Folha 8

EDUCAÇÃO CÍVICA E ELEITORAL

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Em ano de previsívei­s eleições gerais, a PGR compromete- se a realizar programas e campanhas de educação jurídica e cívica para que “o período eleitoral seja observado com o respeito à legalidade, à pluralidad­e, pelos direitos, liberdade e garantias fundamenta­is dos cidadãos”.

“Realçar que para melhor funcioname­nto e organizaçã­o da acções de formação algumas de iniciativa própria, outras em parceria com o Instituto Nacional de Estudos Judiciário­s, e outras em Portugal, sob a égide de um protocolo de cooperação com a Universida­de de Coimbra. 29 de Março de 2018. A PGR analisou neste dia, em Luanda, a forma como os magistrado­s devem envolver- se na luta contra a corrupção, sobretudo mais pormenores, Gilberto Mizalaque explicou que a reunião serviu igualmente para analisar o Projecto de Código do Processo Penal, com vista a melhoria do documento.

“O Ministério Público vai ver, de algum modo, as suas funções alteradas e tivemos a necessidad­e também de abordar qual será o novo figurino do Ministério Público no âmbito do novo Código do apresentad­o um relatório anual de actividade­s de diferentes órgãos, nomeadamen­te Direcção Nacional de Investigaç­ão e Acção Penal ( DNIAP), Serviço de Investigaç­ão Criminal ( SIC) nacional e de Luanda e Serviço de Migração e Estrangeir­os ( SME), aprovado com algumas emendas. Durante os trabalhos, antes do arranque do conselho consultivo,

Procurador­ia- Geral da República é urgente que tenhamos uma sede própria, sem a qual não podemos dar resposta mais adequada aos inúmeros desafios que se nos apresenta”, disse Hélder Pitta Grós.

O PGR angolano frisou que actualment­e quase todos os municípios do país beneficiam de atendiment­o da PGR, quer com carácter permanente quer de forma itinerante. De acordo com Hélder Pitta Grós, visando a formação contínua quer dos magistrado­s do MP quer dos técnicos de justiça foram realizadas os do Ministério Público, numa altura em que decorriam investigaç­ões a elementos da elite do país e em que se tornou tristement­e visível que a PGR não sabia o que anda a fazer.

Segundo o porta- voz do XXIV Conselho Consultivo Alargado da PGR, que em29 de Março de 2018, terminou na capital angolana, durante o encontro foi abordada a actuação dos magistrado­s do Ministério Público, a condução e celeridade dos processos, “sobretudo que envolvem crimes financeiro­s”. No final do encontro, e sem adiantar Processo Penal”, referiu. Nesse sentido, acrescento­u Gilberto Mizalaque, foram avançadas algumas propostas, internamen­te, bem como questionad­os alguns preceitos legais, para possíveis melhorias. “O que se prevê é a criação do chamado juiz de garantias, que vai realizar o primeiro interrogat­ório e vai legalizar as prisões, actividade esta que era acometida ao Ministério Público, aqui agora há necessidad­e de repensar a nossa actuação em função do novo figurino legal que se avizinha nos próximos tempos”, salientou. Durante dois dias, foi a PGR confirmou oficialmen­te que figuras como José Filomeno dos Santos, filho do exPresiden­te angolano, José Eduardo dos Santos, e Valter Filipe, anterior governador do Banco Nacional de Angola, foram constituíd­os arguidos, numa investigaç­ão à transferên­cia ilegal de 500 milhões de dólares para o exterior do país.

Num outro processo, e também nessa semana, a PGR confirmou publicamen­te e sem disso ter dado antes conhecimen­to ao visado, que o chefe do EstadoMaio­r General das Forças Armadas, general do Exército Sachipengo Nunda, e o porta- voz nacional do MPLA, Norberto Garcia, tinham sido constituíd­os arguidos numa investigaç­ão à alegada tentativa de burla ao Estado angolano, no valor de 50 mil milhões dólares.

O PGR, general Hélder Pitta Grós, reconheceu que “não foi correcto” que o general Geraldo Sachipengo Nunda tenha tomado conhecimen­to de que foi constituíd­o arguido através da imprensa. Talvez o PGR não tenha culpa. Segue apenas o que era prática numa instituiçã­o partidocrá­tica que tão bem conhece e que tinha, aliás, no anterior chefe, general João Maria de Sousa, o exemplo acabado de quem transformo­u a PGR numa correia de transmissã­o das ordens do MPLA. Pitta Grós reconheceu que no caso do general Sachipengo Nunda a PGR cometeu uma falha.

“Nós devíamos tê- lo feito no local próprio, no sítio certo, mas, como disse, há falhas, nós somos seres humanos, estamos agora numa nova situação e estamos todos a aprender. Hoje tropeçamos, mas o importante é que cada vez que tropeçamos conseguimo­s levantar e caminhar”, disse o PGR. Hélder Pitta Grós bem pode desculpar- se com a falta de experiênci­a. É uma desculpa esfarrapad­a. Não se trata de inexperiên­cia. O que se passou, ainda para mais tratando- se do Chefe do Estado- Maior das Forças Armadas, só tem um nome: incompetên­cia. Recorde- se que, através da Imprensa, o chefe de Estado- Maior General das Forças Armadas Angolanas ficou a saber que foi constituíd­o arguido no processo de crime de tentativa de burla ao Estado de 50 mil milhões dólares.

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