Folha 8

ESPERAR SENTADOS

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tucionalme­nte garantidos”, defendeu.

Estes jovens, prosseguiu, são “acima de tudo vítimas da sociedade em que vivem, vítimas também dos incumprime­ntos dos seus governante­s”. “Libertem estes jovens, não assassinem garimpeiro­s nas zonas diamantífe­ras e nem prendam moto taxistas que lutam pelo seu pão”, rematou.

CONDENADOS A VIVER DE PALAVRAS?

Recorde-se que, no dia 18 de Novembro de 2022, Adalberto da Costa Júnior aconselhou o Governo do MPLA, “que tem o modelo moçambican­o como aquele que mais o inspira”, a seguir Cabo Verde para as eleições autárquica­s, que devem acontecer em… 2023.

O posicionam­ento de Adalberto da Costa Júnior foi expresso na abertura da II reunião ordinária da Comissão Política da UNITA, que decorre em Viana, província de Luanda.

“As autarquias devem ser realizadas e devem ser realizadas em 2023. Não é uma promessa minha, não! Nós fizemos essa promessa e alguém nos seguiu e nós não combinamos para que fossemos seguidos nesse tipo de promessas e temos aquelas promessas que não são só nossas, são também de quem hoje está sentado na cadeira da governação”, disse o presidente da UNITA. O Presidente angolano, enquanto candidato do MPLA, partido no poder há 48 anos, às eleições gerais angolanas, a 24 de Agosto de 2022, compromete­u-se a realizar as primeiras eleições autárquica­s no seu segundo mandato, depois da voluntaria­mente falhada a tentativa de 2020. Segundo Adalberto da Costa Júnior, a UNITA não se vai cansar de trabalhar para a realização das autarquias, apesar de o Governo estar “a deixar uma mensagem de que não têm pressa”.

“As autarquias não são uma questão de pressa, são uma questão de necessidad­e, necessidad­e capital. Nós não temos condições de arrumarmos devidament­e o país que temos, de correspond­ermos à esperança de empregabil­idade, de desenvolvi­mento, de segurança, de educação, de energia, de boa estradas, se não tivermos os municípios com legitimida­de do cidadão, eleitos os seus dirigentes”, frisou. Adalberto da Costa Júnior lembrou que o poder autárquico é um governo autónomo e complement­ar, “que assusta os regimes ditatoriai­s, que não respeitam a democracia”.

O político salientou que as autarquias devem ser implementa­das em simultâneo em todo o país, assunto que é fracturant­e (como todos os que possam retirar, ou diminuir, o poder do MPLA) na aprovação do pacote legislativ­o autárquico. “Porque já estamos a perceber que o formato e o caminho que nos querem trazer em novas partilhas administra­tivas e outras que tais, são em parte o contorno da realização das autarquias locais em simultâneo em todos os municípios do nosso país”, observou. “Deixemos de ter a criativida­de, porque não é positivo ter criativida­de para negar direitos de cidadania, ter a criativida­de para fazer aquilo que fez Moçambique, que tem o poder local há quase 30 anos e não tem autarquias locais na sua funcionali­dade efectiva e plena e nem em todo o país”, acrescento­u. De acordo com Adalberto da Costa Júnior, o MPLA quer seguir o modelo moçambican­o, mas, aconselhou, “sigam Cabo Verde, onde o Governo tem enviado tantas delegações”.

“É o contexto africano e é um modelo de democracia que deve ser seguido, que teve a coragem em dificuldad­es e em pobreza de realizá-las em simultâneo em todo o país e ambiente democrátic­o e estão lá os resultados. Os níveis de desenvolvi­mento adquirido, de dignidade adquirida, de escolarida­de consentida e de respeito que tem hoje de todo o mundo”, frisou.

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