LIVRES PARA ESTAR DE ACORDO (COM O MPLA)
AAssociação Justiça, Paz e Democracia (A JPD ) , organização cívica angolana, criticou a solicitação prévia de questões aos jornalistas para a entrevista com o Presidente angolano e a parcialidade e reiterada censura nos órgãos públicos de informação. O Presidente angolano ( não nominalmente eleito), também Presidente do MPLA ( partido no Poder há 46 anos) e Titular do Poder Executivo, João Lourenço, concedeu no dia 06.01.22, no Palácio Presidencial, uma selectiva entrevista colectiva a cinco órgãos de informação ( não necessariamente órgãos de comunicação) acreditados no país, aos jornais Expansão, Jornal de Angola, O País, à TV Zimbo e à agência Lusa. A AJPD, em nota tornada pública, “deplora o comportamento manifestado pelo Gabinete de Comunicação do Presidente angolano que obrigou os jornalistas a enviarem as perguntas com alguma antecedência, numa clara demonstração de censura, contrário ao n. º 2 do artigo 40. º da Constituição”. A organização nãogovernamental recorda que em 2017, no início do consulado do Presidente angolano, a aproximação à imprensa caracterizouse pela realização anual de conferências colectivas,
“extensiva a todos os órgãos, e não restrita a um pequeno grupo de cinco órgãos”.
Nesta nota, assinada pelo seu presidente, Serra Bango, a AJPD diz igualmente que segue com “bastante atenção e preocupação a postura que tem sido manifestada pelos diversos órgãos de comunicação, sobretudo públicos”.
“Caracterizada por uma atitude de parcialidade na veiculação de informação e na prática reiterada de censura das informações quando estas não interessam ao poder instituído, numa clara violação ao artigo 48 º da Constituição”, lê- se no documento.
A Associação Justiça, Paz e Democracia apela ainda aos órgãos que superintendem a política da comunicação social de Angola a “terminarem as práticas de censura e a promoverem o exercício plural da informação”.
o comportamento manifestado pelo Gabinete de Comunicação do Presidente angolano que obrigou os jornalistas a enviarem as perguntas com alguma antecedência, numa clara demonstração de censura