AGUALUSA ESCREVE SOBRE A VIDA DE ABEL CHIVUKUVUKU
As vidas (e mortes) de Abel Chivukuvuku – apontado com um dos candidatos à Presidência da República nas próximas eleições em Angola – quase se confundem com a história de Angola e são essas as duas histórias – a do homem e a do país – que José Eduardo Agualusa se propõe escrever no livro Vidas e Mortes de Abel Chivukuvuku. Uma Biografia de Angola, será apresentada por Ngoi Salucombo no dia 15 de Novembro no Centro Cultural Português em Luanda.
Agualusa, que se apresenta neste livro com um registo novo. «É a primeira vez que me atrevo a fazer algo assim», afirma o escritor em declarações ao Novo Jornal, em Luanda. Vidas e Mortes de Abel Chivukuvuku é a história de um homem nascido a 11 de novembro, data da independência de Angola, que dedicou toda a sua vida ao combate pela democratização do seu país. Um homem que sobreviveu a tudo: duas quedas de avião durante a guerra civil, um atentado, uma terrível tentativa de linchamento, várias conspirações e ameaças, sem jamais perder a alegria pela vida e a capacidade de perdoar, de escutar o outro e de dialogar. A sua história é também a história de Angola, olhada a partir do Bailundo, no coração da nação ovimbundo.
Na sua página do Facebook, Agualusa adiantou algumas notas “está é a história de um homem cujo nome, Chivukuvuku, significa bravura. Um homem casado com uma mulher chamada Victória…”
Percurso de Agualusa
José Eduardo Agualusa [Alves da Cunha] nasceu no Huambo, Angola, em 1960. Estudou Silvicultura e Agronomia em Lisboa, Portugal. Os seus livros estão traduzidos em 25 idiomas. Beneficiou de três bolsas de criação literária: a primeira, concedida pelo Centro Nacional de Cultura em 1997 para escrever «Nação Crioula», a segunda em 2000, concedida pela Fundação Oriente, que lhe permitiu visitar Goa durante 3 meses e na sequência da qual escreveu «Um estranho em Goa» e a terceira em 2001, concedida pela instituição alemã Deutscher Akademischer Austauschdienst. Graças a esta bolsa viveu um ano em Berlim, e foi lá que escreveu «O ano em que Zumbi tomou o Rio». No início de 2009 a convite da Fundação Holandesa para a Literatura, passou dois meses em Amsterdão na Residência para Escritores, onde acabou de escrever o romance, «Barroco Tropical». Escreve crónicas para o jornal brasileiro O Globo, a revista LER e o portal Rede Angola. Realiza para a RDP África hora das Cigarras", um programa de música e textos africanos. É membro da União dos Escritores Angolanos.