NUIR A DEPENDÊNCIA DO PETRÓLEO?
ginais, afectos às zonas limítrofes dos blocos já em operação, também é um sinal impulsionador para a indústria petrolífera angolana em 2024.
“O que foi feito foi passar essa exploração às empresas que já estão a explorar o bloco principal junto a esses campos marginais e isso é muito positivo, porque as empresas de grande dimensão vão também poder explorar esses campos marginais”, realçou.
Para o responsável da Deloitte para o sector de Energia, Recursos e Indústria, sem as limitações da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), cartel abandonado por Angola em Dezembro de 2023, o país pode incrementar a sua produção para 1,2 milhões de barris/dia.
“Porque nós estávamos a fazer 1,6 milhões de barris/dia, a quota da OPEP era 1,1 milhão de barris e se tudo correr bem vamos poder atingir 1,2 milhões de barris e isso só era possível fora da OPEP”, rematou Frederico Martins Correia.
De acordo com o estudo “Oil & Gas Industry Outlook 2024” da Deloitte, a indústria global de petróleo e gás teve um arranque sólido em 2024, impulsionado pela robustez financeira e pelos elevados preços do petróleo. O estudo da Deloitte, que anualmente avalia as perspectivas para o sector, refere que as projecções indicam que o nível de investimento global em hidrocarbonetos atingirá os 580 mil milhões de dólares (534 mil milhões de euros), um aumento significativo de 11% em relação ao ano anterior.
A estimativa é que sejam gerados mais de 800 mil milhões de dólares (736 mil milhões de euros) em fluxos de caixa livres ao longo do ano, refere-se o documento. Segundo ainda o estudo, em termos económicos, qualquer flutuação do dólar americano com relação a outras moedas, combinado com a trajectória da actividade industrial e consumo da sociedade civil, poderá ter impacto na inflação, influenciando assim também os preços da energia em 2024. A Deloitte acredita igualmente que o ano de 2024 poderá a ser muito dinâmico do ponto de vista das fusões e aquisições na indústria global de petróleo e gás.