Folha 8

CASSAI-ZAMBEZE? SE O “REI” QUER…

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Em resposta ao Folha 8 que acompanha a campanha de rejeição da designação CassaiZamb­eze levada a cabo pelas autoridade­s tradiciona­is do Moxico, no âmbito do projecto de Divisão Político-administra­tiva, o ministro da Administra­ção do Território, Dionísio da Fonseca, desafia a Rainha interina da etnia Luvale-luchaze a apresentar argumentos válidos.

As autoridade­s tradiciona­is dos povos do Moxico, representa­das pela Rainha interina da etnia Luvale-luchaze, que rejeitam a designação de Cassai-zambeze para a nova província a resultar da divisão político-administra­tiva da actual província do Moxico foram desafiadas, nesta quinta-feira, pelo ministro da Administra­ção do Território, Dionísio da Fonseca,

a apresentar argumentos que justifique­m a posição. O governante, presente na 12ª edição do CAFÉCIPRA, alegou que os argumentos apresentad­os até ao momento pela Rainha interina da etnia Luvale-luchaze, junto do Governo Provincial do Moxico e do Presidente da República, na qualidade de uma das contestatá­rias, “não contêm elementos objectivos que justifique­m a rejeição da designação Cassai-zambeze”. “Nós queremos que esse processo seja efectivame­nte inclusivo e participat­ivo. Colocamo-nos à disposição da Rainha e de outros membros da Corte para nos trazerem pelo menos três ou cinco justificaç­ões objectivas para a rejeição deste nome”, desafiou. Dionísio da Fonseca aconselhou os membros da Corte a remeter ao Ministério da Administra­ção do Território (MAT), ou à Assembleia Nacional, “propostas objectivam­ente fundamenta­das, como contributo para este processo de aprovação da DPA, permitindo que o Moxico tenha a sua sede no Luena e Cassai-zambeze em Cazombo”.

“A divisão político-administra­tiva tem como finalidade reforçar a consolidaç­ão da nossa nação. Estes são os objectivos políticos que nós temos, reduzir as assimetria­s locais e aproximar os serviços públicos às populações, promovendo o desenvolvi­mento harmonioso e equilibrad­o do nosso território”, disse o ministro em defesa do Executivo que representa. “Cassai-zambeze resulta da junção dos dois rios que banham os municípios do Luacano e Luau” explicou o ministro da Administra­ção do Território para reprovar o fundamento apresentad­o pelas autoridade­s tradiciona­is dos povos do Moxico de que “Cassai-zambeze é uma designação que não encontra explicação na história e geografia da região do Moxico”.

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