PERDOAI OS MEUS PECADOS!
Para concluir a sua visita de trabalho à província do Huambo, o Presidente da República, João Lourenço, deslocou-se à Missão Evangélica do Dondi, onde, como oferta ao culto de acção de graça realizada em sua homenagem, deixou algumas viaturas e outros bens.
João Lourenço, acompanhado por uma comitiva ministerial e demais personalidades (pecadores) do Governo Central e Provincial, bem como por Lotti Nolika que mesmo reprovada na leitura de “números grandes”, fez questão de subir no púlpito para glorificar a vinda de sua santidade (“maltidade”) à província do Huambo. Antes de regressar à capital da província do Huambo de onde segue viagem de regresso à terra de todos os santos – Luanda – João Lourenço ofereceu, depois do culto de acção de graça realizado em sua homenagem algumas viaturas e outros meios para apoiar a Missão do Dondi onde, além de funcionar também um hospital, está em construção um Campus Universitário. O Campus Universitário do Dondi em construção no município do Catchiungo é igualmente uma oferta de João Lourenço à Igreja Congregacional de Angola (IECA). E está orçado em quase 6.000.000.00 (seis milhões) de Kwanzas.
OUTRAS INAUGURAÇÕES
Ainda na manhã de 13.01.23, o Presidente da República, inaugurou o Centro de Hemodiálise do Huambo, o segundo do género no país, com uma capacidade de atendimento para 294 doentes renais em três turnos diários, e 392 em quatro turnos diários.
A unidade hospitalar encontra-se anexada ao Hospital
Sanatório, e possui uma sala de diálise com 50 máquinas de alta tecnologia (que ninguém ainda sabe manusear na província) para filtragem de sangue e controlo da pressão arterial.
A hemodiálise é um tratamento para pacientes com insuficiência renal aguda ou crónica, estimando-se que existam mais de três mil pessoas com essa doença.
A mortalidade causada por esta insuficiência é preocupante, e os custos relacionados com a evacuação e tratamento no exterior são elevados, impossibilitando, na maioria dos casos, o seu tratamento. O aumento de casos de doentes no país com patologias hemato-oncológica, linfomas, leucemias, anemias de células falciformes, aplasias medular, cujo único tratamento colectivo consiste no transplante, configura, também, preocupação para as autoridades, que pode ser aliviada com o início de transplantes no país. Recorde-se que a Assembleia Nacional aprovou, em 2020, a Lei sobre Transplantes de Tecidos, Células e Órgãos Humanos, que responde à necessidade de assegurar, no país, o tratamento de diversas doenças por meio de transplante.
Com a aprovação do diploma, os hospitais públicos e privados estão autorizados por lei, pela primeira vez em Angola, a fazer o transplante de órgãos humanos a pacientes com insuficiência renal e com outras doenças que precisem de transplante da medula óssea ou com problemas oculares que necessitem do transplante da córnea. Durante a visita de dois dias à província do Huambo, o Presidente da República inaugurou o Centro Integrado de Formação Tecnológica (CINFOTEC) para a formação de jovens em áreas técnicas, numa oferta do Governo Chinês avaliada em 30.000.000.00 (trinta milhões) de dólares.
No seu primeiro dia de trabalho no Huambo, sexta-feira, 12 de Janeiro, João Lourenço inaugurou o Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR) e as instalações da Digital.ao, para a promoção do empreendedorismo na área das etc. de startups, além do registo de empresas e outros serviços.
Em Angola ama-se o vil e não o ser. Por esta razão paradoxalmente “Parlamos” (falamos) de ambiente nos encontros nacionais e internacionais em salas climatizadas mas não o enquadramos no Centro das preocupações locais. Somos uma comédia ambientalmente falando. Esgotos circulam a céu aberto, zonas nobres da cidade exalando cheiros nauseabundos nas ruas, praias a receber todo o tipo de dejectos domésticos e industriais, zonas chamadas de urbanas mas não passam de autênticos musseques, fossas rotas, cemitérios próximos das casas contaminando os solos são regras predominantes da construção, tanques de agua; chafarizes, enfim um cem números de ilicitudes que tornam gravosas a nossa condição de viventes. Quais são as metas? O que nos recomendam as instituições e protocolos assumidos internacionalmente? Cabo Verde recebe certificação de isenção da malária no seu território. Tenho inveja misturada com orgulho por com ajuda ou contribuição profunda da engenharia sanitária e ambiental chegaram aonde quiseram e não com a construção massiva de hospitais centrais, gerais, regionais ou de bairros. Quando um dia haver estruturalmente, técnica, científica e legal, melhor abordagem sobre o saneamento básico em Angola, havemos de chegar aos níveis de Cabo Verde.
Vamos acreditar que será possível.
Por outro lado, tudo indica que a reforma do sector hídrico sanitário tornou-se imperioso. Esta nova crise de gestão das águas pluviais indica que o Ministérios de Energia e Água, da Construção e Obras Públicas estão fora do contexto. Em Angola não se fazem gestão da água muito menos Aproveitamento Racional dos Recursos Hídricos.
Para além de não haver um Ministério de Infraestruturas, não temos empresas qualificadas para gestão e manutenção de infraestruturas hidrotécnicas (barragens, rios, canais, colectores). Para agravar, não há muitos quadros de especialidade, quando é preciso uma revolução sanitária. Ainda nesta senda, temos que a Bacia Hidrográfica do Kilamba é um afluente do Rio Kambamba que em função da sua reperfilação, naturalização e despoluição das águas fedorentas, será parte influente do Rio Luanda. Vimos alertando do carácter das obras que vêm sendo executados neste perímetro. Nunca um Canal de escoamento deve ser inferior na secção transversal, ao da contribuição, a menos que se trata de uma bacia de detenção ou de retenção.