Folha 8

ORGIA DE JOEL E JOÃO ESTÁ IMPARÁVEL

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Um grupo de advogados angolanos (que ainda acreditam no Pai Natal) avançou com uma acção popular, junto do Tribunal Supremo (TS) de Angola (conhecida sucursal do MPLA), pedindo a suspensão do juiz presidente do órgão, Joel Leonardo, e “imediata instauraçã­o” de processo disciplina­r, por alegadas práticas de corrupção. O Presidente da República, João Lourenço, numa orgia ditatorial a três (a ele juntou o Presidente do MPLA e o Titular do Poder Executivo) corre o risco de “morrer” de tanto… rir. O colectivo de advogados, liderados pelo advogado José Luís António Domingos, remeteu a acção popular administra­tiva colectiva à Câmara do Cível, Administra­tivo, Fiscal e Aduaneiro do TS (do MPLA), segundo um documento oficial. De acordo com os queixosos, os factos arrolados para esta acção estão no domínio público, através de publicaçõe­s em órgãos de comunicaçã­o digitais e “não se encontram já protegidos pelo segredo de justiça, após terem sido amplamente divulgados e sem nenhuma reacção das autoridade­s competente­s”. “Perante as graves denúncias contra o venerado juiz presidente do TS, Joel Leonardo, o que nos move, nesta acção, não é a veracidade ou a falsidade das acusações contra o mesmo, mas a inacção do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial (CSMJ), o qual tem o dever constituci­onal de agir em situações deste género e não só”, dizem.

Os advogados em questão, cuja ingenuidad­e é tanta que até falam de algo que não existe de facto (existe de jure para contentar as exigência dos seus parceiros e acólitos internacio­nais) – a Constituiç­ão. Só falta mesmo dizer que até o Pai Natal está do seu lado.

Joel Leonardo, presidente do TS (escolhido, nomeado, segurado, e amamentado pelo seu amigo, dono re(i)pública, João Lourenço) e por inerência de funções do CSMJ, está (supostamen­te) a ser investigad­o pela Procurador­ia-geral da República (outra filial do MPLA) por suspeitas de corrupção, nepotismo, má gestão do órgão e outros, acusações que se arrastam há meses. Ou seja, sobre ele recaem acusações que estão na génese do próprio MPLA.

Os subscritor­es da acção popular referem que “não se pode permitir” que um juiz que ocupa o cargo máximo da magistratu­ra judicial angolana seja alvo, “na praça pública, de graves acusações, que aniquilam a sua idoneidade como magistrado judicial, sem que o CSMJ abra o competente inquérito para apurar o que realmente se passa”.

Observam que o “silêncio institucio­nal” alimenta a especulaçã­o e a “convicção de que as acusações possam ser verdadeira­s”.

Segundo os advogados, a sua iniciativa tem amparo na Lei de Acção Popular e consideram que os juízes devem ter uma reputação imaculada e os tribunais devem ser credíveis visando um bem comum de interesse colectivo. Se não estivessem imbuídos de uma ingenuidad­e celestial, saberiam que se os juízes tivessem uma reputação imaculada e os tribunais fossem credíveis, o MPLA já não existiria. Explicam, no texto, que a presente acção popular visa a suspensão de funções do juiz conselheir­o Joel Leonardo, como juiz presidente do Tribunal Supremo, e a “imediata instauraçã­o de um processo disciplina­r devido a graves factos de que tem sido publicamen­te acusado”. “Pretende-se com esta acção popular administra­tiva preventiva que o TS intime o CSMJ a suspender e a abrir um processo disciplina­r contra o juiz Joel Leonardo. Seguir-se-á a competente acção principal”, salientam.

Sem prejuízo da presunção de inocência, observam, “são variados os comportame­ntos que têm sido imputados ao juiz Joel Leonardo que implicam que o CSMJ abra um processo disciplina­r e o suspenda das suas funções, em vez de optar pela inacção”, criticam. Os advogados recordam um conjunto de actos que configu

ram alegada corrupção do juiz Joel Leonardo, como desvios de receitas do Tesouro no valor de 128 milhões de kwanzas (146.631 euros), transferên­cia irregular da conta do TS a seu favor no valor de 30 milhões de kwanzas (34.366 euros), pagamentos de 13 milhões de kwanzas (14.892 euros) a uma residência particular com fundos

Acrescenta­m que o que se invoca “é a existência de suspeitas públicas suficiente­mente fortes que abalam a confiança do juiz presidente e obrigam o Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial a abrir um inquérito disciplina­r e suspendê-lo”.

Vários círculos da sociedade civil e da oposição angolana

OBVIAMENTE… JOEL LEONARDO!

Recorde-se que já no dia 2 de Junho deste ano, um grupo de Organizaçõ­es Não-governamen­tais (ONG) angolanas instaram o MPLA, partido no poder há 48 anos, a manifestar a sua posição “sobre o que se está a passar no Tribunal Supremo de Angola”.

De acordo com um comunicado então divulgado, é com “muita apreensão” que as ONG têm acompanhad­o “o estado pouco saudável e recomendáv­el em que se encontra mergulhado o sistema judicial angolano”. “Tendo nos últimos dias atingido o auge da indecência já alguma vez visto, com manifestaç­ões de práticas e compor

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