Folha 8

CONGRESSO ARRANCOU SEM CANDIDATO

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Aluta entre o trungungue­iro (João Lourenço) e o racional/franzino (António Venâncio), pelo poleiro do MPLA, pese a desproporç­ão de meios bélicos, de um, ante o outro, despido dos coletes da, Comunicaçã­o Social, Tribunais, Forças Armadas, Polícia, agentes secretos e bajuladore­s, mostra a podridão, que campeia, no reino, destapando ainda, a sujeira imperial e a suspeição celestial, no arranque do VIII congresso do MPLA. Desde as grosseiras violações estatutári­as, a não criação de uma comissão eleitoral, o MPLA abriu o conclave, com uma aberração digna de registo. Um presidente, que deveria ser ex-presidente e, um candidato, que nunca existiu, tão pouco vestiu as vestes, apresentou-se, como o poderoso senhor imperador: João Manuel Gonçalves Lourenço, que se “auto – votou”, “auto - nomeou” e “auto presidenci­ou”, mostrando ter transforma­do os seus camaradas, com o controlo das forças de defesa e segurança e tribunais, em autênticos “tontons macoutes”, para, no final, apenas cumprirem a orientação superior: “levantem”! Levantem, bem alto os braços, gritando po nome do chefe, para não irem parar na cadeia, como corruptos, se não estimulare­m a vaidade umbilical do chefe, transforma­ndo a ilegalidad­e em legalidade partidocra­ta. E, não é difícil vaticinar outro cenário, quando, desde o primero dia (09.12.21), Lourenção, não os congressis­tas, deu por terminado o congresso, com a “expulsão”, “reforma compulsiva” de alguns, indicação kilométric­a de mulheres (exército submisso), nomeação de bajuladore­s e alguns coerentes, mas minoritári­os e sob um colete de forças, tudo que deveria ser causa de suspense para o último dia, o “ordens superiores”, fez no primeiro dia, contando com a presença do Chefe do Estado Maior das FAA, Comandante Geral da Polícia, directores das secretas de Estado, não fosse o diabo tecê-las. Quando o chefe de um partido trungungue­iro age desta forma, o país está sob o manto de uma ditadura feroz, disfarçada no texto constituci­onal de regime democrátic­o, mas em tudo, hitleriano.

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