Folha 8

Autor de “Pai rico, pai pobre”, Robert Kiyosaki, deve mil milhões “se falir o problema não é meu”

Robert Kiyosaki, autor do "bestseller" de finanças pessoais "pai Rico, Pai Pobre", revela que tem dívidas totais equivalent­es a mais de mil milhões de euros. Mas isso não o preocupa, garante.

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Robert Kiyosaki, autor do bestseller de finanças pessoais “Pai Rico, Pai Pobre“, revelou que tem mais de mil milhões de dólares (quase mil milhões de euros) em dívidas junto da banca. Mas isso não o preocupa, garante, porque “viver sem dívidas é o pior conselho que se pode dar a alguém”. Robert Kiyosaki explica o seu raciocínio: “uso dívida como se fosse dinheiro e nunca poupo dinheiro porque em 1971 o próprio dólar transformo­u-se em dívida“. Esta é uma alusão à decisão do Presidente Richard Nixon de acabar com a convertibi­lidade do dólar com o ouro, o que contribuiu para retirar valor à divisa norte-americana.

Porém, ao dizer que não se preocupa com a dívida que tem, Kiyosaki não está a querer dizer que todas as pessoas devem passar a suportar todas as suas despesas com créditos. O que está a recomendar é que as pessoas não devem ter medo de se endividar desde que seja para comprar ativos – e não responsabi­lidades. Essa é uma das ideias-chave do livro que Kiyosaki escreveu e que leva as pessoas a pensarem sobre o que é que, na sua vida financeira, é algo que produz rendimento (activos) e algo que apenas gera custos (responsabi­lidades, ou passivos). “Muitas pessoas endividam-se para comprar responsabi­lidades”, sublinha o autor, lembrando que isso pode ser uma receita para o desastre porque a dívida é contraída para comprar produtos que não só não vão produzir qualquer rendimento como vão levar a pessoa a incorrer em custos para manter esses produtos. Em alguns casos, ensina Kiyosaki, um carro ou uma casa pode ser um exemplo de uma “responsabi­lidade”, embora em outras situações também possa ser um investimen­to produtivo.

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