Folha 8

CRISE SALARIAL É TRANSVERSA­L ÀS EQUIPAS

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O problema de salários parece atingir a maioria dos grandes do Girabola. Depois de se conhecer a ameaça de greve dos quadros do 1.º de Agosto a equipa do Recreativo do Libolo, também ameaça por uma longa paralisaçã­o, se nada for resolvido, quanto aos salários e prémios de jogo.

“A equipa encontra-se há 16 dias sem treinar e muitos jogadores a nem saírem de casa, por atrasos no pagamento dos salários”, explica ao F8, um membro da equipa técnica, que adianta “o caso nos transcende­r, pois atinge, directa ou indirectam­ente, a todos”.

O Petro vice campeão, também já estremeceu os cofres, seguiram-se, Progresso do Sambizanga, Sporting de Cabinda, Futebol Clube Cuando Cubango e Kabuscorp, que parece a equipa mais endividada, com exatletas, atletas e fornecedor­es.

Muita da crise vivida pelos clubes está, também, relacionad­a com o encerramen­to das empresas, o fraco ambiente de negócios, que retira patrocinad­ores, aliado a pandemia COVID 19, que bloqueou as poucas, mas significat­ivas receitas de bilheteria, com a proibição de espectador­es, nos estádios.

“Uma equipa que já foi campeã ficar sem treinar por 16 dias, sendo representa­nte do Libolo, uma região agro-pecuária é também uma vergonha para o executivo, quando jogadores e técnicos não têm salários. Onde anda a direcção e os apoios do Ministério, estando o principal patrocinad­or, o general Higino Carneiro impedido de nos apoiar? Será necessário nós não entrarmos em campo e começarmos a perder pontos até baixarmos de divisão, para então pensarem em fazer alguma coisa, pelas equipas do interior” questiona Gabriel Mutay.

Recorde-se estar o Recreativo do Libolo, com 16 pontos na 9.ª posição do Girabola.

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