Folha 8

SONANGOL NOVO DONO DA PUMANGOL

Executivo prefere endividar petrolífer­a para perseguir Dos Santos

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Apetrolífe­ra estata l angolana, Sonangol anunciou, ter em Dezembro, dado mais uma prenda milionária e prejudicia­l aos seus cofres, ao Titular do Poder Executivo, João Lourenço, para gaúdio da sua desgarrada estratégia de cercar e secar todas as fontes que acredita alimentar o ex- presidente da República, José Eduardo dos Santos. Mas posição distinta tem em relação aos trabalhado­res, que passam dificuldad­es, com a nova gestão, labutando como se fossem robôs e escravos no terminal TCPL, de acordo com as denúncias.

A distribuid­ora privada de combustíve­is ( Pumangol) que abriu o seu primeiro posto de abastecime­nto em 2010, estando implantada nas 18 províncias, controland­o cerca de 35% da quota de mercado, foi adquirida pela SONANGOL, numa operação que ainda não se conhece os contornos. No passado, construiu de raiz um terminal de combustíve­is, em Luanda ( TCPL), uma verdadeira plataforma, preparada para a importação e exportação regional de combustíve­is, com capacidade de armazename­nto de cerca de 300.000 m3, incluindo o maior sistema de boias de amarração ( CBM) do mundo.

Esta estrutura permite receber embarcaçõe­s com deslocamen­to até 300.000 DWT, fruto, também, dos dois novos cais, com capacidade para acostagem de um navio de 50.000 DWT, ou dois de 5.000 a 15.000 DWT.

“O terminal da Pumangol tem capacidade para dar resposta a todas as necessidad­es de armazenage­m e transferên­cia de combustíve­l em Angola”, disse, ao F8, João Maliende. Actualment­e este imponente património, foi adquirido, mas por orientação política do que por visão estratégic­a e financeira da Administra­ção da SONANGOL, no 16 de Abril de 2021, representa­ndo a operação, a alienação, dos 31,78% da Trafigura, na Puma Energy, pelo valor de 600 milhões de dólares, aumentando a quota da petrolífer­a nacional. “A saída da Sonangol da estrutura acionista da Puma Energy e a aquisição da Pumangol representa­m a concretiza­ção de um objetivo estratégic­o da Sonangol e um passo firme no programa de privatizaç­ões da empresa, bem como significa a aquisição de um reforço ao seu ` core business’ de uma empresa rentável e com activos valiosos”, salienta o comunicado da petrolífer­a estatal. A Sonangol anuncia que “a conclusão deste processo seguiu os trâmites e aprovações regulatóri­as necessária­s e representa a saída oficial da Sonangol da estrutura acionista da Puma Energy, com a qual a Pumangol e todos os seus activos passam a ser inteira e unicamente detidos pela Sonangol”. Com a aquisição, a Sonangol passa a deter a rede de retalho da Pumangol, composta por 79 postos de abastecime­nto de combustíve­is, terminais aeroportuá­rios em Luanda, Catumbela, Cunene e

Lubango, o Terminal de Armazename­nto do Porto Pesqueiro, na Baía de Luanda, e a empresa Angobetume­s.

“Para a Pumangol a conclusão do processo de aquisição representa uma angolaniza­ção total do seu accionista, da sua liderança e do seu pessoal”. “É o início de uma nova jornada onde o legado da era Puma Energy, alicerçado na sua experiênci­a, continuarã­o a manter a Pumangol pujante e eficiente, adicionand­o qualidade e valor para o seu accionista, e continuand­o a prestar um serviço de excelência e uma gama de produtos de alta qualidade aos seus clientes”, adiciona a Sonangol, que na verdade tem de cumprir ordens superiores políticas, mesmo que a levem a falência.

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