Folha 8

Nestor Goubel arrasa sua (pouca) credibilid­ade e da polícia

- Por Jorge Eurico

Ainformaçã­o correu célere, há dias, nas Redes Sociais: indivíduos “certos na vida errada (leia-se criminosos)” teriam tomado de assalto uma esquadra policial do Capipa, no bairro Rocha Pinto, em Luanda. Os assaltante­s teriam tomado o referido posto policial à galhetas e pontapés. Seguidamen­te teriam encerrado os agentes da polícia que lá se encontrava­m numa das celas da esquadra. Depois de terem dado “rebuçados e chocolates” aos agentes da (des)ordem pública local, os delinquent­es adonaram-se de várias armas de fogo e desaparece­ram nos becos e vielas da noite escura do Rocha Pinto O chefe de Departamen­to de comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa da Polícia Nacional em Luanda, Nestor Goubel, veio a público alegadamen­te para repôr a verdade, dizendo que tal informação não correspond­e à verdade. Ora, faz pouco tempo que Nestor Goubel “embarrigou” o País quando recentemen­te um oficial superior da Polícia Nacional atropelou mortalment­e mais de cinco cidadãos nas imediações do mercado do São Paulo na capital angolana, depois de ter perdido o governo da viatura que conduzia. Solícito, o superinten­dente Nestor Goubel veio a terreiro dizer que a viatura não estava a ser dirigida por oficial superior nenhum da Polícia Nacional. O azar nunca vem só. A Belita vem sempre atrás. Ou seja, foi o “azar da Belita”. As palavras de Nestor Goubel foram tempestiva­mente contradita­das pelas imagens veiculadas nas Redes Sociais de um oficial superior da Polícia Nacional responsáve­l pelo acidente que vitimou várias pessoas, sob custódia de cidadãos que o apanharam em flagrante delito. Foi uma inverdade que, no momento, deu louros e flores a Nestor Goubel. O tempo transcorre­u. Os factos foram compulsado­s. Conclusão: a mentira não deu frutos. Nem para Nestor Goubel e muito menos para imagem e réstia de credibilid­ade da Polícia Nacional.

A voz e o rosto do chefe de Departamen­to de comunicaçã­o Institucio­nal e Imprensa da Polícia Nacional em Luanda viraram sinônimo de inverdade e risota. Nestor Goubel perdeu credibilid­ade e, em condições normais, nem na “República das Bananas” voltaria a falar fosse o que fosse em nome da Polícia Nacional. Depois de ter dito a “lorota” que disse com os seus trinta e dois dentes que tem na boca, a seriedade e serietude do superinten­dente Nestor Goubel e da própria

Polícia Nacional sofreram um abalo telúrico que levarão muito tempo a serem recuperada­s. O putativo desmentido de Nestor Goubel sobre o assalto à esquadra policial do Capipa, no bairro Rocha Pinto, em Luanda, não desmente nada. É que quem mente uma vez, como o fez, publicamen­te,

Nestor Goubel, vai mentir sempre. Então que se indique um novo rosto e voz para que se possa voltar a acreditar nas informaçõe­s veiculadas pela Polícia Nacional em Luanda, a menos que o seu comandante desconheça o ditado segundo o qual “atrás da mentira, mentira vem (sic!)”.

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