MINISTRO RUIDOSO OU MENTIROSO
Oministro Marcy Lopes ou sofistica a sua mensagem, ou corre o risco de ser um ruído na comunicação do governo, segundo o jornalista João de Almeida. “No processo eleitoral em Angola nunca se provou fraude” é diferente de “nunca houve fraude no processo eleitoral em Angola”, porque o facto de nunca ter sido provada não significa que não possa ter havido. A linguagem conotativa é muito complexa e neste tipo de comunicação sensível é perfeitamente dispensável frases com conotação. A grande verdade é que a fraude sempre foi bandeira eleitoral e a prova teria de resultar de um órgão imparcial e não paretidocrata como é o Tribunal Constitucional, superiormente, na bota do presidente do MPLA, que tem interesse na causa e que muda os seus titulares, sempre que os mesmo se mostrem sensíveis ao cumprimento do direito. Quando em quatro anos se mudam três presidentes do Constitucional e a última é membro efectivo do bureau político, na verdade não se provará, mas também, nunca se afirmará, que a fraude não faça parte da gestão eleitoral do MPLA, bastando olhar para a forma desgarrada e batoteira como se realizam as eleições no seio do seu próprio partido, em que a batota é a lógica dominante. Em 2017 a UNITA e o PRS denunciar fraudes grosseiras moveram processos e, ao invés de haver o justo processo legal, o Tribunal Constitucional decidiu ostensivamente defender a batota ameaçando os reclamantes de poderem ser ilegalizados, mesmo diante do movimento de denúncia dos comissários eleitorais da batota dos números divulgados.