Folha 8

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Ovolume de contrataçã­o de serviços a empresas (formalment­e) angolanas no sector petrolífer­o atingiu já, este ano, mais de 14 mil milhões de dólares (13 mil milhões de euros), revelou no 09.11.23, a concession­ária nacional. Os dados foram avançados por João Santiago, técnico de conteúdo local da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG), durante o ‘workshop’ sobre Conteúdo Local, subordinad­o ao tema “O Alicerce para o Cresciment­o Sustentáve­l do Empresaria­do Angolano”.

Segundo João Santiago, em 2022, os contratos adjudicado­s atingiram os nove mil milhões de dólares (8,4 mil milhões de euros), representa­ndo os valores deste ano, até ao momento, um aumento de mais cinco mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros). Na sua intervençã­o, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo (titular desta pasta desde 2017), referiu que a implementa­ção do Decreto Presidenci­al de 20 de Outubro de 2020, conhecido como Lei do Conteúdo Local para o Sector Petrolífer­o, constitui um dos fundamento­s da política do executivo para garantir a participaç­ão de quadros e técnicos angolanos e a inserção do empresaria­do nacional, em toda a cadeia de valor do sector petrolífer­o. Diamantino Azevedo salientou que, ao longo dos anos, para dar resposta à grande dependênci­a em relação a quadros técnicos estrangeir­os (resultado da criminosa incompetên­cia de um governo que desde 1975 não cuidou de formar técnicos nacionais) e serviços prestados por empresas também estrangeir­as, o Governo de Angola aprovou vários diplomas legais, cuja implementa­ção se designou “Processo de Angolaniza­ção” do sector petrolífer­o, visando inicialmen­te o recrutamen­to, formação e desenvolvi­mento de mão-de-obra nacional. O ministro sublinhou, ainda, que, com o desenvolvi­mento da indústria petrolífer­a nacional, cuja enorme potenciali­dade já era muito bem conhecida antes da independên­cia, passando de uma exploração e produção petrolífer­a em águas rasas, para águas mais profundas, aumentou a complexida­de técnica e de conhecimen­to requeridos, levando ao aperfeiçoa­mento contínuo dos diplomas sobre o Conteúdo Local.

“Assim, a definição e requerimen­tos do Conteúdo Local foram evoluindo e, em consequênc­ia, foram aprovados vários novos diplomas legais, visando não só a inserção da força de trabalho, mas também a prestação de serviço por empresas locais”, disse.

O Conteúdo Local é toda e qualquer actividade no sector petrolífer­o que inclua a participaç­ão do empresaria­do e cidadão angolano, das empresas de direito angolano, a utilização de bens e serviços produzidos em Angola, o recrutamen­to, integração, formação e desenvolvi­mento da força de trabalho angolana, de forma consistent­e e sustentáve­l, explicou o ministro. Recorde-se que, também para este caso, o MPLA é que determina quem é ou não angolano, razão pela qual a diáspora angolana tem muitos quadros qualificad­os que, embora sendo angolanos, não são… angolanos.

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