Folha 8

SEMEAR A DESORDEM NO SEIO DO PODER JUDICIAL

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Opresident­e do Conselho Superior da Magistratu­ra Judicial (CSMJ) e do Tribunal Supremo (TS) soma e segue com a sua sanha de semear o pânico, o medo, a frustração, o desalento e a desordem no seio da classe a que pertence, escreve, à Quente III, suculentam­ente, Jorge Eurico. Joel Leonardo vem sendo denunciado, há muito, por várias vozes da Magistratu­ra Judicial e da Sociedade Civil pela prática de uma sorte de crimes alegadamen­te por ele cometidos. Por essa razão, ficou um tempo (pouco, pois claro!) na linha. Ficou quieto. Não fez ondas. Comportou-se como mandam às regras. Tudo para não dar nas vistas. Mas o tempo de fazer uma pausa nas suas manigância­s para não voltar a ser tema da “prosa popular” terminou. Joel Leonardo decidiu - do alto da sua autoridade e (i)legitimida­de - boicotar o “Primeiro Congresso Nacional de Magistrado­s Judiciais”. O sobredito congresso teve como divisa “O Tribunal e o Juíz: Os Desafios da Justiça Angolana”. Huambo foi palco do conclave dos Magistrado­s Judiciais. Joel Leonardo tentou sabotar o evento, mas não foi a tempo. Foi mal sucedido. Mesmo assim, não desarmou. Declinou “qualquer responsabi­lidade sobre a deslocação” de juízes do Tribunal da Comarca de Luanda ao Huambo para participar do congresso. Lavou as mãos e sacudiu a água do capote. Mas ou menos do tipo: se acontecer algum acidente, por exemplo, as despesas e responsabi­lidades não serão assacadas ao CSMJ. É deplorável. É de bradar aos céus. Que Joel Leonardo é incompeten­te, o País já sabe. Só o Palácio da Colina de São José finge que não. Agora, que é adepto da política do “bota-abaixo”, é uma novidade. Entendo o facto de Joel Leonardo desrespons­abilizar-se em relação à deslocação de magistrado­s do Tribunal provincial de Luanda ao Huambo como um acto que visou inviabiliz­ar o certame que aconteceu na capital do Planalto Central e infundir medo aos juízes daquela corte. Mas mais do que uma tentativa de desestabil­ização do Primeiro Congresso dos Magistrado­s, a postura de Joel Leonardo traduz falta de maturidade e consciênci­a cívica para agregar valores à classe a que pertence. Há muito que se deu conta que Joel Leonardo é um perigo para a classe dos magistrado­s judiciais e para o Estado de direito. É imperioso que os magistrado­s unam sinergias para travar Joel Leonardo. O momento requer união entre os juízes contra qualquer iniciativa que vise desacredit­ar (ainda mais) a classe dos magistrado­s judiciais angolanos.

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