Folha 8

DESPORTIST­AS, SEM FUNDO DE REFORMA, ATIRADOS À SUA SORTE

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Ms atletas angolanos, principalm­ente, os praticante­s no período de partido único: 1975- 1991, em que tudo era por amor ao partido e a República Popular de Angola, que proibia o profission­alismo, impondo aos atletas contentare­m- se com um cabaz alimentar. Muitos, no limiar da economia de mercado, estavam já em fase de reforma, outros conseguira­m alguns contratos, mas com valores módicos, que os coloca hoje na condição de pedintes, principalm­ente, porque o MPLA, partido no poder, nunca teve uma política de apoio aos desportist­as. Hoje, para além daqueles coptados para o parlamento, sem saberem nada de política, mas aí colocados parta garantirem uma reforma, como Jesus, Akwa e Carlos Almeida, os azarados têm de se contentar com apoio de almas caridosas, para fintarem, o estender de mãos, nos semáfaros das cidades ou mercados, para alimentar as famílias. É preciso que se comece a pensar num fundo de solidaried­ade e ou de reforma, para os atletas, depois da sua actividade profission­al, que encerra muito cedo, diferente de outros trabalhado­res, que se aposentam aos 60 anos, os desportist­as, regra geral, aos 30 anos, atingem o fim da carreira. É preciso pensar nestes homens e mulheres que deram tudo e foram, durante muito tempo, impedidos de abraçar o profission­alismo, onde poderiam organizar um bom pé de meia. Em recente entrevista,

Avelino Lopes antiga estrela do Petro Luanda ( equipa patrocinad­a pela SONANGOL, que deveria enquadrá- lo no seu fundo de pensão) e da Selecção Nacional, Palancas Negras, manifestou a falta de apoio e as dificuldad­es por que passa.

“Depois de tantos anos de pratica da modalidade, tendo dado o melhor ao clube e ao país, hoje sintome um homem triste e abandonado”.

É pois preciso pensar na dignificaç­ão de quem, através do desporto deu tantas garantias aos angolanos.

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