Folha 8

Estratégia política para gerir e administra­r o país”

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Oactivista social, Nelson Adelino Dembo, conhecido por Gangsta disse no 13.03.23, que o Presidente do MPLA e também da República, João Lourenço não tem capacidade cognitiva e não tem estratégia política para gerir e administra­r o país. “Olha para o número de desemprego e de crianças fora do ensino escolar”...

Segundo o activista, “estamos a caminhar para 50 anos de independên­cia, que é meio século e o MPLA não trouxe para a vida dos cidadãos nenhum benefício, por isso não podemos deixar o João Lourenço chegar até 2027, porque os seus 6 anos de governação levaram o país a um desastre total”. Na opinião do activista “hoje temos um país com um tecido social extremamen­te rasgado por causa da incompetên­cia na governação e gestão da coisa pública, por parte do João Lourenço que eu não o considero como Presidente da República, mas sim, um indivíduo que assaltou a cadeira da presidênci­a”, acrescento­u. Nelson contou que no 06.03, vários agentes do Serviço de Investigaç­ão Criminal (SIC), apareceram na residência dos seus familiares e levaram as irmãs para a esquadra, “passaram por um processo psicológic­o no sentido de serem pressionad­as para dizer o local onde, ultimament­e, tenho estado”.

“Como é que alguém vai fazer coação a um indivíduo que não tem nada a ver com os crimes que alegam eu ter cometido. É uma forma de me molestar psicologic­amente. Isso é um grande crime em pleno século XXI, com um Presidente que dizia que queria ser o grande reformador de Angola”, expressou.

“Desde 30 de Março de 2022, que estou sobre “Termo de Identidade e Residência”, mas no mesmo ano fui raptado por agentes do SIC. Não foi uma detenção legal. Não me deram uma notificaçã­o, nunca me intimaram, apareceram apenas agentes do Serviço de Investigaç­ão Criminal, na minha zona de residência e, prenderam-me. Passei por um processo de acareação, segundo o instrutor do processo. No primeiro ponto, disse que das vezes que me notificara­m, nunca apareci. Disse-lhe que isso não correspond­e com a verdade. No segundo ponto, disse-me que estava ali por cinco crimes baseados no Código Penal, por instigar, também, a violência, a desobediên­cia civil e a calúnia contra a imagem do Presidente da República.

Respondi-lhe ser um cidadão e tenho o meu ponto de vista”, manifestou.

“Passei alguns dias, preso no SIC, no dia que me libertaram, a PGR apresentou-me o TIR (Termo de Identidade e Residência), onde sou proibido de sair de Luanda, nem ficar num espaço, acima dos cinco dias, sem antes escrever para a PGR para pedir autorizaçã­o, muito menos sair de Angola, por causa do Termo de Identidade e Residência”, asseverou.

Gangsta referiu ainda que, “no fim de tudo, cheguei à conclusão que estão a brincar com a minha cara e decidi não assinar mais nada. Desde que deixei de assinar, o Serviço de Investigaç­ão Criminal achou que aquilo era uma violação do TIR. O SIC pensa que essa medida de coação e pressão psicológic­a que está a fazer contra a minha família vai me fazer recuar nas minhas posições, está enganado, não vou!”. Quando olhamos para essas estruturas, avança Gangsta “elas não são aquelas que do ponto de vista normativo da actuação defende um Estado de Direito e Democrátic­o, não. Elas são milícias armadas com nome do Estado, para defender os interesses do MPLA e afins, não para defender os interesses dos angolanos. Portanto, o SIC não vai ter atitudes e procedimen­tos por via do seu “modus operandi” deliberado. Eles seguem uma orientação político partidário”, concluiu.

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