MPLA entrava desenv
OMPLA representa um motivo de entrave ao desenvolvimento de Angola a todos os níveis, e de desgaste, como partido político, à sua própria imagem e história, a firmou em exclusivo ao Folha 8 o jornalista Wagner Sales, Director-geral da Agência de Notícias do Brasil, Pólo de Notícias.
O jornalista afirma que o MPLA, há 48 anos no poder, “é um entrave ao desenvolvimento de Angola a todos os níveis, porque é um partido muito lento e sem senso de seriedade na implementação de políticas públicas e de desenvolvimento económico, que ofereçam dignidade a população, e que elevem o país a um nível invejável de desenvolvimento económico em África e no mundo”. Wagner Sales lamenta a inexistência de uma política agrícola agressiva para o combate a fome e a pobreza. Além de tirar os jovens em números “assustadores no desemprego”. “Estar há quase meio século no poder, só correu o próprio partido e não trouxe progresso para o povo angolano. Um povo muito sofrido, guerreiro, que no passado sofreu com a guerra, agora sofre com outra guerra que é da fome, seca, pobreza. É um povo que merece muito mais do que o MPLA nem o pouco faz”, criticou. Os angolanos e brasileiros, segundo o jornalista, são dois povos que vivem realidades semelhantes do ponto de vista social, mas, “aqui (Brasil) pelo menos, não temos um governo que está há quase meio século no poder. Vigora uma alternância de poder. E isso é bom. Ajuda a medir o nível de desenvolvimento económico e social do país”.
No Brasil, em termos políticos, “só temos a lamentar a descontinuidade das políticas. Estamos sempre no recomeço. Isto é, tem havido alternância no poder, que é fundamental que haja, mas, o governo que sucede ao outro não dá continuidade às acções levadas a cabo pelo governo anterior. Estamos sempre no recomeço, mas, Angola, nem essa oportunidade tem tido até ao momento, infelizmente. O tipo de governo é muito centralizado, o que só atrasa ainda mais a resolução dos problemas que afectam o povo. Quem paga é o povo”.
Diante deste cenário de “estagnação de desenvolvimento económico e social que o país vive há meio século com o povo a pagar com sofrimento duro”, a mídia angolana devia ter “um senso crítico mais apurado para se constituir num movimento de pressão e questionamento contra quem governa como governa” disse o jornalista brasileiro que revela o contributo da imprensa do seu país que por ter um senso crítico maior con
tra o governo em relação a imprensa angolana está a ajudar a levar o presidente da república anterior, Jair Bolsonaro, a responder na justiça ao tentar “ao estilo dos anos 60, consumar um golpe de estado falhado”.
Líder da UNITA ataca União Africana
O Presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, exige da União Africana sanções contra os presidentes africanos que mudam as constituições dos seus países para se manterem no poder. A posição foi reiterada pelo líder do maior partido na oposição política angolana no 27 de Novembro, através da sua conta oficial nas redes sociais.
Para Adalberto da Costa Júnior, “as instituições do nosso continente devem punir também os governos que organizem golpes constitucionais. Estes golpes o que são? São as alterações às leis e às constituições, impondo limites ao Estado Democrático e de Direito, de modo a tirar vantagens da sua governação e estendendo-a por vias não legais. Governos e Presidentes que controlam o poder judicial e controlam de modo absoluto a Comissão Nacional Eleitoral, que por sua vez introduzem sempre que necessário alterações ao voto do eleitor!”.
Para alguns analistas políticos, “os apelos reiterados de Adalberto da Costa Júnior, são provas de que a UNITA já não acredita na alternância do poder no aparelho do Estado por via das eleições gerais”.
A UNITA percebeu que internamente, o MPLA não perde o poder por via de eleições dirigidas e organizadas por instituições politicamente controladas pelo MPLA através do Presidente da República.
“Nem as viagens internacionais e a extensão das relações diplomáticas com países, partidos e organizações ocidentais em véspera das épocas pré eleitorais têm servido para uma verdadeira busca de aliados capazes de influenciar o funcionamento das instituições públicas do serviço de justiça e administração do Estado” referem sob anonimato analistas políticos que elogiam a nova estratégia encontrada por Adalberto da Costa Júnior, porque “encontra apoio junto dos líderes políticos da francofonia que pelos bem sucedidos golpes de estado já conseguiram descredibilizar a União Africana na arena política mundial para fazer África funcionar em termos regionais e como continente para o desenvolvimento económico, social e tecnológico”.