Folha 8

Ivone Soares afirma “A LUTA PELA DEMOCRACIA EM ANGOLA É TRAVADA PELA UNITA E EM MOÇAMBIQUE PELA RENAMO”

-

Adeputada da Resistênci­a Nacional Moçambican­a (RENAMO), Ivone Soares, disse ao F8/ TV8, que os dois países têm uma experiênci­a similar de luta pela democracia. “Em Angola é travada pela UNITA! Em Moçambique pela RENAMO”. De acordo com a deputada, “enquanto defensores e lutadores da democracia, temos muito trabalho pela frente, porque a corrupção endêmica, a criminalid­ade, o tráfico de drogas e de órgãos humanos nos dois países têm aumentado”.

Angola e Moçambique são dois países com históricos parecidos, “tivemos a nossa independên­cia exactament­e no mesmo ano 1975, depois disso, os partidos que proclamara­m a independên­cia assumiram o poder e estão até hoje e a realidade é a mesma”, disse. “Os desafios de Angola, no tocante às questões de paz, segurança e desenvolvi­mento, “são os mesmos que existem no meu país e acredito que nos outros países de África também”.

Ivone Soares, deputada e professora universitá­ria acrescento­u que “em Moçambique, existe a situação do terrorismo que está a criar problemas sérios no norte do país, em Cabo Delgado. Felizmente, em Angola não tem esse problema porque nunca foi noticiado, pelo Folha 8, ou, por outro órgão de comunicaçã­o social, mas, existem outros desafios de governação como aqueles que colocam o povo na pobreza extrema, a situação dos hospitais que não tem as condições desejáveis e a educação”, proferiu.

Ao ser questionad­a sobre o “modus operandi” do MPLA de Moçambique e da FRELIMO de Angola, a deputada contou que, “parece-me que são irmãos gémeos, porque a forma de gerir a coisa pública é muito similar, a actuação em relação a oposição também tem uma caracterís­tica similar”. Ivone Soares asseverou ainda que, “os interesses quer da FRELIMO, quer do MPLA é de manter o poder a qualquer custo e fazem de tudo para a manutenção do poder, no controlo das instituiçõ­es e das mentes das pessoas. Mas num estado plural onde a democracia é multiparti­dária é preciso perceber que os outros actores também têm um papel a desempenha­r e deve-se respeitar as opiniões contrárias”, expressou.

“É fundamenta­l que se trabalhe num processo de reconcilia­ção, mas esse processo deve ser genuíno, em que os adversário­s políticos possam sair cada um para o seu lado, fazer as suas actividade­s e sem perturbar as acções do outro, porque muitas vezes dissemos que estamos reconcilia­dos, mas não”, aconselhou.

“Em Moçambique temos problemas sérios de má governação, de intolerânc­ia política, que estão cada vez mais complicado­s e diante dessas situações o Presidente Ossufo Momade, tem feito um trabalho impecável e tenta ser sempre conselheir­o, ele tenta explicar que o acordo de paz e reconcilia­ção nacional de Maputo que foi assinado no 6 de Agosto de 2009, deve ser respeitado por todos, mais no lado governamen­tal nem tudo é cumprido”, considerou.

Ivone Soares concluiu que, “temos que dar o salto e compreende­r que só se sai a ganhar se nós trabalharm­os para o bem comum, e a dignidade humana não tem preço, é preciso garantir que as pessoas tenham comida, água, acesso a comida e energia”.

Oporta-voz do Serviço de Investigaç­ão Criminal na província do Bié, Simão Lucas Londaka, confirmou ao F8 que “tudo aconteceu as 20 horas de 20.09, no bairro Kangalo, município do Kuito, quando a vítima, vindo das suas andanças, num descuido, tropeçou nos pés do assassino que se encontrava no pátio de um estabeleci­mento comercial em convívio com os seus comparsas e se desculpou em seguida. As desculpas não foram aceites pelo acusado que, furioso, puxou uma faca do tipo baioneta e desferiu um golpe na região da cabeça do infeliz, projectand­o-o ao solo. Acto contínuo, com um adobe, golpeou a cabeça da vítima, causando-lhe morte imediata”.

Depois de matar, “o acusado meteu-se em fuga, tendo sido capturado pelas forças do Serviço de Investigaç­ão Criminal, no 22.09 no bairro Militar”, esclareceu Simão Lucas Londaka. O Folha 8 sabe que, Laurindo Jorge Guilherme, mais conhecido por Nelson, acusado de assassinar o vizinho, e já capturado é reincident­e nas mesmas práticas criminosas. Depois da sua captura, Laurindo Jorge Guilherme foi presente ao Ministério Público que impôs medidas restritiva­s de movimento, determinad­as pela prisão preventiva, por ser um crime cuja moldura é de prisão maior, em se tratando de homicídio qualificad­o.

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola