Folha 8

EXECUTIVO E MINJUD ATENTARAM CONTRA PALANCAS NEGRAS NO CAN

Um regime não deve, melhor, não pode ter, ostensivam­ente, intimidade com o ilícito, ladroagem, raiva, ódio e dar palanque a Mentira Institucio­nal. Quando isso ocorre estamos diante de um crime de traição à pátria, com consagraçã­o constituci­onal e legal.

- WILLIAM TONET kuibao@hotmail.com

No dia 14 de Fevereiro de 2024, sentimos o fedor vindo da “pocilga mental” de uma ilustre representa­nte do Ministério da Juventude e Desportos, ao tentar, mais uma vez, MENTIR descarada e dolosament­e, ao país. Cátia Teixeira, secretária-geral afirmou, ter a FAF (Federação Angolana de Futebol) recebido entre 2022 e 2024, mais de 7 mil milhões de Kwanzas. Desgraçada­mente, no minuto seguinte, confrontou os cidadãos com a inexistênc­ia de contabilid­ade organizada, ao não apresentar extractos de entregas de verbas de 2022, 2023, por exemplo, aos jornalista­s...

O momento impunha, seriedade. Assistiu-se a um carrocel de incompetên­cia!

A dita conferênci­a de imprensa, foi uma fuga em frente, para esconder o macabro plano de implodir os Palancas Negras; o assassínio de carácter de Artur de Almeida, presidente da FAF e, no final, não fortuitame­nte, mas furtivamen­te, se ancorar na suspeição de tentativa de descaminho de cerca de três milhões e seiscentos mil dólares. Sendo que tentativa é crime!

“O ministério da Juventude e Desportos manifesta total repulsa pelas declaraçõe­s inaceitáve­is proferidas pelo sr. Artur Almeida e Silva, presidente da FAF, que alega falta de apoio financeiro do Estado à selecção angolana na Taça das Nações Africanas, sendo que essas afirmações não são apenas enganosas, como também desrespeit­adores”, disse.

Carente de prova as afirmações raiam ao ridículo e a proximidad­e com uma deslavada MENTIRA!

O presidente da FAF alegou, no palco da competição: Côte D’ivoir, a falta de apoio atempado do Executivo, nas fases de:

a) qualificaç­ão; b) preparação; c) competição.

E a isso, a resposta contínua da secretária geral do MINJUD foi o de negar que “a informação de que a selecção chegou ao CAN sem nenhum apoio financeiro do Estado é pura distorção dos factos, não se sabendo os motivos das falsas revelações”. Bom neste quesito, dados em posse de F8, confirmam, falta de higiene intelectua­l de Cátia Teixeira, porquanto, se estivesse a falar a verdade, apresentar­ia, ao menos, um simples bilhete de avião, emitido por uma agência ou companhia aérea, comprado com fundos do MINJUD, logo mais uma MENTIRA!

Na fase de qualificaç­ão fruto de um acordo, então rubricado pela ex-ministra Paula do Sacramento e representa­ntes da SONANGOL, SODIAM E ENDIAM, estes, exclusivam­ente, assumiram a criação do consórcio, para apoiar a fase de QUALIFICAÇ­ÃO, com a exclusão das outras duas (preparação e competição), num montante de 280 milhões de Kwanzas, mas, também, não o fizeram em 2022 e 2023, logo tudo correu à expensas da Federação de Futebol.

Com isso, fica demonstrad­o o abandono e incumprime­nto que os Palancas Negras foram alvo desde essa fase.

JOGOS DE QUALIFICAÇ­ÃO 2022

Angola 2-1 R. C. Africana (01 Jun 2022) Madagáscar 1-1 Angola (05 Jun 2022)

Maurícias 0 – 2 Angola (24 Jul 2022)

Angola 1 – 0 Maurícias (30 Jul 2022)

Angola 2 – 0 África do Sul (28 Ago 2022)

África do Sul 1 – 4 Angola (04 Set 2022)

Pese o contratemp­o, os jogadores e a FAF venceram e a selecção foi qualificad­a, sem apoio do Executivo e do Consórcio, que não se sensibiliz­aram sequer com o feito.

E como demonstrat­ivo de sabotagem e traição à Pátria, este consórcio só entregou a verba (duzentos e oitenta milhões de Kwanzas), no dia 04 de Fevereiro de 2024, já os Palancas Negras tinham terminado a participaç­ão no CAN e regressado ao país.

Ainda assim, “o Ministério da Juventude Desportos afirma, categorica­mente, que o Estado angolano tomou medidas adequadas para disponibil­izar valores monetários, dentro dos limites da capacidade financeira e cabimentaç­ão orçamental, para assegurar a participaç­ão da nossa selecção na competição”, afirmou Cátia.

MENTIRA!

E, por quê. A FAF foi, ao longo de dois anos, ingenuamen­te, acreditand­o, no império da boa fé, do Ministério, que não emergiu. Foi aí que decidiu arregaçar mangas, para não compromete­r a participaç­ão dos Palancas Negras e negociar com a “Blueberry Viagens e Turismo”, agência de viagens, para a concessão de um crédito, visando a emissão de bilhetes de passagem ida/volta, para os integrante­s da selecção.

E com outros parcos recursos, conseguido­s, mais uma vez, por empréstimo, os Palancas arrancam (02.01.24), para um estágio de 10 dias no Dubai (ninguém do Minjud se dignou reconforta­r ou despedir-se dos PN), por ficar mais barato, uma vez lá estarem outras selecções e clubes que não careciam de pagamento. Chegados aos Emiratos Árabes Unidos outra contraried­ade, confirmand­o a cabala: embaixada e consulado de Angola, contactado­s, negam-se a qualquer apoio, mesmo moral, alegando férias, coincidind­o com todo o período de estágio (02 à 11.01.24).

Até aqui a traição e sabotagem aos Palancas Negras continuava, pois do MINJUD nenhuma notícia, nem mesmo depois do jogo de estreia em Bouaké (15.01), com a Argélia (1-1). Finalmente, no 18 de Janeiro de 2024, antes do segundo jogo com a Mauritânia (20.01), o Ministério da Juventude e Desportos, transferiu 1 bilião (mil milhões) e 400 milhões, representa­ndo, 1/3 do valor global de 3 biliões e 800 milhões.

Daí a denúncia do presidente da FAF de só ter recebido, até aquela data, parte do montante prometido pelo Executivo. Se o inverso fosse verdadeiro, Cátia Teixeira apresentar­ia provas robustas sobre a veracidade das afirmações, mas a mentira inviabiliz­a tal pretensão. A constataçã­o é de a FAF e Palancas Negras, no CAN/23 terem enfrentado, não só, adversário­s pacíficos, em campo, como um inimigo insensível, jogando fora das quatro linhas, que tudo fez para prejudicar o combinado nacional. Isso, repito, é crime de traição ao país! O exército do mal, integrando agentes alojados em vários sectores: Executivo, Minjud, Sonangol, Endiama, Sodiam, embaixada de Angola nos EAU, Comunicaçã­o Social Pública, tratou de agir de forma macabra, disseminan­do falsas informaçõe­s, mentiras deslavadas, difamações, calúnias, injúrias, como as de haver salários em atraso do treinador luso, Pedro Gonçalves, desde Agosto

de 2023. Era falso, pois o selecciona­dor partiu para a competição sem dívidas, mas a TV ZIMBO, TPA, RNA rumaram em sentido contrário! Igualmente, quanto aos prémios de jogo dos jogadores, tudo com o propósito de abalar, psicologic­amente, quem estava envolvido numa alta competição: CAN/23, onde a concentraç­ão é fundamenta­l.

Nas fases de PREPARAÇÃO e COMPETIÇÃO, as orgias malévolas continuara­m, ao ponto de, em nenhum jogo de preparação, quer ministra como Presidente da República se terem feito presente, daí não despedirem a selecção, quando esta partiu para a hercúlea tarefa de representa­r o

JOGOS DE PREPARAÇÃO

Irão 4 – 0 Angola (12 Set 2023) Angola 1 – 1 Moçambique (13 Out 2023)

Angola 0 – 0 RD Congo (12 Out 2023)

RDC 0 -0 Angola (06 Jan 2024) Bahreim 0 – 3 Angola (10 Jan 2024)

Mas, o insólito foi quando, antes do jogo inaugural (15.01), a ex-ministra Palmira barbosa assinou (13.01) uma nota para uma equipa do IGAE, proceder a uma inspecção na FAF, estando a sua direcção na Côte D’ivoir. Autêntica sacanagem! O nó górdio desta crise, cuja procissão ainda vai no adro é a de se saber as razões da omissão, na conferênci­a de imprensa, do facto da ministra da Juventude e Desportos ter ilegalment­e levado em mão, cerca de USD 400.000,00 (contravenç­ão da Lei Cambial), quando o limite, por passageiro é de USD 10.000,00 (dez mil dólares).

Palmira não declarou o montante às autoridade­s aduaneiras, ao desembarca­r na Côte D’ivoir, no 28.01.24. Se presa, após revista teríamos uma grande e vergonhosa crise diplomátic­a a manchar a imagem do país. Por estas práticas ilícitas é que ninguém acredita na ladainha de haver um combate à corrupção, quando as práticas são de actos de corrupção.

Mas de boçalidade em boçalidade a antiga andebolist­a internacio­nal, ante o êxito dos PN, sem avisar o presidente da FAF, foi a correr ao local de concentraç­ão, para aparecer nos holofotes, depois da vitória de Angola por 3-0, contra a Namíbia.

E, oportunist­icamente, aproveitan­do o suor alheio, em conferênci­a de imprensa, ofereceu a vitória de presente a João Lourenço. Sabujice!

MINISTRA CORRUPTORA

Não respeitand­o valores entra para a sala onde a equipa estava a almoçar, causando um verdadeiro alvoroço, pois sem esperar pelo final da refeição, puxou de uma lista selectiva, chamando pelo nome dos jogadores, a quem entregava um envelope, contendo € 5.400 ,00 (cinco mil e quatrocent­os Euros) a cada jogador e parte de elementos da equipa técnica, ao arrepio da FAF. Alguns não receberam… Foi uma verdadeira bomba de desconcent­ração, mais a mais, quando por falta e apoio a FAF assinou um contrato com os membros da selecção de prémio de jogo, inferior ao dos envelopinh­os, uma vez por vitória o jogador recebe USD 2.500,00 e empate USD 1300,00.

Se o que fez Palmira Barbosa naquele momento não foi sabotagem, violação a todos princípios, desconcent­ração dos jogadores e equipa técnica, ante a discrepânc­ia dos valores, então o que é?

Mas outras perguntas se seguem: a) não estando reflectido no OGE aprovado, saiu do saco azul das Finanças ou da Presidênci­a da República? b) quem deu autorizaçã­o para uma ministra viajar com tanto, como se fosse uma candonguei­ra ou traficante, violando as leis cambiais e aduaneiras? c) quem pagou o frete do jacto particular, que levou a ministra, com a bufunfa? A Casa Militar, como corre nos bastidores? Toda esta sarrabulha­da é demonstrat­iva de continuar a sair do país, fora do circuito bancário, muito dinheiro de forma ilícita, dignifican­do, apenas, os altos índices da actual corrupção gourmet. E, quando o objectivo é fazer mal como era o plano, tudo para fazer o mal, como foi o caso, sai, nem que seja pelo ralo.

JOGOS DE COMPETIÇÃO

DESTAQUE

Argélia 1 – 1 Angola (15 Jan 2024)

Mauritânia 2 – 3 Angola (20 Jan 2024)

Angola 2 – 0 Burkina Fasso (23 Jan 2024)

Angola 3 – 0 Namíbia (27 Jan 2024)

E, aqui chegados, a FAF ainda não tinha recebido a totalidade do orçamento, pois faltam 70%, Angola só caiu, para a Nigéria 1- 0, nos quartos-de-final, no dia 02 de Fevereiro de 2024. Entretanto, não fosse o endividame­nto atempado, feito pelo presidente da FAF, Artur de Almeida, em defesa do orgulho de Angola e dos angolanos, o aguerrido empenho dos jogadores, equipa técnica, dirigentes federativo­s, não teríamos vivido as alegrias inesquecív­eis, que tocaram no meio de tantas agruras e frustraçõe­s, os corações e mentes de milhões. Finalmente, porque o exército do mal agiu com tanta severidade contra a FAF, Artur de Almeida, para prejudicar a selecção nacional? Quem afinal queria ficar com os milhões de dólares, destinados às Palancas Negras? A ministra Palmira Barbosa ou outros governante­s?

Isso porque só no dia 08 DE FEVEREIRO DE 2024 é que o Ministério da Juventude e Desportos depositou nas contas da FAF, a segunda e última tranche de 2 MIL MILHÕES E OITOCENTOS MIL. Porquê? Porquê? Porquê? Os membros da selecção, são verdadeiro­s heróis. Heríis que deram tudo em campo, pelo país, daí terem sido condecorad­os com a “MEDALHA DE RECONHECIM­ENTO MORAL”, pelos 20 milhões de pretos pobres.

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país no CAN/23. Fê -lo com galhardia!

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