UM ALERTA FELINO
Oalerta de Angola estar a caminhar para o abismo é de um político, maquisard, considerado, por uns, como felino, que se embrenhou, com tenra idade, nos húmus libertários, em prol do que acredita(va) ser imperioso para Angola; pluralismo, liberdades e democracia, com alternância de poder. Ele bebeu de um homem que no seu universo mental continua a ser o líder, que dizia: “Eu sou antes de mais nada e sobretudo um nacionalista, um patriota. Para mim acima de Angola não há mais nada”. Este nacionalista, face ao desvario da política económica e social do país, leva Lukamba Gato a alertar sobretudo a juventude do nosso país, contra um fenómeno que a médio e longo prazos, tende a assumir proporções susceptíveis de produzir efeitos perversos. As dificuldades económicas que o país atravessa e as afinidades culturais, sobretudo na língua, estão a levar a nossa juventude e não só a estabelecer laços privilegiados com a antiga Metrópole. É já uma constatação pública que grande parte dos recursos saqueados de Angola desde a morte do Patriota Maior aos dias de hoje, estão domiciliados em bancos da antiga potência colonial. Eu não tenho nada contra mas o exemplo da “excelente cooperação” entre a França e as suas ex-colónias da Africa Ocidental, é matéria suficiente para uma frutuosa reflexão, acrescido aos esforços de jovens oficiais patriotas que tomaram nos países do Sahel, iniciativas que levam necessariamente à uma reflexão sobre as chamadas relações Norte/sul. Chamo igualmente a atenção sobre o exemplo do Rwanda que encontrou o seu caminho para o crescimento e desenvolvimento muito longe da influência da antiga potência colonial. A independência e a soberania dos nossos Estados não se compadecem com as aparentes facilidades que nos vão sendo proporcionadas sob diversas formas. Um patriota investe no seu país desde a educação e saúde de qualidade até ao lazer, criando um ambiente pessoas que procuram serviços de qualidade, bem como investidores e turistas. Nas relações entre Estados não há almoços gratis, é tudo uma questão de gestão racional dos interesses de cada Estado. Quem não tiver interesses a defender, servirá interesses alheios. Se elininarmos as barreiras impostas