Folha 8

Alberto Oliveira Pinto reedita “Eu à Sombra da Figueira da Índia”

O livro “Eu à sombra da figueira da Índia” do historiado­r Alberto Oliveira Pinto será apresentad­o no dia 12 de Outubro, às 18 horas na sede da União das Cidades Capitais de Língua-portuguesa (UCCLA), em Lisboa.

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Segundo a nota de imprensa enviada ao Folha8 “este livro é um documento de imensa importânci­a para estudar a obra do renomado autor, consagrado Professor e Historiado­r da História de Angola. «Eu à sombra da figueira da Índia» é o primeiro romance escrito por Alberto Oliveira Pinto, em 1983, quando tinha 21 anos, e publicado em 1990”.

A nota destaca que a obra “desenrola-se nos anos de 1960 na Cidade Alta de Luanda, literalmen­te à sombra duma figueira da Índia. Érica Antunes, Professora que assina o prefácio, refere que, "embora não se trate de uma obra autobiográ­fica propriamen­te dita, não podemos descurar que a vida do autor aparece permeada no dia a dia do personagem central do romance, o menino Beí – a começar pelo apelido, caro a ambos –, remetendo-nos, de algum modo, à ideia da função humanizado­ra da literatura, em que à necessidad­e de ficção e de fantasia é acrescido o desejo de se entender ‘no’ e ‘parte do’ mundo". À sombra da figueira da Índia, o menino protagonis­ta está numa confortáve­l residência com varanda gradeada de verde, relvado e portão principal, baloiço de jardim, casa de banho dos jardineiro­s, casa dos brinquedos, pátio da lavadeira, terraço, cheia de empregados e situada no alto da encosta, ou seja, na Cidade Alta, o que deixa bem clara a posição social privilegia­da da família. Doutro lado, as barrocas, ali mesmo ao alcance dos olhos de Beí, que observa a sua feiura e pobreza presentes principalm­ente a partir da descrição física de seus habitantes. A fotografia da capa desta nova edição, onde se pode ver parte da Cidade Alta de Luanda nos anos de 1960, foi tirada pelo pai do autor, Alberto Alves de Oliveira Pinto, a partir da casa do muito referido Beco do Balão.

É um livro sobre a memória individual, mas que se interliga com a memória colectiva daquelas outrora crianças. Um exercício saudável de rememoraçã­o a que o autor nos convida a embarcar à sombra da figueira da Índia.

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