VAMPIRISMO DIVERSIF
OExecutivo angolano, nas mãos do MPLA há 48 anos, reiterou no dia 01 de Fevereiro de 2024, a necessidade de construir uma economia assente numa base produtiva “dinâmica, diversificada e inclusiva”, e diz testemunhar, “com satisfação”, pelo país um movimento dinâmico de transformação da vida no campo. Como prefácio a um “best-seller” do anedotário nacional, da autoria do ministro de Estado para a Coordenação Económica de Angola, José de Lima Massano, não poderia ser mais eloquente.
José de Lima Massano, destacando o bom ritmo (segundo a bitola da minhoca que julga ser uma jibóia) de desenvolvimento do sector dos recursos minerais, diz que “no essencial pretendemos construir uma economia assente numa base produtiva dinâmica, diversificada e inclusiva”.
De acordo com o governante, considerado pelo MPLA como perito dos peritos só ultrapassado pelo perito-mor, general João Lourenço, além do sector dos recursos minerais, petróleo e gás, as autoridades angolanas pretendem também dar e mobilizar particular atenção aos demais sectores da economia. Isto, recorde-se, apesar de terem o poder absoluto há quase 50 anos. O ministro referiu que o objectivo é “acelerar o seu crescimento e garantir a capacidade para atender as principais necessidades da população com destaque para a cadeia de produção de alimentos e matéria-prima para a nossa ainda emergente industrialização”, frisou. Recorde-se que, desde 1975, apesar de ser o dono de um país rico, o MPLA só conseguiu criar alguns ricos (todos do partido) e não criar riqueza. Daí os mais de 20 milhões de pobres, grande parte dos quais se alimentam nas lixeiras.
Falando na abertura de um ‘workshop’ sobre acções e projectos de responsabilidade social do sector dos recursos minerais, petróleo e gás, promovido em Luanda pelo ministério da tutela, José de Lima Massano destacou também as potencialidades agrícolas do país visando a garantia da segurança alimentar. Ou seja, o MPLA continua a dizer que vai conseguir – em termos de produção de alimentos – os valores que os portugueses atingiram há… 50 anos. Para o ministro de Estado, ao dinamizar-se o sector agrícola do país, “com generalidade de terras cultiváveis, clima propício, água em abundância e mão-de-obra disponível”, e a respectiva cadeia de valor, Angola conseguirá garantir a segurança alimentar, criação empregos e aumentar o rendimento das famílias. Embora não tenha esclarecido, admite-se que José de Lima Massano possa fazer com que o dono do reino, general João Lourenço, decrete que – ao contrário da actual tese oficial – as couves (por exemplo) sejam plantadas com a raiz para baixo.
José de Lima Massano recordou que o Orçamento Geral do Estado (OGE) 2024, já em execução, contém um incremento de mais de 80% no sector agrícola e que está em curso a operacionalização de apoios financeiros em várias modalidades aos produtores. O sistema de garantias públicas, financiamento de caixas comunitárias e o crédito agrícola de campanha são as acções em curso para potenciar o sector agrícola, como salientou o governante, dando nota que a capacidade institucional dos institutos agrários está a ser reforçada.
“E não menos importante, o início de um programa de mecanização agrícola dirigido a cooperativas de base familiar”, apontou José de Lima Massano, certamente recordado o ministro da Agricultura e Florestas, António Francisco de Assis, que revelou que os agricultores do Bailundo não tinham dinheiro para alugar… enxadas.
O responsável da coordenação económica do Governo de João Lourenço exteriorizou igualmente “grande satisfação” por testemunhar “um pouco por todo o país um movimento dinâmico de transformação da vida no campo”. Segundo o ministro, esse é “sem dúvidas, o caminho para a mais ampla e sustentável inclusão social” e exortou as empresas do sector dos recursos minerais a dirigirem acções de responsabilidade social para investimentos directos em projectos de mecanização agrícola e de produção de sementes de alto rendimento.
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