Leitura crítica socio-institucional - o estado da cultura no Cunene
A presente abordagem parte de uma constatação que se consubstancia em leitura crítica socio-institucional que implica aferição sobre o estado da cultura no Cunene e suas manifestações. A princípio, numaperspectiva sincrónica, tem-se verificado uma usurpação de responsabilidades entre o órgão que tutela a cultura e os agentes culturais e similares.
Esob as lentes cognitivas socio-institucional assiste-se ainda, neste momento, a inoperância institucional, a disfuncionalidade institucional, alergia à consciência colectiva e institucional e, sobretudo, a falta de uma visão inspiradora, participativa e congregadora. A cultura no Cunene e suas manifestações têm sobrevivido em grande medida, por conta do sentido e dever patriótico dos diferentes agentes culturais.
Por exemplo, há dois anos que cultura de ponto de vista institucional recuou significativamente. Hoje, o órgão de tutela da cultura quase que, ou mesmo, não existe. Pois que, neste momento, não se assiste, por parte do órgão de tutela, uma filosofia institucional que seja capaz de produzir efeitos representativos e transformadores nas comunidades por via da cultura e suas manifestações. E numa leitura conceptual e primária, para o antropólogo Edward Tylor compreende-se como sendo um conjunto complexo de crenças, leis, tradições, conhecimento, artes e costumes. Logo, a cultura como meio de aquisição de conhecimento e de divulgação das artes, por exemplo, ela deve ser melhor valorizada e articulada como mecanismo de integração, de inclusão e de participação na vida dos munícipes. Para o efeito, tal desiderato está associado às leituras históricas, interpretativas, contextuais de quem tutela e utopia institucional. Todavia, não implica anulação dos agentes culturais. Pelo contrário, o órgão de tutela funciona como promotor de políticas sustentáveis, mobilizadoras e geradoras de cultura de cidadania, de leitura, de espectáculos culturais, de ciência, da divulgação de sítios e monumentos, bem como da promoção da gastronomia, pontos turísticos, das línguas. Outrossim, fazer da cultura uma fonte de rendimento na vida dos agentes culturais e transformações substanciais nos diferentes segmentos sociais. Numa perspectiva categorial, o estado da cultura no Cunene, neste momento, carece de uma intervenção colectiva. Pois que, a institucional tem sido incapaz de gerar resultados positivos.