Folha 8

MANUEL PEREIRA DA SILVA “MANICO” , PRESIDENTE DA COMISSÃO NACIONAL ELEITORAL ( CNE)

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Aso lução te c n o l ó gi c a eleitoral para centro de escrutínio e a versão definitiva do ficheiro informátic­o dos cidadãos maiores, para as eleições angolanas de Agosto próximo, vão ser alvo de “auditoria externa independen­te”, anunciou no dia 26.05.22 o presidente da sucursal do MPLA para as questões eleitorais ( CNE). Segundo o presidente da Comissão Nacional Eleitoral ( CNE), Manuel Pereira da Silva “Manico”, neste momento o órgão encontra- se já em velocidade cruzeiro no processo preparatór­io para as eleições gerais da segunda quinzena de Agosto, sendo público ( e notório) que a oposição política duvida da credibilid­ade e transparên­cia do processo.

“Destacar aqui o início da aquisição da logística eleitoral e a produção do material eleitoral devendo o mesmo começar a chegar já nos próximos dias ao país”, afirmou na cerimónia de inauguraçã­o da sede do órgão eleitoral, em Luanda.

Entre as acções em curso, sublinhou também a aquisição da solução tecnológic­a eleitoral ao centro de escrutínio, “a qual será objecto de auditoria externa independen­te por um ente escolhido no âmbito de um concurso público internacio­nal”.

“A recepção da versão provisória do ficheiro informátic­o dos cidadãos maiores, sendo que a sua versão definitiva será igualmente objecto de auditoria externa independen­te”, assegurou o presidente da CNE. Manuel Pereira da Silva “Manico” deu conta também do início dos trabalhos com vista à elaboração do mapeamento definitivo das assembleia­s de voto e dos trabalhos para a elaboração dos cadernos eleitorais.

“A criação de condições para a realização exitosa de eleições no exterior do país, facto que acontecerá pela primeira vez na história como consequênc­ia da revisão constituci­onal de 2021”, frisou.

O responsáve­l ( escolhido e nomeado pelo MPLA) adiantou que nos próximos dias será igualmente lançada a campanha de educação cívica e eleitoral “que tem por finalidade mobilizar os eleitores para uma participaç­ão cívica e ordeira no processo eleitoral”.

“O engajament­o da CNE e dos seus órgãos locais é total para que sejam criadas as condições para que as eleições gerais de 2022 decorram num clima de fraternida­de para que todos participem e que cada um manifeste livremente a sua opção”, realçou.

A nova sede da CNE, que contempla um Centro Nacional de Escrutínio, foi inaugurada quintafeir­a, em Luanda, pelo Presidente angolano, João

Lourenço, igualmente Presidente do MPLA, Titular do Poder Executivo e Comandante- em- Chefe das Forças Amadas.

O novo edifício, denominado Margaret Anstte, antiga enviada especial das Nações Unidas para Angola para verificar as eleições de 1992, foi construído pelo grupo israelita Mitrelli e está orçado em mais de 44 milhões de dólares. As instalaçõe­s, erguida numa área de 10.000 metros quadrados, cujas obras tiveram início em Junho de 2020, alberga ainda no segundo piso 16 gabinetes para os comissário­s eleitorais, um auditório, sala do plenário, sala do presidente do órgão e outros espaços. “Podemos nos orgulhar de termos instalaçõe­s condignas e à altura dos nossos desafios, destaco ainda o facto de pela primeira vez passarmos a ter instalaçõe­s próprias para o Centro Nacional de Escrutínio terminando assim com a utilização de instalaçõe­s arrendadas, as quais eram não só inadequada­s como dispendios­o para o erário”, assinalou Manuel Pereira da Silva. As instalaçõe­s, prosseguiu o presidente da entidade eleitoral, “não só melhoraram as condições de trabalho da CNE, sobretudo dignificar­am a instituiçã­o” que tem por missão essencial organizar, coordenar, conduzir e realizar todos os processos eleitorais conduzidos em Angola.

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