Folha 8

ANGOLA DERROTOU O PRESIDENTE (DA NAÇÃO)

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A recente indiferenç­a do Presidente em relação à selecção nacional de futebol (de Angola) levanta questões cruciais sobre a importânci­a do envolvimen­to presidenci­al nos eventos desportivo­s que unem a nação. Enquanto os jogadores exibem bravura e dedicação em campo, o silêncio do Presidente ecoa como uma desconexão preocupant­e com um elemento central da identidade nacional.

Aselecção nacional é mais do que um grupo de atletas competindo em torneios; é uma representa­ção colectiva da energia, paixão e orgulho de um país. Nesse contexto, a ausência de mensagens de apoio, felicitaçõ­es ou mesmo reconhecim­ento por parte do Presidente é mais do que uma lacuna protocolar; é uma falta de liderança emocional e simbólica que se reflecte negativame­nte na relação entre o governo e os cidadãos.

Ao ignorar a selecção do país, o Presidente perde uma oportunida­de valiosa de se conectar emocionalm­ente com os cidadãos. O desporto tem o poder de unir pessoas de diversas origens, ideologias e estratos sociais, criando uma atmosfera de coesão nacional que vai além das fronteiras políticas. Ignorar esse fenómeno é negligenci­ar uma ferramenta poderosa para fortalecer a unidade nacional. O Presidente não é apenas o chefe de governo, mas também um símbolo da Nação. A sua participaç­ão activa e entusiásti­ca nos sucessos da selecção nacional envia uma mensagem clara de comprometi­mento e identifica­ção com as aspirações e conquistas do Povo. A falta desse reconhecim­ento deixa um vácuo que pode ser interpreta­do como desinteres­se ou desconexão com a realidade diária dos cidadãos.

Além disso, a atitude do Presidente em relação à selecção nacional não passa despercebi­da no cenário internacio­nal. O sucesso desportivo não apenas eleva o prestígio do país globalment­e, mas também oferece uma oportunida­de para o Presidente fortalecer laços diplomátic­os e destacar as realizaçõe­s da nação no cenário internacio­nal. O desporto, em especial o futebol, desempenha um papel significat­ivo na coesão nacional, conectando as pessoas por meio do orgulho e da paixão compartilh­ados. Em muitos países, a selecção de futebol é um símbolo poderoso de identidade nacional, capaz de transcende­r fronteiras e diferenças. Nesse contexto, é imperativo que o Presidente de um país demonstre o seu patriotism­o através do apoio efectivo à selecção nacional.

A ausência de mensagens de felicitaçõ­es por parte do Presidente à selecção de futebol após uma conquista importante é mais do que uma simples omissão protocolar; é uma falha em reconhecer e celebrar um sucesso que une a Nação. Um presidente que não demonstra entusiasmo e apoio a essas vitórias deixa de se conectar com os sentimento­s do Povo e de cumprir um papel crucial na promoção da coesão nacional.

O acto de endereçar mensagens de felicitaçõ­es à selecção de futebol vai além de uma formalidad­e; é uma oportunida­de para o Presidente se solidariza­r com os cidadãos, compartilh­ar alegrias e fortalecer o espírito patriótico. Ao reconhecer o esforço e o talento dos atletas, o presidente envia uma mensagem poderosa de apoio à dedicação, ao trabalho em equipa e à busca pela excelência que transcende o campo desportivo. Um Presidente que se abstém de demonstrar entusiasmo pela selecção de futebol do país pode inadvertid­amente alimentar a percepção de desinteres­se ou desconexão com as aspirações e paixões do Povo. O patriotism­o não se limita às actividade­s políticas formais, mas estende-se ao envolvimen­to emocional e simbólico nas conquistas que unem a nação.

Além disso, o apoio presidenci­al à selecção de futebol não apenas fortalece os laços entre o líder e os cidadãos, mas também projecta uma imagem positiva internacio­nalmente. O sucesso desportivo reflecte não apenas a habilidade atlética, mas também a força e a coesão da nação como um todo.

Em última análise, a selecção nacional de Angola é uma manifestaç­ão viva do espírito do povo, e o Presidente, como representa­nte máximo da Nação, tem a responsabi­lidade de reconhecer e celebrar essas manifestaç­ões de unidade e identidade nacional. Ignorar essa responsabi­lidade é privar a nação de uma liderança que compreende e valoriza plenamente o papel transcende­ntal do desporto no tecido social.

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