São bandidos ou não
Como podemos nos sentir seguros com este tipo de elementos nos órgãos de Defesa e Segurança se somos tão vulneráveis e estamos ao sabor dos homens: os “senhores dos anéis”? Este é mais um dos casos que sentimos que, com o tipo de regime securitário que nos governa somos folhas ao sabor do vento.
Tal como:
Sexta-feira Sangrenta - familiares de falecidos nesta cobarde acção apontaram elementos destas forças como promotores e autores dos massacres. Tanto quanto sabemos o MP nunca se deu ao trabalho de investigar.
Monte Sumi - indícios de que, a mando de Kundi Payama, governador provincial, da altura, as mesmas forças massacraram muitos dos seguidores de Kalupeteca. Organizações foram vetadas ao tentaram deslocar-se ao local afim de se inteirarem dos factos. PGR/MP, até agora, Népias. Cassule e Kamulingue - mortos por elementos afectos a Serviços que após muita pressão foram levados a julgamento. Hoje diz-nos a voz do povo que um dos indivíduos foi, alegadamente reabilitado e promovido dentro dos meadros da Segurança Nacional. PGR/MP, tanto quanto é do nosso conhecimento, não tuge nem muge. Inocêncio de Matos - jovem que foi morto ajoelhado porque participava de uma Manifestação que seguiu a Lei à risca com uma bala disparada por elemento das forças da ordem que lhe raspou o cérebro. Presumimos que tenha sido disparada à queima roupa. Até ao dia de hoje a PGR/MP já sobre o comando de Helder Pitta Gros faz ouvidos mocos. Cafunfo - Mataram mais de uma centena de civis porque algumas pessoas resolveram sair à rua para reclamar o tipo de vida que lhes impõem sendo a região riquíssima em diamantes explorados. Estas comunidades vivem em condições sub-humanas enquanto companhias licenciadas pelo governo enchem os cofres de meia dúzia (1/2) de alguns “alguéns” que acham ter aura que os ilumina. Militares das Forças Armadas, elementos da Polícia Nacional e dos Serviços, coadjuvados por gente afecta as empresas que protegem as companhias diamantíferas são apontados como os que lideraram o massacre. A PGR/MP, na qualidade de garante da legalidade, continua até aos dias de hoje com boca de Siri. Juliana Cafrique e Raquel Kalupe - Duas (2) mulheres batalhadoras que sustentavam as famílias com o produto da venda ambulante. Todos dias enxotadas e roubadas por elementos afectos às Polícias, viram as suas vidas ceifadas por balas disparadas à queima roupa. Os meliantes estão devidamente identificados até mesmo pelos superiores hierárquicos. Os processos abertos aguardam pela boa vontade da PRG/MP, para o passo seguinte.
Estes são alguns dos casos crime em que as Forças da Ordem e/ou os Serviços de Segurança estão implicados como os principais suspeitos e não se ouve falar de resultados de investigação da parte dos que deviam garantir a legalidade no nosso País. Dizem-nos que as acusações feitas a gestores públicos, ao contrário das abrangidas pelo tal artigo 333 do Código Penal, devem ser formalizadas. Os que nos garantem enquanto Estado não se movem se os da Roda Apertada não se sentirem lesados no tal bom nome que ninguém conhece. Elementos que roubam cidadãos indefesos e ficam com os seus haveres é o prato do dia e mesmo com o juiz a decretar a devolução sob sentença não o fazem porque se sentem protegidos por superiores também acusados publicamente de serem passadores de estupefacientes.
Neste caso concreto e a fazer fé na matéria publicada no NJ, roubaram o dinheiro que diziam estar em posse de um ladrão. Roubaram milhões dos milhões de várias notas de dólares americanos e de Euros. Kwanzas então, se espalhados, pareciam capim seco deitado na chana. Como podemos, enquanto pacatos cidadãos, sentir-nos protegidos se, “os polícias são ladrões”!?