ÁFRICA NA ORQUESTRA DO OCIDENTE
ÁFRICA AINDA DOMINADA ÀS
A Carta do Imperialismo publicada no livro da franco-marfinense Mireille Saki revela como durante muito tempo os africanos foram orquestrados para (sempre) servir os caprichos do Ocidente. Mireille Saki descobriu o inédito documento no Museu Real da África em Tervuren, na Bélgica, e publicou-o em exclusivo no seu livro intitulado: A CARTA DO IMPERIALISMO: UMA CARTA DE SERVITUDE,
CÂMARAS.
Trata-se de uma carta de revelações, que faz menção a pontos que guiam o comportamento grotesco do Ocidente diante da África, exibindo a forma como algumas democracias mundiais são tão tiranas.
A suposta assistência e os planos de ajuda para o desenvolvimento do continente africano revela-se em engenhosos actos e factores de desumanidade arquitectadas pelas ditas potências mundiais.
No item 5 do documento lê-se o seguinte: “Todos os ditadores devem colocar as suas fortunas nos nossos bancos para a segurança dos nossos interesses. Está fortuna será usada para doações e créditos concedido por nós como assistência e ajuda ao desenvolvimento de países do Terceiro Mundo”. A Carta do Imperialismo, protocolo de 28 artigos, dá conta que o respeito a integridade territorial não pode ser aplicado à África, logo, para eles é: dividir para melhor distrair e empobrecer o continente. No diploma lembram-se, inúmeras vezes, a vassalagem que se impõe aos líderes africanos. Um exemplo bem recente é a ida de João Lourenço à Casa Branca, no 30 de Novembro de 2023, que aconteceu tudo em menos de uma semana, algo incompatível em termo de visitas oficiais deum chefe de Estado, aos Estados Unidos. Foi uma submissão para atender mais a vontade e aos interesses dos americanos. Agora, entende-se também, nitidamente, por que o primeiro ministro de Israel não é sancionado pelos crimes de guerra que tem cometido na Faixa de Gaza. Israel é “filhinha do papai”; EUA.
Conforme o manuscrito, os interesses americanos vêm antes de qualquer lei ou direito internacional”. E, continua, “os direitos humanos só têm sentido no país onde os governantes se submetem a nossa vontade”.
Aí realça que, só são crimes de guerra ou contra a humanidade, genocídio ou massacres quando forem em países em que os seus interesses não dizem nada, por os seus cidadãos serem considerados de terceira categoria, logo distantes dos ditos valores ocidentais, que afinal, também são monstruosos, em muitas situações.
A Carta do Imperialismo foi elaborada em Washington durante o comércio de escravos e, depois negociada, discretamente na Conferência de Berlim em 1885, enquanto as potências ocidentais dividiam a África, secretamente renegociado em Yalta quando o mundo foi dividido em dois blocos após a Segunda Guerra Mundial e durante a criação da Liga das Nações, antepassada da ONU.
Abaixo, na íntegra, o teor da famosa Carta da Ordem Mundial Ocidental para manter África numa escravatura gourmet:
A CARTA DO IMPERIALISMO PROVISÃO GERAL
Item 1 - Do lema: – lema do imperialismo: Governar o mundo e controlar as riquezas do planeta; A nossa política é dividir e conquistar, dominar, explorar e saquear para encher os nossos bancos e torná-los os mais poderosos do mundo. Item 2 - Nenhum país do Terceiro Mundo é um estado soberano e independente. Item 3 - Todo o poder nos países do Terceiro Mundo, emana de nós, que o exercemos pressionando os líderes que são apenas nossos fantoches. Nenhum corpo no Terceiro Mundo pode assumir o exercício dele.
Item 4 - Todos os países do Terceiro Mundo são divisíveis e as suas fronteiras móveis de acordo com a nossa vontade. O respeito pela integridade territorial não existe para o Terceiro Mundo.
Item 5 - Todos os ditadores devem colocar as suas fortunas em nossos bancos para a segurança de nossos interesses. Esta fortuna será utilizada para doações e créditos concedidos por nós como assistência e ajuda ao desenvolvimento de países do Terceiro Mundo.
II. DO REGIME POLÍTICO
Item 6 - Todo poder e governo estabelecido por nós é legal, legítimo e democrático. Mas qualquer outro poder ou governo que não emane de nós é ilegal, ilegítimo e ditatorial, qualquer que seja sua forma e legitimidade.
Item 7 - Qualquer poder que oponha a menor resistência às
nossas injunções perde assim a sua legalidade, a sua legitimidade e a sua credibilidade. Ele deve desaparecer.
III. TRATADOS E ACORDOS
Item 8 - Não negociamos acordos e contratos com países do Terceiro Mundo, impomos o que queremos e eles se submetem à nossa vontade. Item 9 - Qualquer acordo concluído com outro país ou negociação sem o nosso aval é nulo e sem efeito.
IV. DIREITOS FUNDAMENTAIS
Item 10 - Onde existem os nossos interesses, os países do terceiro mundo não têm direitos, nos países do sul, nossos interesses vêm antes da lei e do direito internacional. Item 11 - A liberdade de expressão, a liberdade de associação e os direitos humanos só têm sentido no país onde os governantes se opõem à nossa vontade.
Item 12 - Os povos do Terceiro Mundo não têm opinião nem direito, submetem-se à nossa lei e ao nosso direito.
Item 13 - Os países do terceiro mundo não têm cultura nem civilização sem se referir à civilização ocidental.
Item 14 - Não estamos falando de genocídio, massacres, crimes de guerra ou crimes contra a humanidade em países onde os nossos interesses são garantidos. Mesmo que o número de vítimas seja muito importante.
V. FINANÇAS PUBLICAS
Item 15 - Nos países do terceiro mundo, ninguém tem o direito de colocar em seus bancos mais do que um teto de dinheiro estabelecido por nós. Quando a fortuna ultrapassa o teto, ela é depositada em um de nossos bancos para que os lucros retornem na forma de empréstimos ou ajuda econômica para o desenvolvimento em dinheiro ou em espécie.
Item 16 - Somente os países cujos líderes mostrarem total submissão a nós, nossos fantoches e nossos servos, terão direito ao referido
Item 17 - Nossa ajuda deve ser acompanhada de fortes recomendações susceptíveis de impedir e interromper qualquer ação de desenvolvimento por parte dos países do Terceiro Mundo.
VI. TRATADOS MILITAR
Item 18 - Os nossos exércitos devem ser sempre mais fortes e poderosos do que os exércitos dos países do Terceiro Mundo. Limitar e proibir armas de destruição em massa não diz respeito a nós, mas a outros.
Item 19 - Os nossos exércitos devem se ajudar e se unir na guerra contra o exército de um país fraco para mostrar a nossa supremacia e ser temido pelos países do terceiro mundo. Item 20 - Qualquer intervenção militar visa proteger os nossos interesses e os de nossos servidores.
Item 21 - Qualquer operação de evacuação de nacionais de países ocidentais esconde a nossa verdadeira missão, a de proteger os nossos interesses e os dos nossos valetes.
VII. ACORDOS INTERNACIONAIS
Item 22 - A ONU é nosso instrumento, devemos usá-la contra nossos inimigos e países do terceiro mundo para proteger nossos interesses.
Item 23 - Nosso objetivo é desestabilizar e destruir os regimes que nos são hostis e instalar nossos fantoches sob a proteção de nossos soldados sob o manto das forças da ONU. Item 24 - As Resoluções da ONU são textos que nos dão o direito e os meios de atacar, matar e destruir os países cujos líderes e povos se recusam a se submeter às nossas injunções sob a capa das Resoluções do Conselho de Segurança da ONU.
Item 25 - O nosso dever é manter a África e outros países do mundo em subdesenvolvimento, miséria, divisão, guerras, caos para dominá-los, explorá-los e saqueá-los através das Missões das Nações Unidas.
Item 26 - A nossa regra de ouro é a liquidação física dos líderes e dirigentes nacionalistas do Terceiro Mundo.
Item 27 - As leis, resoluções, cortes e tribunais das Nações Unidas são os nossos instrumentos de pressão contra os governantes e líderes de países que defendem os interesses dos seus povos.
Item 28 - Os líderes das potências ocidentais não podem ser processados, presos ou encarcerados pelos tribunais e tribunais da ONU, mesmo que cometam crimes de guerra, genocídio ou crimes contra a humanidade.