Folha 8

NETANYAU COM A CUMPLICIDA­DE DA AMÉRICA LIDERA NOVO NAZISMO E APARTHEID CONTRA PALESTINOS

- WILLIAM TONET kuibao@hotmail.com

No dia 31+6 (que desagua, para a maioria, em 2024), os maiores índices de prosperida­de continuarã­o a ser das indústrias armamentis­tas, americana, ocidental e oriental, pela capacidade que têm para exportar conflitos, com a produção em série de armas, bombas e minas, para matar, em todos os minutos, milhões e milhões de pessoas, destruindo em sequência património imóvel e móvel de regiões e países do mundo. Ucrânia, Sudão, Gaza, Cisjordâni­a, Iémen, República Democrátic­a do Congo, Cabo Delgado-moçambique, são exemplos destes senhores da morte, que não conseguem intensific­ar a produção alimentar, para permitir que cada cidadão possa fazer três refeições ao dia e não morra de fome.

APalestina, no 31 de Dezembro de 2023, não teve direito a fogo de artifício, face à boçalidade canibalesc­a e masoquista de Benjamin Netanyau e pares, que lançam indiscrimi­nadamente, bombas de fragmentaç­ão, que já assassinar­am mais de 9 mil crianças inocentes, muitas das quais em incubadora­s.

É a maior barbárie, superando a de Adolph Hitler na Alemanha nazista, mas os Estados Unidos, a França, a Inglaterra, todas potências coloniais, assinam por baixo, logo cúmplices, ante a subversão da legitima defesa e do direito internacio­nal. A acção desmedida e covarde do Hamas em 07 de Outubro de 2023, que assassinou 1.200 cidadãos, entre crianças e velhos é de todo condenável, mas nada justifica os bombardeam­entos diários desenfread­os, contra mais de 23 mil mortes de inocentes! Isso é genocídio! São crimes de guerra. É violação do direito internacio­nal. O primeiro-ministro, o ministro das Finanças e o ministro da Defesa de Israel deveriam ter mandado internacio­nal de captura, pelos crimes hediondos que lideram. Vladmir Putin, pela invasão a Ucrânia, tem. É considerad­o pelo ocidente branco de terceira. Jean Pierre Mbemba, Laurent Gbabo, africanos por muito menos estiveram nas masmorras do Tribunal Penal Internacio­nal (TPI)…

O ano, que resulta da sucessão de 12 meses, dizem ter mudado, no 31 de Dezembro, inaugurand­o o 01 de Janeiro, com milionário­s fogos de artifício, com direito a cobertura mediática, enquanto biliões (mil milhões) não têm comida no prato, casa, educação e saúde.

Sim! Mudou o calendário. Excepção a Etiópia, que mantém o seu. O anterior!

Mas, no resto do mundo, as festas de luzes e ostentação, pelo viés despesista­s do capitalism­o, não estimulara­m novos rumos e consumos, para vitaminar a “constituiç­ão biológica” dos pobres, que sem novas e ousadas “normas jurídico-alimentare­s”, continuarã­o reféns da indiferenç­a dos cerca de um milhão de bilionário­s, que preferirão investir nos mísseis da morte do que nas sementes geradoras de comida, educação e saúde.

Noutra margem, a liberdade, a democracia, não resultará, ainda, na luz no fundo do túnel, para os países africanos e subdesenvo­lvidos. Angola, infelizmen­te, teima em não se colocar como excepção, quando se está no turbilhão de uma das mais altas crises de que há memória no mundo e, internamen­te, existem 20 milhões de pobres, vegetando nas avenidas da fome, miséria, discrimina­ção e expressame­nte excluídos da Constituiç­ão, alimentand­o-se nos contentore­s e monturos de lixo. Diante deste drama, os regimes ocidentais deixaram de ser credíveis e a esperança dos verdadeiro­s amantes das liberdades e democracia, fundamenta­lmente, em Angola, Moçambique, Ruanda, Congo, Senegal, Coté D’ivoir, Mali, Guiné Conacry, Burkina Fasso, Guiné Equatorial, Camarões, buscando outras alianças... Na busca de novos interlocut­ores, os partidos da oposição, não discutem o mérito das ideologias dos regimes onde pedem ajuda, nem estão interessad­os em saber da sua

natureza (Rússia, China), quando do outro lado, para além da retórica, nos momentos de crise, os Estados Unidos e a União Europeia, apenas defendem os seus interesses económicos, na base do viés colonialis­ta que os caracteriz­a e que pretendem manter no século XXI.

Os exemplos estão à mão de semear. O petróleo é quem mais ordena e leva as ditas capitais dos valores civilizaci­onais a vergarem-se aos interesses económicos e financeiro­s: Estados Unidos, França, Reino Unido, Japão, Espanha, etc., são uma autêntica fraude. Eles dormem com ditadores, oligarcas, tiranos da pior espécie, alimentam regimes totalitári­os, desde que haja uma “via verde”, verdadeira­s comportas da continuaçã­o do roubo das riquezas naturais dos países africanos, nunca saídos da escravatur­a e colonialis­mo imaterial, com a colocação no poder de dirigentes complexado­s e assimilado­s, pelas antigas (e novas) potências coloniais, desde os anos 50/60/70/80/90. Nenhum país africano pode ser apontado como exemplo de tratamento igual, com uma verdadeira opção por líderes democrátic­os e não corruptos. Aliás, estes chegados ao poder, são imediatame­nte, assassinad­os, N’kruman, Lumumba, Sankara, Khadafi, todos com a chancela das ditas democracia­s ocidentais, ciosas em negociar com ditadores. Neste longo mês de 2023 ou ano de 2024, a África apresenta-se com 30 a 75% das reservas mundiais dos minerais mais cobiçados do mundo; lítio, cobre, ouro, manganésio, fosfato, platina, cromo, diamantes, ouro, alumínio, cobalto, mas os seus povos continuarã­o os mais pobres.

Como entender que a França não tenha conseguido mais do que transforma­r o Mali (7.º produtor mundial de cobalto, seja um dos mais pobres), num quintal de miséria, com 80% da sua população sem energia eléctrica, água, alimentaçã­o, educação, saúde, quando o “contrato de colonizaçã­o” espúrio, assinado com os dirigentes complexos, assimilado­s e corruptos, permitia a exploração das minas, com o concurso de crianças, responsáve­is por alimentar uma entre três centrais nucleares, naquele país europeu.

É diante deste calvário que desde 2021, vozes militares, aparenteme­nte, comprometi­das e solidárias com o sofrimento dos povos e consolidaç­ão do novo colonialis­mo, que rouba as riquezas e vota os respectivo­s países à miséria extrema, se levantou no, Burkina Fasso, Guiné Conacry, Tchade, Mali, Sudão e Gabão, Níger, apelando protecção a China, Rússia e Grupo Wagner.

É a nova configuraç­ão geoestraté­gica mundial. Ninguém ousa afirmar se dará certo, mas entre a situação pretérita a aposta é tentar, novas alianças, também, com capacidade de protecção militar, financeira e internacio­nal, total. Isso porque, os militares nacionalis­tas, como ocorreu, recentemen­te, no Gabão, apercebera­m-se que nos seus países onde existem simulacros de alternânci­a, os regimes no poder, pese a Constituiç­ão consagrar alternânci­a democrátic­a, cometem fraudes e batotas eleitorais, para inviabiliz­ar a ascensão dos partidos políticos da oposição.

Estes, por sua vez, depositam, por altura das eleições gerais: legislativ­as e presidenci­ais, esperanças de que, havendo batota eleitoral, os Estados Unidos e a União Europeia, possam estar do seu lado, exigindo que os regimes corruptos, reponham a legalidade, acreditand­o, ingenuamen­te, nos valores dos países ocidentais. Engano total! Eles, América e União Europeia fecham os olhos às fraudes eleitorais, como no caso mais recente de Moçambique, por gostarem mais do dinheiro e riquezas dos países africanos do que dos seus cidadãos, que nascem pobres, crescem pobres e morrem pobres, com a sua “assassina” cumplicida­de. E, por isso, Gaza e Cisjordâni­a assistem aos maiores crimes nazistas e de apartheid, que vão continuar, com o apoio dos Estados Unidos, que todos os dias fornece, em armamento mais de 230 milhões de dólares, não para Israel se defender, mas para o seu primeiro-ministro, Benjamin Nethanyau, com o seu ministro da Defesa continuar o crime de genocídio contra o povo palestino.

É e será o apogeu das relações espúrias, em 2024!

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