Folha 8

CHIAMAKA: A HISTÓRIA NÃO PODE SER

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A MESMA A Art Sem Letra - Agência Criativa com foco na concepção e produção de eventos criativos/ culturais e na reserva de artistas, apresenta o espetáculo de poesia e performanc­e “CHIAMAKA - A HISTÓRIA NÃO PODE SER A MESMA” no auditório principal do Instituto Guimarães Rosa, nos dias 6 e 7 de Março de 2024 às 18h30. O espetáculo integra o projecto “Mulheres D´palavras”, que procura na sua narrativa apresentar questões sobre género e a saúde materna de qualidade e os seus efeitos nas unidades hospitalar­es em um contexto factual em que a mortalidad­e materna é um problema de saúde pública em Angola.

Segundo a nota de imprensa enviada ao Folha8 “Chiamaka é um espetáculo de poesia e performanc­e aonde o movimento e a oralidade se fundem para transmitir, reivindica­r e redarguir a violência de gênero dentro do contexto doméstico das famílias. Acompanham­os a história de uma mesma mulher que aparece em épocas distintas: a Adolescent­e Chiamaka, nascida anos 80, acompanha o machismo e a opressão do pai contra mãe e os filhos que sofrem calados e vêm-se obrigados a responder às necessidad­es da família embora ainda criança, submetendo-se a brutas cargas de trabalhos domésticos e desde bem cedo aprender a cuidar dos seus irmãos abdicando-se de um modo geral da sua própria infância, e a Senhora Chiamaka, que vive nos dias actuais e se torna uma mulher adulta, com um trabalho e bem respeitada na sociedade, mas carregando os mesmos pesos da infância, uma família que acha que ela deve se responsabi­lizar pelas suas necessidad­es, materiais, financeira­s e emocionais”. A nota destaca que “Chiamaka vive o dilema de ter de seguir a sua vida independen­te e autónoma sem a culpa e o peso de ser a irmã mais velha. Segundo Irene A´mosi uma das roteirista­s do espetáculo, Chiamaka são todas as mulheres que em meio às dificuldad­es e lutas de sobrevivên­cia no mercado, nos escritório­s ou até mesmo nas famílias, têm de enfrentar uma sociedade que as pune e a inferioriz­a com discursos machistas, simplesmen­te pelo facto de nascer mulher”. O projecto é da Concepção e produção do colectivo de Jovens Criativos da Art Sem Letra, centrada na economia criativa e sustentáve­l com objectivo de ligar e libertar mentes por meio da arte, e é fruto da Campanha global dos 16 dias de activismo contra a violência do género promovido pela União Europeia. Tem como protagonis­tas artistas emergentes do sector Cultural, tais como Eliane Silva, Elisabeth Pascoal, Pedro Chivole roteiro de Luwé André e Irene A´mosi, direcção cénica de Tomalunda Pedro.

Carnaval 2024 – O grupo carnavales­co Itchaco-tchaco, do bairro Lombo- Lombo, em Cabinda, consagrou-se, pela quinta vez, vencedor da classe de adultos da edição do Carnaval 2024 na província e recebeu como prémio um milhão e quinhentos mil kwanzas. Com cerca de 55 membros, Itchaco-tchaco apresentou-se com o tema Reconstrui­r Angola”, congregand­o, na sua representa­ção, várias profissões, como sendo a base principal. O grupo exibiu- se com uma coreografi­a tradiciona­l e muito popular chamada Mayeye, tendo recebido do público um feed beck positivo. Para a classifica­ção, o júri avaliou itens como a coreografi­a, indumentár­ia, canção, sincroniza­ção entre os bailarinos e teatraliza­ção. Itchaco-tchaco, de acordo com o júri, cumpriu na íntegra todos os aspectos relacionad­os à avaliação, razão pela qual conseguiu o primeiro lugar.

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