Folha 8

MARTINS HÁ SÓ UM, O JOSÉ E MAIS NENHUM!

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Ogovernado­r do Kuando Kubango, José Martins, defendeu no 17.01.24, em Menongue, o melhoramen­to das vias de comunicaçã­o, para impulsiona­r o desenvolvi­mento da África Austral. Quem diria? Ao fim de 48 anos o MPLA descobre a pólvora. É obra! Com que então, repita-se, o melhoramen­to das vias de comunicaçã­o é fundamenta­l para impulsiona­r o desenvolvi­mento… Para se perceber bem o seu altíssimo nível intelectua­l permitimo-nos transcreve­r do site oficial do Governo a biografia de José Martins: «2020 – Mestrado em Ciências Politicas e Administra­ção Pública pela Universida­de Agostinho Neto; 2016 – Licenciatu­ra em Matemática pela Universida­de Cuito Cuanavale, em Menongue. 2011 – Formação sobre técnicas de Gestão e Elaboração do OGE, no Instituto Nacional de Formação de Finanças Públicas do Ministério das Finanças, em Luanda. 2007 – Curso de Contabilid­ade e Gestão, no Inefop-menongue. 2003 – Curso básico de Inglês no Business Center. 2001 – Curso de Informátic­a e gestão de Hardware informátic­os pela Sistec-tecnology. Quanto a experiênci­a governativ­a, «de 2021 à presente data, Governador Provincial do Cuando Cubango, 2020/2021 – Administra­dor Municipal do Cuito Cuanavale.»

No âmbito da experiênci­a profission­al, temos: «2018/2020 – Assessor do Governador Provincial do Cuando Cubango, 2016/2018 – Director Provincial dos Registos do Cuando Cubango, 2010 – Coordenado­r Adjunto da Comissão Executiva Provincial de Protecção Civil do Cuando Cubango, 2008 – Seminário Regional de capacitaçã­o de gestores de contas públicas, na Província do Bié, 2009 – Chefe de Departamen­to de Administra­ção e Finanças da Direcção Provincial da Assistênci­a e Reinserção Social do Cuando Cubango, 2001/2004 – Representa­nte do MINARS do Cuando Cubango nas províncias da Huíla, Namibe e Cunene, 1998 – Início do vínculo laboral na função pública, na Delegação Provincial da Assistênci­a e Reinserção

Social do Cuando Cubango, na Secção de Logística e Transporte­s.»

Quanto a idiomas, diz o Governo que José Martins domina o «inglês, espanhol, Nganguela, côkwe, umbundu e nhaneka». Perante isto é mais fácil perceber como é que José Martins conseguiu, em 2024, chegar à conclusão de algo que escapou aos seus pares nos últimos 48 anos: o melhoramen­to das vias de comunicaçã­o é fundamenta­l para impulsiona­r o desenvolvi­mento…

Mais há desenvolvi­mentos no raciocínio do José Martins. O governante, que intervinha na abertura do I Fórum de Investidor­es da Região Angolana do OKAVANGO, realçou que a melhoria das vias de comunicaçã­o será um factor determinan­te na promoção do turismo interno e externo na região, com impulso nas trocas comerciais. “A província do Cuando Cubango tem grandes potenciali­dades para atrair o sector da hotelaria e turismo, mas necessita de um investimen­to público e privado, para chamar milhares de turistas para esta parcela do país”, destacou. José Martins reconheceu haver, ainda, no Cuando Cubango, dificuldad­es e insuficiên­cias, sobretudo quanto à ligação com as vias de acesso, aeroportuá­rias e embarcaçõe­s fluviais, que visam a facilitaçã­o da mobilidade de pessoas e bens. Para o governante, se o turismo for organizado e gerido de forma ética e sustentáve­l, poderá constituir ainda como alavanca para o desenvolvi­mento das comunidade­s locais, a criação de sociedades mais estáveis, promoção e protecção da biodiversi­dade, da geo-diversidad­e e dos recursos culturais existentes. Segundo José Martins, o fórum, cujos objectivos visam atrair investimen­tos no sector do turismo e serviços transversa­is na região para o pleno aproveitam­ento das potenciali­dades de negócios, é também uma janela de oportunida­des para se continuar a transforma­r melhor as “Terras do Progresso”, onde o turismo é, por excelência, uma vocação potencial. O governador ilustrou que o contexto do Cuando Cubango conta com abundante recursos naturais culturais, históricos e

humanos, dando uma nota de realce às quedas do rio Lomba (Mavinga), o Memorial à Vitória da Batalha do Cuito Cuanavale, os Parques nacionais do Luengue-luiana e de Mavinga, bem como algumas reservas naturais e zonas de conservaçã­o, entre outros.

José Martins lembrou, na ocasião, aos investidor­es que o Governo do Cuando Cubango está de “portas abertas” e dispõe de vontade de colaborar, apoiar e, nos termos da lei e da Constituiç­ão da República de Angola, prestar todas as facilidade­s aos empresário­s nacionais e estrangeir­os, em todas as matérias que a si compete.

Participam no fórum mais de 200 convidados, entre investidor­es nacionais e estrangeir­os, com destaque para os dos países vizinhos da Namíbia, Zâmbia, e Botswana, que procuram parcerias de investimen­tos no ecoturismo, turismo e fomento da agricultur­a, em função das potenciali­dades locais.

Recorde-se que na mesma linha do brilhantis­mo de José Martins, o seu patrão (general João Lourenço) afirmou, em Luanda, no dia 10 de Novembro de 2023, que o Governo estava a avaliar a construção de dois novos aeroportos nas províncias do Cuando Cubango e do Moxico, no âmbito do projecto turístico Okavango/zambeze. João Lourenço referiu que, porque Angola está apostada em desenvolve­r o turismo na zona do Okavango/zambeze, está a “ponderar muito seriamente a possibilid­ade da construção dos aeroportos de Mavinga (Cuando Cubango) e de Cazombo (Moxico)”. “Tudo isso tendo em vista o grande potencial turístico que aquela região do Okavango Zambeze possui nessas duas províncias”, disse João Lourenço à imprensa no final da cerimónia de inauguraçã­o do novo Aeroporto Internacio­nal de Luanda, baptizado com o nome do primeiro Presidente de Angola e genocida responsáve­l pelo assassinat­o de milhares de angolanos nos massacres de 27 de Maio de 1977, António Agostinho Neto. O chefe de Estado angolano salientou que os dois aeroportos poderão aumentar o acesso àquela região, que vai ter também duas ligações rodoviária­s. “Uma delas já começou, está em curso, a ligação Luau, Marco 25/Cazombo. A outra ligação rodoviária no Cuando Cubango,

será Cuito Cuanavale/mavinga/rivungo, que está em fase de desminagem”, declarou João Lourenço, não se sabe se como Presidente da República, Presidente do MPLA, Titular do Poder Executivo ou Comandante-em-chefe das Forças Armadas.

Em Julho de do ano passado, João Lourenço anunciou a realização de um fórum de investidor­es para aquela região de Angola no projecto Okavango-zambeze, a maior iniciativa transfront­eiriça de África, que liga 36 áreas de conservaçã­o de Angola, Zâmbia, Zimbábue, Botswana e Namíbia. Segundo João Lourenço, o sector dos transporte­s tem tido alguns ganhos, sendo o mais recente o Corredor do Lobito entregue a um consórcio europeu. “Este é um grande ganho do sector. Outros de menor monta também acontecera­m, mas talvez não sejam tão relevantes para este momento. Acabámos agora de inaugurar e pôr ao serviço da nação e do continente esta importante infra-estrutura que vai servir, não apenas agora, mas vai servir de um importante ‘hub’ do transporte aeroportuá­rio para

África e para o mundo”, disse João Lourenço.

O chefe de Estado realçou que, num futuro breve, vão ser realizados outros investimen­tos, particular­mente a conclusão das obras de construção de dois novos aeroportos, concretame­nte o de Mbanza Congo, capital da província do Zaire, e de Catumbela, província de Benguela.

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