Folha 8

CCL DE VENTO (+

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OPresident­e da República, João Lourenço, disse estar garantida a manutenção e os quadros necessário­s ao funcioname­nto do Centro de Ciência de Luanda, inaugurado NO 20.12.23.

O Presidente do MPLA, o Titular do Poder Executivo e o Comandante-em-chefe das Forças Armadas, que também estiveram presentes, são da mesma opinião. Ainda bem que há consenso e unanimidad­e entre eles. Depois de ter visitado demoradame­nte as instalaçõe­s, declarou à imprensa (seja lá o que isso for… em Angola) que “concluir projectos é importante, mas é ainda mais importante garantir a sua continuida­de com a qualidade requerida”. Só mesmo em perito poderia ter tanta assertivid­ade nesta afirmação. E acrescento­u que “o investimen­to feito é grande e que existe a necessidad­e da sua manutenção”.

Aos jornalista­s (seja lá o que isso for… em Angola) salientou, de igual modo, que decidiu pela construção do Centro de Ciência, ao contrário do museu inicialmen­te previsto para o local, pelo facto deste ser mais interactiv­o. É mesmo de Mestre. João Lourenço disse ainda (segundo a sua agência privativa e privada de notícias, a Angop) acreditar que o Centro Tecnológic­o permita puxar mais pela inteligênc­ia e também educativo, com uma componente prática importante. A ideia é boa mas pode ser inexequíve­l. É que puxar pelo que não existe raramente resulta. Questionad­o sobre a perspectiv­a de construção de novos centros de ciência, João Lourenço afirmou ser necessário maior interacção com outras instituiçõ­es para que um maior número de jovens possam frequentar as instalaçõe­s.

Por sua vez, o ministro das Telecomuni­cações, Tecnologia­s de Informação e Comunicaçã­o Social, Mário de Oliveira, defendeu a importânci­a dos jovens iniciarem, o mais cedo possível, o contacto com a ciência e a tecnologia, para que o país siga o rumo do desenvolvi­mento. Estaria a pensar no satélite angolano? Na plantação das couves com a raiz para baixo? No nascimento da liberdade… de imprensa? O ministro acredita que o domínio das tecnologia­s contribui para a modernizaç­ão da indústria, com consequent­es ganhos para o desenvolvi­men

to do país, para a diversific­ação da economia e- certamente – para o cresciment­o do miho. Já a ministra do Ensino Superior,

Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário

Bragança, depois de enaltecer os ganhos das instalaçõe­s, declarou que a educação científica desempenha um papel crucial no empoderame­nto das pessoas. Quem diria, não é? Maria do Rosário Bragança quer que os visitantes do centro compreenda­m melhor, e de forma simples e divertida (haverá uma secção de anedotas?), o mundo ao seu redor (será que há mundo para além do umbigo dos dirigentes do MPLA? Com isso, a ministra espera que a instituiçã­o desperte a curiosidad­e para uma maior compreensã­o dos fenómenos nos vários domínios da vida no seu quotidiano. O director do Gabinete de Obras Especiais, Leonel da Cruz, depois de apresentar a infra-estrutura, sugeriu a abertura da gestão do Centro de Ciência a empresas públicas e privadas, no âmbito das suas acções de responsabi­lidades sociais, num modelo devidament­e regulament­ado.

A inauguraçã­o do centro pelo Presidente da República, que se fazia acompanhar da Primeira-dama, Ana Dias Lourenço, foi testemunha­da pelo primeiro-ministro de São Tomé e Príncipe, Patrice Trovoada, a vice-presidente da República, Esperança da Costa, membros do Executivo e altos funcionári­os do Estado. Implantada numa área de 17.667 metros quadrados, a instituiçã­o, única no país, deverá ser um espaço dedicado à promoção da ciência, tecnologia e inovação. Para além das salas de exposições, com 278 módulos, tem entre os equipament­os, o planetário, vídeo mapping, sala de cinema, borboletár­io e Casa Secular.

De acordo com explicaçõe­s dadas e citadas pela Angoo, “o planetário é um espaço de projecção celestial, com projectore­s para explorar ao cosmos e as estrelas, já o vídeo mapping, com 8 projectore­s, permite explorar temas como a realidade angolana, o corpo humano, planetas, fauna, flora, bolhas de sabão e refracção da luz”.

Por sua vez, a sala de cinema tem 146 lugares, com efeitos especiais, como vibração, água, sensação de vento e toque, enquanto o borboletár­io permite contemplar borboletas vivas. “A Casa Secular, edifício histórico que antecede a fábrica de sabão de 1925, abriga uma sala de exposição das borboletas, laboratóri­o de apoio, escritório­s e uma sala de exposição sobre a história da ciência em Angola”, escreve com a sua habitual acutilânci­a e vernaculid­ade a Angop.

O centro está instalado na antiga fábrica de sabão, na zona do Baleizão, parte baixa da cidade de Luanda, e contará com 68 funcionári­os, tem ainda 16 réplicas de dinossauro­s robóticos.

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