DIVERSIFICAR E M
Em termos de propaganda, o MPLA manda dizer que Angola vai investir 300 milhões de dólares no projecto de aceleração da diversificação económica “Diversifica Mais” (D+), lançado este mês pelo Ministério do Planeamento. Reconheça-se que em matéria de projectos, programas e similares o país está na liderança. O chato é que da teoria à prática vai uma enorme distância. Não basta dizer que o MPLA fez mais em 50 anos do que os portugueses em 500… é preciso prová-lo.
Com o slogan “Desbloqueando o Desenvolvimento Nacional” (bloqueio criado e liderado pelo MPLA há 49 anos), o projecto financiado pelo Banco Mundial vai ser implementado em seis anos em todo o país, com foco no corredor do Lobito. De facto, o importante é que alguém financie, se vai ou não ser implementado isso é outra questão
O “Diversifica Mais”, tem – em teoria e segundo a memória descritiva – como pano de fundo a aceleração da diversificação económica (prometida pelo MPLA há 49 anos e com dezenas de projectos e programas) sustentável e geograficamente equilibrada, tendo como principal actor o sector privado... A ideia (tão brilhante quanto velhinha) é que o sector privado entre com o dinheiro e o Governo com a experiência. No fim verificar-se-á que o sector privado ficou com a experiência e o Governo (o MPLA) com o dinheiro que, eventualmente, ficará em repouso num qualquer paraíso fiscal. O secretário de Estado para o Investimento Público, Ivan dos Santos, reafirmou – conforme ordem superior do seu patrão (o Titular do Poder Executivo) – o empenho do Executivo, que está comprometido com o aumento da produção do sector não petrolífero, no sentido de garantir o equilíbrio e a sustentabilidade da economia. “Esse compromisso passa por devolver a economia ao sector privado, competindo ao Governo a criação de condições mais favoráveis para o empresariado poder desenvolver os seus negócios”, referiu, citando um diagnóstico que já andada de bengala de tão velhinho que é. A melhoria do ambiente regulatório e institucional para o comércio, registo e crescimento de empresas e os serviços financeiros, especialmente para empresas detidas ou geridas por mulheres, constitui um dos objectivos do projecto. Segundo o secretário de Estado para o Investimento Público, para o cumprimento desse objectivo vão ser aplicados o equivalente em kwanzas, a 40 milhões de dólares. O governante referiu que vão ser, também, aplicados 130 milhões de dólares na catalização de investimentos para serem estruturadas e implementadas parcerias público-privadas, por exemplo, em infra–estruturas produtivas, como pólos de desenvolvimento industriais e plataformas logísticas, com particular destaque no corredor do Lobito. Constitui, igualmente, objec