Folha 8

CABO VERDE 31, PORT

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Angola melhorou o combate à corrupção, fixando-se no 121º lugar no Índice de Percepção da Corrupção que inclui 180 Estados e território­s, alcançando 33 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo um relatório no 29.01 divulgado. Cabo Verde é o segundo país menos corrupto da África subsaarian­a, e o 31º entre os 180. Portugal está na posição 34. Segundo a edição deste ano do Índice de Percepção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organizaçã­o não-governamen­tal Transparên­cia Internacio­nal, em termos estatístic­os, Angola melhorou 14 pontos desde 2019, fixando-se no 121º lugar entre 180 países e território­s e, na região da África subsaarian­a, no 21º entre os 49 países considerad­os. O relatório destaca que Angola adoptou (do ponto de vista formal e teórico) medidas anticorrup­ção, que aplicou “de forma consistent­e” para recuperar bens roubados e responsabi­lizar abertament­e os alegados autores através dos sistemas judiciais nacionais, sendo – dizemos nós – que o MPLA (no Poder há 48 anos) continua a liderar, a nível mundial, o “ranking” dos partidos com mais corruptos por metro quadrado.

Angola finalizou uma estratégia anticorrup­ção para o período de 2018-2022 e estes esforços, juntamente com outras reformas judiciais, conduziram à recuperaçã­o de 3,3 mil milhões de dólares (3 mil milhões de euros) em activos pelo fundo soberano, acrescenta-se no documento.

A investigaç­ão e a acção penal contra altos funcionári­os (todos do MPLA e selectivam­ente escolhidos entre os mais ligados ao anterior Presidente, José Eduardo ds Santos) culminou também na recuperaçã­o de cerca de 7 mil milhões de dólares (6,4 mil milhões de euros) em activos financeiro­s e tangíveis.

A tendência nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de sete pontos, e consideran­do os últimos 11 anos, a melhoria é ainda mais significat­iva: 11 pontos.

O CPI foi criado pela Transparên­cia Internacio­nal em 1995 e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da percepção de especialis­tas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no sector público.

Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvi­das por outras organizaçõ­es independen­tes, e classifica de zero (percepcion­ado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparen­te) 180 países e território­s.

Em 2012, a organizaçã­o reviu a metodologi­a usada para construir o índice, de forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.

Portugal desceu uma posição no CPI 2023, sendo que a

Transparên­cia Internacio­nal (TI) sugere melhores leis em matéria de “lobby”. No documento, a organizaçã­o lembra a demissão do primeiro-ministro, António Costa,

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