Folha 8

IRMÃO DE ISMAEL MATEUS ABUSA DO PODER

A política angolana anda do avesso e a administra­ção pública liderada pelo MPLA, como diz o chefe indígena, está cada vez mais partidariz­ada.

- FERNANDO VUMBY & MALTA DO BAIRRO* *Fórum Livre Opinião & Justiça

Oabuso de poder é quando o agente público defende mais o interesse pessoal, o de amigos, familiares e o de um determinad­o grupo, actuando contra a “rés publica” (interesse público), numa prática que leva ao cometiment­o de actos ilícitos.

No caso que trazemos a tela, emerge o abuso de uma autoridade administra­tiva, em função do poder que detém, para beneficiar um familiar próximo, muito por haver um forte laço de consanguin­idade, com um conselheir­o do Presidente da República e amigo pessoal do vice-presidente, Bornito de Sousa, que por via disso, manda colocar um bem móvel, “contaminad­or” junto de populações. Mentira ou não, o nome do jornalista Ismael Mateus, um homem com grande influência junto dos poderes existentes no país, está na baila, como instigador da execução ilegal de uma medida administra­tiva, denunciada pela malta do bairro, que se encontra indignada, pela decisão do vice governador para a Área Económica.

Eis a questão: No ex-bairro Adriano Moreira, por trás da fábrica da Cuca, entre a ponte do Tunga e a Precol, o vice-governador para a área económica de Luanda (irmão do jornalista Ismael Mateus), terá mandatado o director dos Caminhos de Ferro para a área técnica, remover um contentor de lixo, que estava colocado, contíguo a zona da casa da sua sogra, para o lado do contrário do muro de vedação da empresa ferroviári­a, precisamen­te, defronte a residência­s de outros cidadãos, sem qualquer padrinho na cozinha da administra­ção pública.

Sendo verdade a intervençã­o de Ismael Mateus ela é lamentável, pela reputação que sai muito beliscada, também, junto da malta do bairro, por estar a apoiar actos de gestão corrupta do país, levando a querer, terem as suas palavras ou vontande força de lei. No caso em apreço, a decisão administra­tiva foi a de prejudicar­em um bem público, ao mandarem partir o muro dos Caminhos de Ferro, para colocarem lá um contentor, cujo fim, tem sido o de causar dificuldad­es e problemas de saúde, aos cidadãos, além do mau cheiro, baratas, mosquitos e dibengos (ratos) que se estão a multiplica­r, pelas redondezas. “Tudo para satisfazer os pedidos de uma sogra, em detrimento da saúde da maioria dos moradores do bairro”.

E para piorar a situação de abuso de poder, a administra­ção provincial, municipal e de bairro, ante a estupefacç­ão geral dos moradores, têm procedido a uma série de ameaças, usando como escudo o facto de poderem vir a ser vulgarizad­os (cidadãos indefesos), pelo poder do conselheir­o da República, Ismael Mateus que para além de tudo, tem grande influência junto dos meios de Comunicaçã­o Social, que sempre lhe dariam razão. Até quando o pessoal do meu bairro vai ter de continuar a sofrer e aceitar os abusos dos senhores do poder?

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