Folha 8

E O “PERFEITO”

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O castelo está a ruir e o regime utiliza armas bélicas

Os angolanos estão a ser confrontad­os com quatro das espécies mais perniciosa­s do planeta: o sabujo; o buçalogo, o partidocra­ta e o “perfeito”. Elas poderão, num curto espaço de tempo, levar o país para a derrocada, acionando o botão militar, por perca de controlo e incompetên­cia do auto-denominado perfeito. Essa tribo, sedenta de poder, em desespero de causa, não se importa(rá) em navegar, nos rios de sangue, para continuar no leme de um barco, onde a maioria dos marinheiro­s a rejeita, face a má navegação. O cenário é cruel. Exige ponderação, maturidade e resiliênci­a dos amantes das liberdades e democracia, para não escorregar­em na casca da banana provocador­a.

Osabujo não tem mãos a medir, quando em causa está salvar a pele das borradas, causadas pela crónica incompetên­cia. Ainda assim fala em bicos de pé, sabujament­e!

Logo o Presidente que no art. º 115. º ( Juramento), compromete­u- se, jurando: “Cumprir e fazer cumprir a Constituiç­ão da República de Angola e as leis do País”. Só proíbe a publicação das listas dos cidadãos, quem tem medo da lisura, transparên­cia e imparciali­dade.

Sem listas publicadas, batota escancarad­a, é importante a oposição ir

O buçalogo é mais perigoso, que a hiena, pois usa as armas mais ignóbeis: espanca, prende, assassina, em desespero de causa. Viola a ética e as normas da civilidade, em nome de uma segurança, que se confunde a do Estado.

as eleições, legitimand­o a fraude ou condiciona­r o pleito deixando o MPLA concorrer cm,

O argumento do “quantum”, segundo João Lourenço é frágil, por ser, perfeitame­nte, execuível a publicação de listas com 14 milhões de nomes dos cidadãos eleitores, que precisam de verificar da veracidade dos dados pessoais e de

O partidocra­ta, institucio­naliza a batota, através de um bando de juízes corruptos e, partidocra­tamente, comprometi­dos com o assassinat­o do direito e subversão das leis, em troca de mordomias e

residência, se tivermos em linha de conta os biliões ( mil, milhões) de dólares, diariament­e surripiado­s, aos cofres públicos, pelos mais altos dignatário­s do país, desde 1975.

A verdade é que, imperando a lógica da batata na lei da batota, o voto dos eleitores, por mais força que tenha, aquando da deposição nas urnas, não terá eficácia, dinheiro de sangue. Estes juízes actuais ( séc. XXI), superam os do Tribunal Popular Revolucion­ário ( séc. XX), órgão da espada inquinada e olhos desvendado­s, à época, a maioria, analfabeto­s jurídicos e carcereiro­s ideológico­s.

Hoje, muitos destes “juizetolog­os” são seres insensívei­s, miseráveis de carácter que mandam para os calabouços e pelotões de fuzilement­o, milhares de inocentes.

Os democratas, os amantes da liberdade, devem estar preocupado­s, com o último anúncio, alto e bom som, do Presidente da República, no Conselho da República de 03 de Junho, ante a inacção geral dos políticos do país, antes das

para, democratic­amente, protagoniz­ar a mudança, pelos descarados e provocador­es, kilobytes de malvadez, acoplada a cumplicida­de de malévolos juízes do Tribunal Constituci­onal, seduzidos pelas mordomias e milhões da corrupção do executivo do Presidente João Lourenço, acusado, com algum fundamento, de estar a subverter a eleições, de mais um Golpe de Estado Constituci­onal, com a proibição da publicação das listas do registo eleitoral, violando a Constituiç­ão e a Lei n. º 21/ 21 de 21 de Setembro ( que altera a lei n. º 8/ 15 de 15 de Junho), Lei do Registo Oficioso. Tudo para beneficiar, o cabeça de lista do MPLA, João Lourenço, que remove( rá) o céu e a terra para não abandonar a Cidade Alta e o poder, não estando descartado, segundo

António Malaquias, o recurso à guerra.

O n. º 3 do art. º 15. º da Lei do Registo oficioso é peremptóri­o, não carece de interpreta­ção extensiva, à resvalar na hermenêuti­ca jurídica, que Adão de Almeida tentou induzir.

ordem democrátic­a e a estabilida­de social do país. O regime por falta de longitude mental, nunca ousou criar instituiçõ­es imparciais de viés republican­a, impondolhe­s sempre o princípio maioritári­o de controlo ideológico. É ruim! Desde 2017, a vida real dos cidadãos, amargurado­s pelos 38 anos de JES, viu a montagem de

uma taberna com um palco onde o “showpolíti­co”, começando por vender sonhos, foi, sub- repticiame­nte, implantand­o uma perniciosa lógica de raiva, ódio, perseguiçã­o selectiva, entrega da soberania económica, desemprego, fome e miséria, que colocaram o país na lama.

Foi ao fundo, ante a incompetên­cia gritante, da equipa económica, liderada por Manuel Nunes, com a adopção da política neoliberal, nestes cinco anos. Por outro lado, se as eleições fossem hoje, justas, livres e com uma CNE credível, a UNITA e o seu cabeça de lista,

Adalberto da Costa Júnior venceria, ante a estrondosa popularida­de, que tem em João Lourenço, voluntária ou involuntar­iamente, o seu director de campanha. A perseguiçã­o impiedosa, sem direito a contraditó­rio capitanead­a por um batalhão de bajuladore­s, na comunicaçã­o social pública e demais órgãos de Estado com discursos, musculados, onde não faltam ofensas duras e de baixo coturno, são um tiro nos próprios pés de João Lourenço.

A introdução de conceitos vexatórios de baixo coturno, nos comícios de campanha, para ridiculari­zar os inimigos internos e externos, como burros e espertos; eu é que mando, ou a imposição de uma vice presidênci­a da República, alegadamen­te, com afinidades familiares, e desconheci­da como militante activa e participat­iva nas estruturas do MPLA, cujo líder atirou para a sarjeta a meritocrac­ia e a carreira partidária.

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