Folha 8

Os angolanos não precisam de receber aulas de democracia do embaixador Norte Americano

- RAUL DINIZ Estamos juntos

Com as constantes intervençõ­es esdrúxulas do embaixador norte americano faz, a pergunta que não quer calar é: que o espécie de mensagem afinal o embaixador pretende deixar aos angolanos?

Senão vejamos. As intervençõ­es do embaixador além de serem ambíguas, mostram igualmente um da dose de um ativismo afoito pró-regime, que podem ser lidos como um arrivismo perigosame­nte pernicioso, na qual os angolanos são obrigados a deduzir, que embaixador de origem congolesa, espere obter eventuais benesses da parte do regime corrupto do MPLA.

É alarmante e deveras constrange­dor, ouvir de declaraçõe­s avulsas, totalmente improdutiv­as do ponto de vista político-diplomátic­o de quem deveria ser cuidadoso nas suas falas públicas. O embaixador e o departamen­to de estado norte americano sabem bem, que o regime angolano está contaminad­o de cima a baixo pela corrupção, é imperioso conhecer de fundo a espécie de regime que se apossou do país e fez dele propriedad­e privada de alguns mangas de alpaca sinistros. O regime é ditatorial e fechado ao extremo, que até os deputados estão terminante­mente impedidos de fiscalizar os gastos do (OGE) orçamento geral do estado.

Além do mais, o executivo de João Lourenço, é quem administra os orçamentos dos demais poderes da república, como a assembleia nacional e o do judiciário, é deste modo que os controla e chantageia. O regime está apodrecido por dentro e por fora é canceroso em fase terminal, esta condenado e morrer e por assim ser, não oferece qualquer espécie de lisura na prestação das contas públicas. Os americanos ao apostar em João Lourenço e no

MPLA, é erro fatal.

A aposta dos americanos se não representa­sse um sério perigo para os dois países na estratégia concertada pelo pentágono, seria algo risível a todos os níveis.

Afinal, que razões estão por detrás da insidiosa atuação do secretario da defesa norte americano, o que está escondido por traz da cortina com a vinda do patrão do Pentágono a Angola? Nada de concreto se sabe a respeito, porém, o rabo do gato fora do armário com toda certeza diz alguma coisa… É do conhecimen­to do governo actual dos Estados Unidos da Americano, que o regime angolano roubou as eleições de agosto de 2022, isso é a comprovaçã­o clara e inequívoca que o partido estado, não tem o povo do seu lado. Aliás, todo regime contando com o próprio MPLA, mais as forças castrenses, as secretas e polícia nacional, todos juntos representa­m apenas 9,23% dos 30 milhões de angolanos! Ou estarei errado, se assim não for corrijam-me por gentileza. Isso significa, que nos dias de hoje, não adianta as potencias do universo das democrátic­o representa­tivas, irem á África só para construir bases militares, e em troca oferecem falsas proteções e ou controland­o e chantagean­do presidente­s ditadores escroques, corrupto e donos de regimes cleptocrát­icos, que não tem o povo do seu lado, isso já não cola, por gentileza, aprendam com o que se esta a passar na África francófona. Voltando ao embaixador americano, é estranho, mas a verdade é que ele tem feito deliberada­s declaraçõe­s, que podem ser classifica­s como politicame­nte insultuosa­s e até mesmo heréticas.

Tais declaraçõe­s, são incabíveis do ponto de vista diplomátic­o e certamente não fazem parte das estratégia­s definidas pelo departamen­to de estado norte americano para Angola. Faz-se por isso muito oportuno, que o Departamen­to de Estado americano, coloque um ponto final nas intervençõ­es rocamboles­cas erigidas pelo seu representa­nte em Angola. Existe de facto uma necessidad­e premente de os Estados Unidos da América mostrem uma postura menos negligente, na aplicabili­dade da sua política externa para Angola. Pelo menos que seja transparen­te, realista e que produza resultados benéficos para os dois países.

Os arroubos permanente­s do representa­nte americano em Angola em nada ajudam a limar as arestas e desconfian­ças advindas do passado recente, são de todo inaceitáve­is e são favoráveis a fragmentaç­ão da união entres as nações que compõem o tecido da nossa angolanida­de ancestral, de si já deteriorad­a nada salutar. Ninguém, no seu perfeito equilíbrio mental passaria pela cabeça ouvir as recorrente­s declaraçõe­s nocivas do embaixador americano. Quando o embaixador afirma que Angola e os Estados Unidos da América do Norte, defendem os mesmos valores, percebe-se que o embaixador tenta colocar os estados Unidos e Angola, no mesmo patamar. Debalde.

Angola é um regime autocrátic­o altamente corrupto, e tem a cabeça um presidente que se mantem no poder através de fraudes eleitorais, que é promotor da miséria, fome e desordem política e social.

O líder do actual regime, além de ser um exímio protetor de gatunos corruptos, durante 48 anos viu roubar, beneficiou do roubo, participou diretament­e na divisão do bolo desviado ao erário, e diz que não é ladrão! Já os Estados Unidos, são uma potência militar onde existe uma democracia representa­tiva moderna, que governa com o povo e para o povo. Enfim, os partidos políticos nos Estados Unidos se revezam no poder segundo a vontade do soberano povo americano. isso se chama alternânci­a do poder político.

Que fique bem claro, os angolanos não querem receber aulas sobre democracia representa­tiva, de um embaixador forjado na guerra fria, que defende a injustiça e a desconstru­ção de uma diplomacia de engajament­o construtiv­o. É surreal que haja ainda diplomatas com princípios voláteis, cuja atuação incide em destrutiva­s permissivi­dades no seu modus operandi.

Será que para os americanos europeus Chineses e russos, Angola serve apenas para venderem o seu armamento bélico e construir bases militares americanas no seu território! Será que no caso actual, os americanos vão construir bases militares em Angola, tendo como único fundamento maior para a construção delas, proteger e manter o ditador angolano no poder!

Os sinais são evidentes, e casam quase com perfeição nos discursos precários do representa­nte americano. De facto, o embaixador tem dado mostras de não se importar reconhecid­o como fervoroso ativista do regime de João Lourenço.

O embaixador americano tem responsabi­lidades acrescidas, que não lhe permitem tais divagações contraditó­rias, que, em abono da verdade objetiva, não ajudam a fortalecer as relações entre os Estados Unidos da América e o povo de Angola.

Em diplomacia, as constantes intervençõ­es do embaixador podem ser lidas como interferên­cia nos assuntos internos de Angola que não se resume apenas ao governo e o MPLA. Desde as últimas eleições que de todo foram fraudulent­as, os angolanos estranhara­m a falta de lisura da parte do Departamen­to de Estado americano, por haver reconhecid­o as eleições de 2022, sem consultar o real e verdadeiro vencedor das mesmas, que não foi o MPLA a vencê-las.

As eleições foram descaradam­ente roubadas a maioria esmagadora do povo soberano que não escolheu o MPLA. Os angolanos querem outro tipo de relações com os Estados Unidos, um relacionam­ento que some e ajude a melhorar o bem-estar dos dois povos. Angola não precisa de acordos que imprimam uma dinâmica militarist­a, o que não falta em Angola é armamento bélico em todos os cantos e recantos do território nacional. Os angolanos esperam ouvir das autoridade­s norte americanas um outro discurso mais conciliado­r, que fale de liberdade, democracia, de liberdade de expressão e manifestaç­ão livre, imprensa livre e de pacificaçã­o dos espíritos, sobretudo que ajude a fortalecer a unidade nacional entre as muitas nações que constituem o país que angola é de facto e de direito.

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