PRESIDENTE RELATIVO
DE UMA RELATIVA GOVERNAÇÃO
Nunca me senti, tão relativamente, decepcionado, perdão, absolutamente, revoltado, com a relativa linguagem do presidente do MPLA, João Manuel Gonaçalves Lourenço. De humilhação em humilhação, até a humilhação final, aos angolanos, chegou a vez de brincar, “brutalmente” com a fome, que assola cerca de 20 milhões de pobres. Dom Lourenço conjugou, abjectamente, o verbo, no relativo, transformando-o, em estrofe, relativa: “fome, fome, fome”, jocosamente, contra os autóctones, numa baixaria que nem a relatividade partidocrata, encontra assento.
ONunca me senti tão, relativamente, decepcionado, pe rdão , absolutamente, revoltado com a relativa linguagem do presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço. De humilhação em humilhação, até a humilhação final, aos angolanos, chegou a vez de brincar, “brutalmente” com a fome, que assola cerca de 20 milhões de pobres. Dom Lourenço conjugou, abjectamente, o verbo, no relativo, transformando-o, em estrofe, relativa: “fome, fome, fome”, jocosamente, contra os autóctones, numa baixaria que nem a relatividade partidocrata encontra assento.
O presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, ofendendo milhões de angolanos, colocados na condição de pobreza, devido à incompetência crónica do seu regime, considerou, em tom jocoso:
“Talvez por conveniência própria, talvez por conveniência política convenha repetir incessantemente a palavra ‘fome’ mas eu diria que o grande problema de Angola, se quisermos ser mais precisos, é o pouco poder de compra dos nossos cidadãos resultante dos altos índices de desemprego”.
A afirmação presidencial, desdenhando a fome de milhões é uma punhalada absoluta no sonho dos que auguravam outro desempenho do presidente do maior partido angolano. Revolta! Revolta-me e persegue-me, como a fome, que não aprendi nos livros, me perseguia, porque a vivi, passei, senti, gemi, no mato e nas matas.
Asno? Tem tradução política? E asmo? Se sim, estaremos diante de um pronome relativo, cujo objecto foi de ofender os descendentes dos habitantes dos vários reinos, antes da colonização colonial. Foi uma linguagem infeliz (próxima de torpe) ou um adjectivo absoluto? Tenho, como milhões de angolanos, a alma destroçada face à relatividade autoritária dos dirigentes do MPLA, ricos, muitos ladrões de colarinho branco, complexados, mas pobres de espírito, mesmo exibindo apetites ocidentais, confundirem as suas amplas despensas (abastecidas com dinheiro do erário público), com os “kalugares” (contentores de lixo) onde os pobre se abastecem.
É uma heresia, perdão camarada presidente, afirmar:
(...) “repetir incessantemente a palavra ‘fome’ mas eu diria que o grande problema de Angola, se quisermos ser mais precisos é o pouco poder de compra dos nossos cidadãos resultante dos altos índices de desemprego”.
Fiquei, melhor, estou indignado, como se estivesse a ver alguém com émese, que é a expulsão activa do conteúdo gástrico pela boca, um sintoma bastante desagradável e, mais indignado ainda foi observar como um conjunto de políticos, que se pavoneia, como os expoentes máximos da intelectualidade, manterse impávida e serena, muda e queda, sem reacção, mas com serena submissão, e relativa covardia, como se fossem (ou serão mesmo?) uma matilha do mal, que apadrinha, também, o assassinato de carácter dos hipossuficientes. O presidente relativo do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, o Presidente da República, relativo, João Manuel Gonçalves Lourenço, o Titular do Poder Executivo, relativo, João Manuel Gonçalves Lourenço, o Comandante-em-chefe, relativo, das FAA, João Manuel Gonçalves Lourenço, o nomeador dos juízes e procuradores, relativo, João Manuel Gonçalves Lourenço chegou aos extremos, não que não soubesse o grau da provocação abjecta, que causaria ou causou na sociedade civilizada, ao ofender, ao vivo e a cores, os desempregados que, hoje, carregam, no corpo, os coletes amarelos da FOME! Camarada presidente do MPLA, João Manuel Gonçalves Lourenço, espero ardentemente que este não seja, pese a promiscuidade de função, o pensamento do Presidente da República, porque a utilização indevida de um pronome pode causar conflitos incontornáveis, num país, principalmente, quando, voluntária e conscientemente, se ofende um segmento populacional importante e numeroso da sociedade:
o exército dos POBRES e DESEMPREGADOS e os batalhões da FOME!
Estamos, é verdade, no meio de uma revolução de conceitos, confrontados com um pronome; aqueles que retomam um substantivo (ou um renome) anterior a eles, substituindose no início da oração seguinte, cujo superlativo pode ser absoluto ou relativo:
“O presidente João falou no meio dos militantes do MPLA. O presidente João obteve a cumplicidade de todos os militantes do MPLA, presentes no 11 de Novembro, estádio”, aqui, camarada presidente, estamos na presença de um pronome relativo.
“Nós conhecemos o presidente do MPLA. O presidente do MPLA, tal como os outros, é mau”! Isso é relativo, senhor presidente? Não! É absoluto! Relativo é o pronome! Em português um pronome relativo é aquele que substitui um termo na oração anterior e estabelece relação entre duas orações”. “O MPLA herdou um território, em 1975, com altos índices de produção alimentar. O MPLA arruinou a produção alimentar e institucionalizou a fome, na maioria dos angolanos”. Isso é absoluto. É adjectivo. Superlativo absoluto: “Não tem comparação a baboseira”!
O grau superlativo absoluto analítico: (composto) quando o adjectivo é modificado por um advérbio. Ex: João é muito básico, como conciliador. Mas se a isso se quiser adicionar o grau superlativo absoluto sintético, que ocorre quando o adjectivo adiciona o sufixo: adjectivo+sufixo: Ex: João é tapadíssimo. É preciso verificar a forma como o camarada presidente do MPLA quis adjectivar um drama que leva milhões de autóctones, até mesmo na cidade onde ele mora: Luanda, a alimentar-se, diariamente, diante de todos, ao vivo e a cores, nos contentores de lixo, cuja comida, sendo sobejos, não é relativa, mas um adjectivo absoluto:
FOME! “Talvez por conveniência própria, talvez por conveniência política convenha repetir incessantemente a palavra ‘fome’ mas eu diria que o grande problema de Angola, se quisermos ser mais precisos é o pouco poder de compra dos nossos cidadãos resultante dos altos índices de desemprego”,
in João Lourenço, presidente do MPLA, que nunca passou fome e come todos os dias, mais do que três refeições, que nem deve ter noção dos custos dos alimentos...
Convenhamos, que aqui o termo relativo é a qualidade atribuída pelo adjectivo expresso, ofensiva e abusivamente, em relação a outros elementos: POBRES, DESEMPREGADOS! Aqui chegados temos, que o superlativo absoluto é a qualidade atribuída pelo adjectivo, que não é expresso em relação a outros elementos, tendo como exemplos:
“a alusão a fome relativa é muito maldosa ( superlativo absoluto analítico) ou “a alusão a fome relativa é maldosíssima ( superlativo absoluto sintético)”.
Logo a assertiva sobre FOME RELATIVA é um desafio, uma provocação a todos quantos ainda preservam a sanidade mental e a coluna vertebral erecta, porquanto os altos índices de desemprego e pouco poder de compra dos nossos cidadãos, tem um adjectivo absoluto: João Lourenço, presidente do MPLA e a política neoliberal do seu ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior, que todos os dias entregam património
“relativamente” importante da soberania económica: blocos de petróleo; minas de diamantes; terras aráveis; fábricas industriais; florestas; banca comercial; telecomunicações, ao capital estrangeiro e o comércio alimentar e de bebidas aos jihadistas e muçulmanos radicais... Nesta revolução de conceitos, entre o relativo e o absoluto; o ser e o não ser; “to be or not to be” é como observar a ubiquidade impossível na forja e no moinho” ou ainda como dizia o pensador Érico Veríssimo: “Quando os ventos de mudança sopram, umas pessoas levantam barreiras, outras constroem moinhos de vento”, nesta bifurcação cabe, a maioria dos angolanos de bem, alojados em todas as trincheiras políticas e de cidadania real, optar, para impedir a continuação do gozo na chipala da maioria autóctone.
Estes angolanos, que o camarada presidente do MPLA, considera terem fome relativa, fraco poder de compra, devido ao desemprego, patrocinado, por vossa excelência, são expressamente, excluídos da Constituição partidocrata do MPLA, da Lei Eleitoral, defensora da fraude e batota eleitoral e do Orçamento Geral do Estado, desde 1975, têm um sonho:
VIVER, UM DIA, SEM FOME! VIVER COM UM EMPREGO!
Eles, hoje, mais do que nunca, lutam pela vida, forçados pela política económica neoliberal, assassina que os obriga, diariamente, a recolher os sobejos, dos poucos, para se alimentar, ante a vossa insensibilidade. E sabem, que não podem recorrer aos hospitais públicos, sendo a vossa política de saúde tão perniciosa, que nem aos médicos, que reclamam melhores condições de trabalho e remuneração, respeita, tendo uma ministra relativa da Saúde, cuja incompetência é considerada, pela classe, como absoluta.
A fome, este demónio que invade o estômago de qualquer pobre, desempregado, excluído, humilhado e discriminado, fundamentalmente, nestes quadros anos de governação de raiva e ódio, é um flagelo, igual ao que se vive em qualquer regime autoritário, déspota, criminoso, sedento pelo poder, que banaliza e coisifica a vida humana. O MPLA do camarada presidente do MPLA, desde 2017, que a sua política económica transforma, consciente e discriminatoriamente, o “homo sapiens” angolano, em pobre crónico, obrigado a viver como a “Welwitschia mirabilis” (planta que vive e sobrevive no deserto do Namibe-angola), quando nestes quatro anos, encerrou bancos e empresas de “camaradas corruptos do MPLA, sim, mas que geraram empregos, ao contrário de outros, também corruptos do MPLA, não investiram, porque era “vinho, esbanjamentos e prostitutas”. Ora o mais racional, porque um trabalhador, numa empresa vai a procura de emprego, não de corruptos, papel dos órgãos judiciais e judiciários, logo, um líder visionário, obrigaria os corruptos do MPLA, no imediato, a minimizar os prejuízos causados aos cidadãos e a economia do país, a trabalharem mais, investirem mais, sendo condenados, por exemplo, a não despedir, ninguém, replicar os investimentos em todas as províncias, como garantia de novas empresas, mais empregos e estabilidade social, em todo território e não o inverso. Infelizmente, vingou a visão relativa, ao invés do pragmatismo absoluto... (*) Continua
Um relatório do Governo angolano sobre a situação da insegurança alimentar e nutricional aguda em três províncias do sul ( fome em bom português) concluiu que 1,32 milhões de pessoas estão bastante afectadas, e que até Março de 2022 pode chegar aos 1,58 milhões. Não são dados relativos…
Os dados constam do relatório realizado pelo Departamento Nacional de Segurança Alimentar, da Direcção Nacional de Agricultura e Pecuária ( DNAP), do Ministério da Agricultura e Pescas nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe, entre Março e Maio de 2021, com inquérito em 17 municípios.
O documento, datado de Agosto, tem ( teria, terá) como objectivo apresentar os resultados da análise da Classificação das Fases de Insegurança Alimentar ( IPC) e de desnutrição aguda causadas pela seca e outros factores externos. “Os resultados permitiram concluir que 1,32 milhões de pessoas enfrentam uma situação de insegurança alimentar aguda alta”, refere o relatório, indicando que este número corresponde a 49% da população “que carece de uma intervenção urgente”.
“Insegurança alimentar aguda alta” é um primor linguístico para gozar com a chipala dos matumbos ( todos nós, o Povo) e relativizar o que de facto se passa com os que ainda estão vivos: fome.
Muitos outros não contam para esta estatística pois quando estavam quase, quase mesmo, a saber viver sem comer… morreram.
Um quadro resumo divide a situação por fases, tendo a primeira 31.260 pessoas em segurança alimentar, a segunda 820.998 pessoas em situação de `stress’, a terceira 1.008.245 de pessoas em situação de crise, a quarta 307.288 pessoas em situação de emergência, e a quinta fase zero pessoas em situação de catástrofe. A projecção para o período entre Outubro de 2021 e Março de 2022, aponta na primeira fase um número de 482.825 pessoas em segurança alimentar, a segunda com 638.303 pessoas em situação de `stress’, a terceira com 1.167.337 pessoas em situação de crise, a quarta com 416.660 pessoas em situação de emergência, e a quinta fase zero pessoas em situação de catástrofe. O documento realça que a seca observada nos últimos dois anos agrícolas, o contexto de crise económica desde 2014, o aumento do custo de vida e a crise pandémica da Covid- 19, desde Março de 2020, resultaram no actual contexto de insegurança alimentar aguda nas três províncias. Não seria de incluir também as acções socialmente terroristas da UNITA, de Savimbi, de Adalberto da Costa Júnior, dos colonialistas portugueses, dos descendentes de Diogo Cão?
De acordo com o relatório, a escassez de colheitas afectou gravemente o acesso das pessoas aos alimentos na região sul de
Angola, com forte vocação agro- pecuária, agravando o estado nutricional da população. População que, refira- se, antes de morrer estava… viva. “Com a tendência de redução acelerada das reservas alimentares, a situação tende a evoluir para o nível de crise alimentar, como revelam os dados apresentados no quadro”, alerta o documento, que acrescenta: “A assistência humanitária, até à próxima colheita, é uma acção necessária para evitar o agravamento da
insegurança alimentar aguda das comunidades”. Com 34% da população em IPC Fase 3 ( crise) e 11,4% em IPC Fase 4 ( emergência), as pessoas nesta situação, realça o relatório, “enfrentam dificuldades no acesso aos alimentos, ou apenas conseguem satisfazer as suas necessidades alimentares mínimas, com recurso a estratégias de crise e/ ou de emergência”. E, 46 anos depois do MPLA ter comprado Angola, esses cidadãos nem direito têm a peixe podre ou fuba podre.
A escassez de chuvas e efeitos recorrentes da seca, que reduziram significativamente a produção agrícola, a principal fonte de alimentos dos agregados familiares das zonas rurais, e causou perda de animais por falta de pasto e água, o aumento generalizado dos preços dos alimentos e a praga de gafanhotos em algumas comunidades são igualmente apontados como alguns dos factores da actual situação.
“Para os meses de Outubro de 2021 a Março de 2022, esse número poderá subir para 1,58 milhões de pessoas, em situação de insegurança alimentar aguda, o que corresponde a 58% da população dos 17 municípios inquiridos”, dos quais 42,9% na fase de crise e 15,3% em fase de emergência, destaca o documento.
“Com a agravante, que esses são meses de escassez alimentar, caracterizados pelo aumento dos preços no mercado interno, sendo que a próxima colheita agrícola apenas se inicia em Março de 2022, caso haja regularidade de chuvas”, frisa o relatório. O documento salienta que a insegurança alimentar está presente em todos os municípios, mas alguns têm maior prevalência da população em crise ou emergência, nomeadamente Cahama, Curoca e Namibe ( Cunene), Gambos ( Huíla), Virei e Camucuio ( Namibe), com mais de 60% da população total nas fases três e quatro ( crise e emergência), no período entre Julho e Setembro de 2021. “Embora os municípios referidos anteriormente mantenham maior gravidade no período de projecção, coincide com a época de escassez, os 17 municípios terão que ser apoiados e monitorizados adequadamente até Março de 2022, para evitar maior deterioração da situação de insegurança alimentar aguda das comunidades”, aponta o relatório.
No que se refere à desnutrição aguda ( fome), a metodologia de análise IPC indica que em 10 municípios elegíveis das três províncias 11.400 crianças, entre os 6 e 59 meses sofrem ou poderão vir a sofrer deste mal nos próximos 12 meses e necessitarem de tratamento.
“Em termos de gravidade da situação, no período entre Abril e Setembro (…), correspondente à época em que foi realizado o inquérito, os municípios da Humpata e da Jamba ( Huíla) e da Bibala e Moçâmedes ( Namibe) foram classificados em situação grave ( Fase 3 de IPC, desnutrição aguda)”, lê- se no relatório.
Já os municípios de Cuanhama e Cuvelai ( Cunene), da Chibia e Quilengues ( Huíla) e Camucuio ( Namibe) foram classificados na fase de alerta ( Fase 2 de IPC, desnutrição aguda), sendo o município de Namacunde ( Cunene) o menos afectado e classificado na fase aceitável ( Fase 1 de IPC, desnutrição aguda).