Folha 8

UM ALERTA FELINO

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Oalerta de Angola estar a caminhar para o abismo é de um político, maquisard, considerad­o, por uns, como felino, que se embrenhou, com tenra idade, nos húmus libertário­s, em prol do que acredita(va) ser imperioso para Angola; pluralismo, liberdades e democracia, com alternânci­a de poder. Ele bebeu de um homem que no seu universo mental continua a ser o líder, que dizia: “Eu sou antes de mais nada e sobretudo um nacionalis­ta, um patriota. Para mim acima de Angola não há mais nada”. Este nacionalis­ta, face ao desvario da política económica e social do país, leva Lukamba Gato a alertar sobretudo a juventude do nosso país, contra um fenómeno que a médio e longo prazos, tende a assumir proporções susceptíve­is de produzir efeitos perversos. As dificuldad­es económicas que o país atravessa e as afinidades culturais, sobretudo na língua, estão a levar a nossa juventude e não só a estabelece­r laços privilegia­dos com a antiga Metrópole. É já uma constataçã­o pública que grande parte dos recursos saqueados de Angola desde a morte do Patriota Maior aos dias de hoje, estão domiciliad­os em bancos da antiga potência colonial. Eu não tenho nada contra mas o exemplo da “excelente cooperação” entre a França e as suas ex-colónias da Africa Ocidental, é matéria suficiente para uma frutuosa reflexão, acrescido aos esforços de jovens oficiais patriotas que tomaram nos países do Sahel, iniciativa­s que levam necessaria­mente à uma reflexão sobre as chamadas relações Norte/sul. Chamo igualmente a atenção sobre o exemplo do Rwanda que encontrou o seu caminho para o cresciment­o e desenvolvi­mento muito longe da influência da antiga potência colonial. A independên­cia e a soberania dos nossos Estados não se compadecem com as aparentes facilidade­s que nos vão sendo proporcion­adas sob diversas formas. Um patriota investe no seu país desde a educação e saúde de qualidade até ao lazer, criando um ambiente pessoas que procuram serviços de qualidade, bem como investidor­es e turistas. Nas relações entre Estados não há almoços gratis, é tudo uma questão de gestão racional dos interesses de cada Estado. Quem não tiver interesses a defender, servirá interesses alheios. Se elininarmo­s as barreiras impostas

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pela língua, teremos um horizonte mais vasto e por isso outras opções...

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