ANGOLA TEM MUITAS PESSOAS MAS POUCOS SERES HUMANOS
Asecretária de Estado para os Direitos Humanos e Cidadania, Ana Celeste Januário, reiterou 07.11.23, em Luanda (em cumprimento de uma ordem superior emitida pelo Titular do Poder Executivo), que a o MPLA (no Poder em Angola há 48 anos) protege a dignidade de todos os seres humanos, sendo necessário o acompanhamento das instituições, no sentido de ver respeitados os direitos e garantias dos cidadãos. Conclui-se, portanto, que os não protegidos – por exemplo os 20 milhões de pobres – não são seres humanos. Para a auxilia de João Lourenço, por esta razão, o dito Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos aposta no desenvolvimento de um programa educacional sobre a matéria, no âmbito do reforço dos conhecimentos da estratégia nacional… para a manutenção “sine die” de substituição do MPLA no Poder.
Durante a abertura do Fórum de Direitos Humanos, com o tema “Direitos Humanos, democracia e cultura de paz: desafios da protecção”, Ana Celeste Januário afirmou que tudo passa pela educação das pessoas, no sentido de se prevenir casos de desrespeito dos direitos humanos, ligado a falhas em aspectos de conhecimento.
Pois então, Ana Celeste Januário quer – e muito bem – educar o povo para que este, no âmbito dos direitos humanos, aprenda a morrer de doença sem ir aos hospitais e aprenda. Igualmente, a viver sem comer. Trata-se de aulas de “educação patriótica”. “Temos de trabalhar para o reforço da capacitação dos operadores, no caso os estudantes que vão trabalhar com o Direito”, sublinhou. E quem devem ser os professores? Ana Celeste Januário não exemplifica, mas será com certeza uma cátedra dirigida (superiormente, refira-se) por um dos maiores peritos do MPLA, Eugénio César Laborinho, cuja formação começou – aliás – em plena época colonial quando, em 1972, foi professor de posto.
Por sua vez, O secretário de Estado para o Ensino Superior, Eugénio Silva, apontou alguns indícios que atropelam os Direitos Humanos, nomeadamente, a falta de acesso ao Bilhete de Identidade, a demora no atendimento a nível das instituições, bem como a ausência de cuidados médicos. É caso para perguntar o que, 48 anos depois de estar no Poder, andou a fazer o MPLA? Assim sendo, Eugénio Silva avançou que para aqueles cidadãos que se queiram afirmar como dignos, devem respeitar os seus direitos e deveres. Muito bem. Dir-se-ia até brilhante. Os 20 milhões de pobres, assim como as mais de cinco milhões de crianças que estão fora do sistema de ensino, têm deveres perante o “guia do Povo” (o MPLA), mas quanto a direitos… bem isso é algo que está previsto para quando o MPLA comemorar 100 anos de governação. Só faltam 52 anos. Já o reitor da Universidade Metodista de Angola, Tiago Mutombo, referiu que o Fórum serve para fortalecer os estudantes do curso de direito em matéria de Direito Humanos, uma vez que futuramente passarão a exercer funções na sociedade. Mais uma brilhante conclusão. Se passassem a exercer funções fora da sociedade também não era mau… O evento enquadra-se nas comemorações dos 75 anos da adopção da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas em 10 de Dezembro do mesmo 1948.
Perante a necessidade patriótica de educar o povo, talvez fosse aconselhável instituir, com força de lei e com a lei da força, a obrigatoriedade da educação patriótica começar logo quando as nossas crianças ainda estão na barriga da mãe. Por alguma razão a Organização Nacional de Pioneiro Agostinho Neto almeja apostar na educação patriótica, cívica e moral das crianças angolanas,
sendo estas o futuro do país. Na Coreia do Norte o sistema é o mesmo e funciona. Portanto…em tempos, curiosamente no Huambo, a então secretária nacional para a organização de quadros da OPA, Maria Luísa, disse que a continuidade do processo de desenvolvimento de Angola passa, necessariamente, por uma boa educação das crianças em todas as vertentes.
E educação tem de ser “patriótica”? Pelos vistos, sim. Não basta ser educação. Maria Luísa realçou ainda que a família desempenha um papel preponderante na educação patriótica, moral e cívica dos menores, para melhor se integrarem na sociedade. Apelou também às crianças para se dedicarem à formação académica, com vista a participarem, no futuro, activamente no processo de desenvolvimento do país. Oficialmente o objectivo desta massiva campanha de patriotismo tem como objectivo elevar o espírito patriótico dos menores, bem como dar a conhecer os benefícios da independência. Tal e qual como nos tempos da militância marxista-leninista do pós-independência (11 de Novembro de 1975), o regime do MPLA continua a tentar reeducar o povo tendo em vista e militância política e patriótica… no MPLA.
De facto, tanto a militância política como a patriótica são sinónimos de MPLA. E a educação patriótica começa ainda dentro da barriga da mãe. Ou até antes, se for possível. Num Estado de Direito, que Angola diz – pelo menos diz – querer um dia ser, não faz sentido a existência de organismos, entidades ou acções que apenas visam a lavagem ao cérebro e a dependência perante quem está no poder desde 1975, o MPLA. Dependência essa que, como todas as outras, apenas tem como objectivo o amor cego e canino ao MPLA, como se este partido fosse ainda o único, como se MPLA e pátria fossem sinónimos. Por norma, os trabalhos de lavagem cerebral dos putos e dos jovens incide sempre sobre os “princípios fundamentais e bases ideológica do MPLA”, os “discurso do Presidente”, os “princípios fundamentais de organização e funcionamento da MPLA” e “o papel da juventude na conquista da independência Nacional e na preservação das vitórias do povo angolano”.
Nem no regime de António de Oliveira Salazar, em Portugal, se fazia um tão canino culto do regime e do presidente como o faz o MPLA, só faltando (e já esteve mais longe) dizer que existe Deus no Céu e o MPLA na terra.
Israel e Palestina não consideram os africanos como seus amigos. Os africanos têm uma perspectiva ou um conceito errado de amizade. Você não pode ser amigo de alguém que não está interessado em ser teu amigo. Vejam as declarações de uma diplomata Israelita. Ela pelo menos é honesta e está a dizer publicamente e assumir que não se identifica com os negros. A Cônsul Geral de Israel em Atlanta – Estados Unidos da América, Judith Varnai Sharer diz que segundo ela os “negros norte-americanos são a maior ameaça do mundo”. Judith Varnai Sharer acredita que os negros são mais perigosos que os terroristas. É triste quando observamos que ninguém condena este tipo de discurso. A solidariedade não é uma estrada de sentido único. Israel tem interesses em África mas não se interessa pelos africanos. A Palestina não tem interesses em África, mas também não se interessa pelos africanos. Vocês conseguem imaginar que a África só recebeu duas visitas de um Primeiro Ministro Israelita em 54 anos? Hoje em dia todo mundo fala em solidariedade. Do meu ponto de vista os fundamentos da solidariedade devem estar alicerçados na reciprocidade e igualdade. Ser solidário com aqueles que me perseguem e maltratam é um contra senso. Já agora, quando morrem crianças africanas não vejo solidariedade de Israel ou Palestina. Quando África está com problemas Israel e Palestina respondem com silêncio e indiferença. Israel e Palestina não têm a mínima consideração pelos negros. Os negros são desprezados desrespeitados, humilhados e discriminados tanto por uns como pelos outros.
Os negros não são bem vindos em Israel e na Palestina. Será que israelitas e os palestinianos preocupam-se com os conflitos e problemas de África da mesma forma que os africanos se preocupam com a guerra
no médio oriente? A África tem muito mais problemas que Israel e a Palestina juntos. O nosso foco deve ser em primeiro lugar o continente africano. Quando há guerras em África não vejo manifestações no mundo inteiro.
Na guerra da Ucrânia com a Rússia todo ocidente falou a uma só voz.
A NATO foi mobilizada para isolar a Rússia. Os países ocidentais fizeram chantagem política para os países africanos declararem publicamente o seu apoio a Ucrânia. No entanto o ocidente esqueceu-se que no início da guerra os estudantes africanos que estavam na Ucrânia foram discriminados e sofreram as piores cenas de racismo que se podia imaginar.
Os líderes africanos não se respeitam quando aceitaram apoiar a Ucrânia de Zelensky sabendo que os estudantes africanos na Ucrânia tinham sido discriminados e maltratados. Quando os estudantes africanos foram abusados na Ucrânia o mundo reagiu de forma silenciosa. Um silêncio cúmplice.
Vou fazer nova incursão ao médio oriente.
Quem é judeu deve praticar o judaísmo e ter compaixão com o próximo inclusive com os negros. Ou será que o livro religioso deles ensina o ódio contra os negros?
Os árabes também têm o seu ódio contra os africanos. Os africanos nunca fizeram mal aos árabes. Os árabes são muçulmanos e fazem várias orações por dia.
O que não consigo entender é assistir pessoas que fazem várias orações por dia para depois exibir o racismo contra os negros. Tanta oração para depois exibir ódio contra negros?
É nos momentos de crise que o ocidente revela a sua verdadeira cor.
Há africanos que são pró Palestinos e outros pró-israel. Do meu ponto de vista os africanos devem ser neutros. Israelitas e Palestinianos nunca serão pró-áfrica. Quando África do Sul esteve sob o regime do Apartheid o único País árabe que apoiou a causa do ANC foi a Líbia do General Kadaffi.
Quais são os motivos que levam os africanos preocuparem-se tanto por aqueles que nos desprezam e maltratam os negros que vivem no médio oriente?
Tenho relatos de mulheres negras que trabalham em países árabes como trabalhadoras de limpeza ou cozinheiras são tratadas como autênticas escravas e objectos sexuais.
Muitas mulheres negras nestes países árabes são obrigadas a beber urina porque os senhores árabes querem humilhar os africanos. Há muitas mulheres negras em cativeiros no médio oriente. Ninguém ajuda os africanos quando estão em problemas. Aqueles que se oferecem para ajudar o continente africano têm segundas intenções. O objectivo deles não é ajudar a África, mas sim roubar os minerais de África. Os europeus não gostam dos africanos. Eles gostam das nossas matérias-primas. Os árabes não gostam dos africanos. Eles gostam do nosso ouro. Os americanos não gostam dos africanos. Eles gostam do nosso petróleo. Agora preparem-se: Os líderes africanos não gostam dos africanos. Eles gostam do nosso dinheiro.
E assim vai… Estamos tramados!!!