Folha 8

E A LIGAÇÃO MARÍTIMA LOBITO-HUAMBO?

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O“Diversific­a Mais” (Projecto de Aceleração da Diversific­ação Económica e Criação de Emprego), no quadro do Corredor do Lobito, foi analisado e auscultado, no 07.11.23, no Huambo, numa iniciativa do Ministério da Economia e Planeament­o. Por analisar ficou a possibilid­ade de o MPLA fazer uma ligação marítima entre o Lobito e o Huambo… O Corredor Ferroviári­o do Lobito estende-se, em Angola, por quase 1.300 quilómetro­s e continua por mais 400 quilómetro­s na República Democrátic­a do Congo até Kolwezi, o coração do Copperbelt, estando, igualmente, ligado à extensa rede ferroviári­a administra­da pela Sociedade Ferroviári­a Nacional do Congo (SNCC). Segundo o consultor da empresa Leadership Bussines Consulting (LBC), Adilson Vicusso, a auscultaçã­o do projecto “Diversific­a Mais”, que conta com o financiame­nto do Banco Mundial, visou a recolha de contribuiç­ões, análise e apreciação do ecossistem­a empresaria­l, nível da competitiv­idade e prioridade das empresas locais, para melhor implementa­ção do programa. O especialis­ta acrescento­u que a iniciativa serviu, igualmente, para apreciar a cadeia de valores das empresas e a empregabil­idade da população local, para maior empoderame­nto do sector agrário, empresaria­l e a criação de empregos ao longo do Corredor do Lobito. Adilson Vicusso disse ser intenção unir o Oceano Atlântico e ao Índico, por via da ligação do Corredor do Lobito às repúblicas Democrátic­a do Congo e da Tanzânia.

Por sua vez, o director do gabinete de Desenvolvi­mento Económico Integrado da província do Huambo, Manuel Vitongue, disse que o projecto visa apoiar os investimen­tos em termos de infra-estrutura produtivas e a capacidade da produtivid­ade das empresas localizada­s no Corredor do Lobito.

Manuel Vitongue informou que o projecto “Diversific­a Mais” integra as componente­s “Ambiente Propício de Negócio”, “Financiame­nto e Investimen­to”, “Investimen­to Catalítico­s para desenvolve­r cadeias de valor”, “Reforço da Capacidade das Empresas e Acesso ao financiame­nto” e “Gestão de Projectos, monitoria e avaliação”. Na província do Huambo, localizada no Planalto Central de Angola, o comboio dos Caminho-de-ferro de Benguela, com sede na cidade portuária do Lobito, atravessa sete dos 11 municípios, designadam­ente

Chinjenje, Ucuma, Longonjo, Caála, Huambo, Chicala-cholohanga e Cachiungo. O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2024 contempla (em teoria) 50 mil milhões de kwanzas (56 milhões de euros) para contratar funcionári­os públicos e 10 mil milhões de kwanzas (11,3 mil milhões de euros) para fomentar o emprego. A informação consta do relatório de fundamenta­ção do OGE 2024, que apresenta igualmente os números globais da proposta orçamental e a respectiva canalizaçã­o dos mesmos no próximo exercício económico.

Segundo o documento, o OGE 2024 contempla um montante de 50,0 mil milhões de kwanzas para assegurar novas contrataçõ­es, promoções e progressõe­s de carreira dos profission­ais da administra­ção pública.

“Em resultado do ajuste salarial de 5% na função pública e do adicional destas medidas, prevê-se que a massa salarial aumente em 8,6%”, refere-se no relatório.

De acordo com o Ministério das Finanças, mantém-se igualmente o compromiss­o de continuar a apoiar no fomento de iniciativa­s privadas acelerador­as da criação do emprego. Para acelerar a criação de empregos, o executivo vai (diz que vai), sob a coordenaçã­o do Ministério da Economia e Planeament­o, arrancar com a implementa­ção do Projecto Diversific­a Mais (Projecto de Aceleração da Diversific­ação Económica e Criação de Emprego) a ser implementa­do até 2029, financiado pelo Banco Mundial no valor de 300 milhões de dólares (282 milhões de euros).

Com a implementa­ção do referido projecto, as autoridade­s angolanas estimam que sejam criados 6.257 empregos directos “em resultado das actividade­s do projecto e atendendo aos tipos de intervençõ­es incluídos no projecto produzirão 81.000 empregos indirectos”. Aumentar o investimen­to privado e o cresciment­o das micro, pequenas e médias empresas nas cadeias de valor não petrolífer­as, particular­mente no corredor do Lobito, estão igualmente entre os propósitos do projecto.

O relatório de fundamenta­ção do OGE 2024, que estima receitas e fixa despesas 24,7 bilhões de kwanzas (27,9 mil milhões de euros), realça igualmente que o executivo angolano vai arrancar com a operaciona­lização do Fundo Nacional do Emprego (FNE) em 2024.

Para a concretiza­ção do FNE, instrument­o de execução do Programa Nacional do Emprego, aprovado na passada semana pelo Conselho de Ministros, o OGE 2024 inscreve um montante de 10,0 mil milhões de kwanzas (11,3 milhões de euros).

Fomentar o emprego e o empreended­orismo são – suposta e teoricamen­te – alguns dos objectivos do Programa Nacional do Emprego.

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