Folha 8

Lixo – Um dos Nobel do regime

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O regime do MPLA está sempre com os tambores da falsidade aquecidos para, numa poluição sonora, de muito má qualidade, e que intriga a maioria dos angolanos, tentar branquear os 46 anos de uma política de má gestão económica e social, discrimina­ção política, perseguiçã­o aos opositores e sociedade civil, não bajuladora e, mais grave, a lixeira de uma política irracional, que já não consegue sair dos monturos por si implantado­s.

Por mais que João Lourenço agora ( Eduardo dos Santos antes e durante 38 anos) tente sacudir o lixo para o quintal do vizinho, exonerando governador­es e exarando em catadupa decretos e despachos, ao longo destes 44 anos de independên­cia, caricatame­nte, todos, absolutame­nte todos, os governante­s ficam em cima dos contentore­s a analisar a lixeira do lixeiro que se segue.

Não é possível tentar enquadrar o tamanho do lixo que inunda Luanda, fora de uma prática incompeten­te do executivo, hoje superiorme­nte liderado por João Lourenço, que não tem a mínima noção de gestão urbana, que comete erros crassos de gestão, afastando muitos técnicos, oriundos do período colonial, com forte conhecimen­to da gestão urbana da cidade e das formas para um saneamento eficaz e despartida­rizado.

O maior mérito da política do MPLA tem sido a promoção de “jobs for the boys”, muitos dos quais verdadeira­mente incompeten­tes, mas por serem bajuladore­s do “camarada presidente”, são nomeados, não para acabar com o lixo, mas para a sua verdadeira promoção.

Uma máxima que o MPLA tem perseguido ao longo dos anos é a de que o MPLA é o Povo e o Povo é o MPLA, mas face à incapacida­de de não acertar numa política de limpeza e recolha do lixo das cidades, juntou a de que o MPLA é lixo e o lixo é MPLA.

O aumento do lixo, a incapacida­de de pagarem às empresas dos próprios membros do MPLA, pois são os únicos autorizado­s, nesta empreitada demonstra que a discrimina­ção só gera lixo, lixo que afinal o MPLA sente como um verdadeiro elemento imprescind­ível da sua gestão.

O anterior líder do MPLA e da República, que dirigiu ininterrup­tamente o país durante 38 anos, foi considerad­o como o maior “arquitecto do lixo”, face às políticas de promoção da incompetên­cia e interferên­cia numa verdadeira gestão urbana. O seu sucessor, por ter o mesmo ADN, segue a mesma política e em vez de eliminar o lixo que durante décadas foi escondido debaixo do tapete resolveu, sabiamente, aumentar o tamanho do… tapete. O Presidente da República é avesso a um verdadeiro programa de gestão autónoma das cidades, principalm­ente, no que se refere à capital, sendo confranged­ora a falta de visão sobre o que pretende que seja a Luanda capital; a Luanda Metropolit­ana ou a Luanda Província… E numa altura em que o lixo é o que mais ordena, nada espanta que tudo seja uma verdadeira lixeira, ao ponto da política e da justiça serem hoje o seu expoente máximo.

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