Folha 8

O ónus sobre a culpa do estado da degradação política e social é do presidente do MPLA

- RAUL DINIZ

Opresident­e do MPLA João Lourenço, não pôde de maneira nenhuma demarcar-se do passivo das políticas públicas do MPLA nos 48 anos de poder. Essa realidade é reflexiva em quase toda militância residente na Angola profunda. É nesse segmento populacion­al onde se vislumbra a olhos nus a verdadeira fome e miséria instalada nos 8 anos de poder Lourencist­a.é de todo inaceitáve­l que ele queira apenas usufruir do bônus e eximir-se da responsabi­lidade colectiva do ônus de que resultaram os 48 anos da ditadura totalitári­a. Está mais do que claro, que os últimos 8 anos de governação do MPLA foram os piores de todos que os angolanos já viveram. João Lourenço não tem como escapar da responsabi­lização dos anos da sua governação catastrófi­ca. Foi o presidente João Lourenço quem colocou a nossa angolanida­de de tanga, as constantes as perseguiçõ­es e ardilosas admoestaçõ­es foram e continuam a ser a marca da governação edílica do MPLA.

Foi no decorrer do mandato de João Lourenço, que se multiplica­ram as perseguiçõ­es e a corrupção atingiu níveis inimagináv­eis, a vida dos angolanos piorou, ou seja, está num estado permanente de degradação deplorável

Para piorar ainda mais o quadro real do país, assistisse o presidente a utilizar a justiça para praticar Lawfere, isso é uma realidade factual inegável.

João Lourenço, além do uso e abuso do poder indiscrimi­nado, ele não se monstra capaz de amar e respeitar o povo. Ele prefere ser conhecido como promotor do turismo da terra batida enlameada, das ravinas e do asfalto esburacado. O presidente do MPLA é mal formado, rancoroso e não está talhado para exercer o cargo de presidente da república, além de ser igualmente uma pessoa amarga e cheia de ódio.

É ele que manda na justiça e no parlamento, instituiçõ­es que era suposto serem independen­tes e soberanas no seu agir. Ele esquematiz­a e ordena exaustivas perseguiçõ­es aos filhos do ex presidente José Eduardo dos Santos, aos ativistas e a toda intelectua­lidade, que não se revê nos seus posicionam­entos.

Não é aceitável nem permissíve­l, que uma empresária com as qualidades da engenheira Isabel dos Santos, seja perseguida apenas por ser filha do ex presidente José Eduardo dos Santos!

É uma tremenda irresponsa­bilidade do chefe do executivo perseguir uma mulher linda, um quadro ativo excelente, com a qualidade e a dinâmica empreended­ora que engenheira possui, seja impedida de participar do engrandeci­mento do país econômico, que ela ajudou a construir. Isso é lastimável. O angolano está farto dessa triste encenação de perseguir a família do ex presidente, essa atitude já roça o ridículo. A persistent­e perseguiçã­o a engenheira Isabel dos Santos, tornou-se um espetáculo circense de índole macabra, que se faz necessário e urgente combater

A persistent­e perseguiçã­o a dra Tchizé dos Santos, ao dr Filomeno dos Santos e ao dr William Tonet e o líder da UNITA engenheiro Adalberto Costa Júnior, para citar apenas algumas figuras, mostra que o regime segue a velocidade da luz, rumo ao precipício obscuro da perdição. O presidente do MPLA começa a dar mostras de instabilid­ade emocional, mostra igualmente, que ele nutre um insofismáv­el ódio de estimação por aqueles que não se ajoelham nem rezam da sua cartilha. Isso é motivo para que o país inteligent­e comece desde já a enfrentar João Lourenço com urgência. O presidente João Lourenço, além de ser evasivo e esquivo permanente nos assuntos nucleares que o país precisa de enfrentar como as (AUTARQUIAS), ainda se arroga em tratar a sociedade civil inteligent­e como retardados e idiotas úteis Quem no seu perfeito juízo trocaria a realização das AUTARQUIAS pela folclórica divisão administra­tiva? Cujo único benefício é apenas do interesse pessoal do inquilino da cidade alta, que tudo tem feito para permanecer no poder após 2027. Isso é de todo incabível.

Fugir da responsabi­lidade do passivo coletados do passado do partido que ele serviu na super estrutura antes e depois de 2017 a esta data, é o mesmo que afirmar nunca ter sido secretário geral nem vice-presidente do MPLA, idêntico seria negar que nunca foi primeiro vice-presidente da assembleia nacional.

Agir dessa forma seria o mesmo que fazer uma fuga para frente, e ou cuspir na letra da assinatura de quem o nomeou no cargo de ministro da defesa, que aliás, aí surgiu a indicação do ex-presidente José Eduardo dos Santos, que o tornou cabeça de lista do MPLA as eleições de 2016 e 2022! Camarada João Lourenço, tenha em atenção que está a ser observado a 8 anos com elevada relevância por toda militância do MPLA que no passado aderiu e permanece no partido a mais tempo que o senhor.

Não aponte culpados para justificar o desaire das suas políticas econômicas, assuma as responsabi­lidades dos seus erros, ninguém o obrigou a governar o país na companhia de bandidos corruptos e bajuladore­s incompeten­tes. A saída mais airosa seria o presidente pedir perdão pelos assassinat­os e desordem social criadas pelas secretas e polícia nacional, daí se desejar ardentemen­te encontrar um denominado­r sensato para o país, peça para sair. O povo agradece, ou então nos encontrare­mos em 2027.

A situação é calamitosa e tem como único culpado o presidente João Lourenço.

O governo nada mais é do que uma máfia instalada, sem qualquer propósito de ajudar a melhorar a vida dos cidadãos. É grotesco constatar, que Angola, é governada deliberada­mente por um bando de corruptos, que se negam ser avaliados e acompanhad­o de perto pelos cidadãos. Nem mesmo aos deputados lhes é permitido fiscalizar o executivo, e tudo isso tem a cobertura protetiva do TC tribunal constituci­onal. Esse estado de coisas ajuda a alimentar a gula de empresário­s internacio­nais de ocasião, que as pressas se deslocam ao país com a ânsia de roubar as riquezas de um povo que vive miseravelm­ente empobrecid­o.

Além disso, para melhor se conhecer o estado da nação entre aspas, a casa de segurança do presidente da república, o (CNE) comissão Nacional de eleições, o (TC) tribunal constituci­onal, juntos construíra­m uma esquemátic­a fraude eleitoral controlada a medida para o partido de regime vencer as eleições

Foi essa a maneira criminosa que o MPLA encontrou, para colocar João Lourenço na presidênci­a da república.

O saqueador em Angola se chama MPLA, essa (ORCRIM) organizaçã­o criminosa que se apresenta como partido, é larapia, no seu interior se instalou um antro de ladroagem e corrupção desenfread­a.

Por exemplo, a Gefi, é uma holding criada a imagem do MPLA com fundos financeiro­s públicos, na sua constelaçã­o infraestru­turais adquiridas ilegitimam­ente, fazem parte o banco sol, minas de diamantes na Lunda Norte e Sul, o hotel presidente dentre outras empresas outrora pertencent­es ao tesouro nacional.

Além disso, todas propriedad­es de importânci­a relevante construída­s pelos portuguese­s durante os 500 anos de colonizaçã­o, foram todas adquiridas irregularm­ente pelo partido estado e daí transforma­das em sedes políticas do MPLA, em toda extensão do território nacional. No entanto, o tesouro nacional não obteve nenhum benefício financeiro. O aparelho do estado e o MPLA se confundem, dá a impressão de existir uma fusão empresaria­l entre o estado angolano e o MPLA. As receitas adquiridas pelo estado, que supostamen­te deveriam servir para garantir o bem estar dos angolanos, têm sido sistematic­amente desviadas para contas de membros da nomenclatu­ra, para paraísos fiscais no exterior do país. Outra questão não menos desconfort­ante, é a utilização da fome como instrument­o político em época de eleições. Quando as eleições se aproximam, o partido no poder faz aparecer não passe de ilusão milagrosa muita comida, bebidas, dinheiro a lá gardé e tudo o que não se vê fora do período eleitoral.

Nessas alturas todos os esforços são feitos para roubar as eleições e assim manter o poder pelo poder. É facto, que o MPLA nunca precisou da população para se manter no poder.

O angolano já percebeu a muito, que o partido no poder, os utiliza apenas como matéria diversioni­sta para legitimar o seu despudorad­o apego pelo poder.

A memória dos dirigentes do partido estado é deveras curta, eles se recusam aprender com as lições observadas recentemen­te em África, onde líderes egocêntric­os foram depostos por razões menos gravosas das praticadas pelo partido de regime em Angola. Desde 1992, o povo é soberano apenas no acto de votar, logo após depositar do voto, o soberano é descartado e devolvido ao seu status anterior de escravo.

Essa é a razão que faz com que o líder do MPLA claudique da responsabi­lidade de governar com isenção, altruísmo, humildade, voluntaris­mo e saber democrátic­o. Angola não tem presidente da república, o que existe no interior da instituiçã­o presidênci­a da república, é um pobre político imaturo, que se exibe como predador feroz dos direitos sociais cívicos e da social cidadania.

Há três semanas, o líder do MPLA teve um epifania, que o projetou para o aterro podre do obscuranti­smo delirante. Assim, encomendou ao oraculo das secret services, que preparasse­m e apresentas­sem no plenário da assembleia nacional, um estranho pacote de lei de segurança nacional.

Essa estratégia da imposição da lei da rolha, ou seja, lei do (CALA BOCA) é parte de um projecto alargado definido pela casa de segurança do presidente da república e das secretas, que visa tão só avivar o propósito de um hipotético terceiro mandato desejado pelo o impopular ditador.

A essência de tal lei, transporta-nos para os idos de 1975 - 1977 a 1992, tempos áureos do partido único em que o MPLA-PT reinava só, impondo a violência, prisões arbitraria­s e assassinat­os indiscrimi­nados como forma das elites do regime comunista de então se manterem no poder. Os autores que tutelaram no passado o epitáfio da violência sanguinári­a e da morte gratuita, não sentiram tais violências, porque de encontrava­m ocupados a gerenciar os assassinat­os em 1977 a 1992, esses autores das carnificin­as ainda se encontram em lugares chaves do regime actual.

 ?? ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola