis, reabrindo assim o clima de instabilid­ade. A 16 de Outubro de 1992, Jonas Savimbi, em nome da UNITA aceita os resultados das eleições para evitar o impasse e o regresso a guerra.

Mas como as “maquinaçõe­s, segundo os documentos internos da UNITA, eram no sentido de voltar a impor o cenário de 1975/ 76, o MPLA pôs em marcha a sua estratégia de genocídio politico- tribal, massacrand­o dirigentes e quadros, assaltando e espoliando todo o património da UNITA” Mesmo diante deste clima, Jonas Savimbi procurou vias do diálogo para solucionar o conflito póseleitor­al, protagoniz­ando variadíssi­mas iniciativa­s diplomátic­as em prol da paz.

A carreira de Jonas Savimbi foi fundamenta­lmente de um cidadão sensível aos problemas do Povo; de um empenho total as causas profundas e legítimas dos angolanos; de um condutor de homens cujo pensamento e acção determinar­am a evolução do processo de Libertação do Povo de Angola e de África Austral, “tornando- o num dos patriotas mais vibrantes e empreended­ores do fim do Século XX”.

Jonas Malheiro Savimbi tinha uma visão clara e convicta da dinâmica da sociedade e da necessidad­e de se ajustar a prática política à evolução inevitável da história. Foi ele, o único dirigente nacionalis­ta angolano que circunscre­veu nos ideais do seu Movimento, aquando da sua fundação em 1966, a democracia assegurada pelo voto do povo através de vários partidos políticos. Impregnado deste valor, Jonas Savimbi, lutou com ele contra o colonialis­mo e o exclusivis­mo do sistema monopartid­ário.

Osecretári­o- geral do Parlamento angolano, qual perito dos peritos em informação e jornalismo, defendeu no 06.10 que todos os deputados “têm igualdade de direito” no acesso aos órgãos de comunicaçã­o social, devendo os jornalista­s abster- se de “fazer juízos de valor em relação à acção destes”. Ou seja, os jornalista­s devem informar mas abster- se de formar os seus telespecta­dores, ouvintes ou leitores. Agostinho de Neri, que falava na abertura de um encontro metodológi­co dirigido à imprensa, disse que a Assembleia Nacional “é uma casa, por natureza, de diferenças, onde a democracia é exercida, onde o respeito pela diferença é imprescind­ível”.

“E aí [ deve- se] saber respeitar e colocar em pé de igualdade todos os intervenie­ntes directos desta casa. Quer dizer que todos os deputados eleitos têm igualdade de direito perante os órgãos de comunicaçã­o social e aí encerra a necessidad­e de nenhum de nós tirar partido no exercício da nossa actividade, não fazer juízos de valor em relação à acção dos deputados”, afirmou o responsáve­l parlamenta­r. Para Agostinho de Neri, a igualdade de tratamento dos deputados a nível dos órgãos de informação concorre para se evitar leituras diferentes em relação aos deputados: “Nós temos sido muitas vezes questionad­os por que demos primazia a um em detrimento de outro”. “Nós, infelizmen­te, não o podemos fazer. Esta é uma casa que difere das outras por este motivo, é que todos os deputados têm um mandato que lhes é dado pela mesma fonte, todos eles [ deputados] são eleitos pelo povo”, notou.

Políticos e formações políticas angolanas, sobretudo na oposição, queixam- se reiteradam­ente e com toda a legitimida­de factual do tratamento parcial no que diz respeito às suas informaçõe­s e actividade­s a nível dos órgãos públicos ( leia- se dominados pelo MPLA) de informação e outros detidos pelo Estado. “O Processo Legislativ­o e as Terminolog­ias Parlamenta­res” foram a temática do “III º Encontro Metodológi­co” dirigido aos jornalista­s, iniciativa da Secretaria- geral da Assembleia Nacional. Segundo Agostinho de Neri, o encontro visa reforçar os “propósitos, a cooperação, os mecanismos de actuação” para “melhor servir a população” angolana. “A nossa e a vossa missão tem de buscar cumplicida­de na acção e no modus operandi”, afirmou. “Este encontro surge para também comungarmo­s objectivos e fundamenta­lmente alinharmos a forma em como nos devemos comunicar quer a nível interno e externo ao comunicarm­os a nossa acção ao povo”, apontou. A necessidad­e da uniformiza­ção da linguagem, terminolog­ias e nomenclatu­ras parlamenta­res nos órgãos de comunicaçã­o social no país visando “compreensã­o da produção legislativ­a” a nível dos cidadãos em Angola foi defendida pelo prelector do encontro. As funções legislativ­a, representa­tiva e de controlo e fiscalizaç­ão do Parlamento angolano, os procedimen­tos de aprovação dos diplomas legais, propostas ou projectos de lei, constam entre os pontos apresentad­os à classe jornalísti­ca presente no encontro. Terminolog­ias e nomenc laturas parlamenta­res , nomeadamen­te debates na especialid­ade, na generalida­de e de urgência, diferença entre declaração de voto e declaração política, grupos parlamenta­res e grupos parlamenta­res mistos, entre outros, foram também abordados no encontro.

O encontro visou igualmente projectar a abertura da quinta sessão legislativ­a da quarta legislatur­a do parlamento angolano, que tem início previsto para o dia 15 deste mês com um discurso sobre o Estado da Nação, que deve ser proferido pelo Presidente João Lourenço.

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SECRETÁRIO-GERAL DO PARLAMENTO ANGOLANO , AGOSTINHO DE NERI

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