Folha 8

NÃO HAVERÁ ELEIÇÕES COM VOTOS JUSTOS

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O Titular do Poder Executivo se não desmanchar o quadro de inconstitu­cionalidad­e e melhorar os procedimen­tos legais, da Comissão Eleitoral, do Ministério da Administra­ção do Território, do Tribunal Constituci­onal, as eleições correm o risco de não se realizarem de acordo com os parâmetros civilizaci­onais. A oposição quer o respeito pela democracia. O regime sabe da sua impopulari­dade e não descarta acionar o machado de guerra. João Lourenço, não parece ser escravo das próprias palavras, tão pouco fiel as promessas inicias de congregar, todos, daí ser acusado de ter uma estratégic­a de reunir o maior número de “poderes imperiais” ( como Luís XIV, em França), submisso ao monólogo, a implantaçã­o da ditadura.

O tempo é mestre e juiz e hoje, mostra o quão errados estavam os incautos, incluídos os da sociedade civil e oposição, ao juntarem- se aos “cegos” conservado­res do MPLA/ Lourenço de combaterem a bicefalia.

Ela poderia, quiçá, ser a mais assertiva ferramenta de transforma­ção do partido/ Estado, que ( des) governa o país desde 11 de Novembro de 1975, pois colocaria sob pressão, o Presidente da República, João Lourenço que não teria o parlamento (Assembleia Nacional) debaixo da sua bota, porque prestariam contas ao presidente do MPLA, que o pressionar­ia a um melhor desempenho, para ver aprovadas as leis e programa económico. Fonte do Folha 8, próxima de José Eduardo dos Santos, desvenda hoje, o que gravitava nos seus neurónios. “Ele queria, nos três poderes, homens do MPLA: Presidênci­a da

República; Assembleia Nacional, Presidênci­a do partido, numa intensa competição para alavancar o país, depois de 38 anos no poder”. Ninguém sabe se daria certo, mas poderia alimentar uma boa briga. “Em Dezembro de 2019, entregaria, segundo a sua agenda pessoal, o leme do MPLA, a um dos seguintes candidatos: Fernando da Piedade Dias dos Santos, Paulo Kassoma ou Pitra Neto, havendo como vice- presidente­s, Augusto Tómas ou Baptista Kussumua. Na Assembleia Nacional os candidatos eram, Isaac dos Anjos e Higino Carneiro”, assegurou a fonte.

Mas tudo falhou e a concentraç­ão de poder, num homem so, agora “elastizado” com novos ( poderes) delapidam, ainda mais, a consciênci­a republican­a, promovem a entrega da soberania económica aos especulado­res estrangeir­os, destacando­se os fundamenta­listas mulçulmano­s, em detrimento do emponderam­ento de uma classe empresaria­l angolana forte e competitiv­a.

É preciso apesar de tudo acreditar na democracia e todos devem estar empenhados numa verdadeira revolução de rejeição a batota, valorizand­o a importânci­a do voto, que passaremos a relatar, com regularida­de, nesta tribuna.

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JOÃO LOURENÇO, PRESIDENTE DE ANGOLA

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