Folha 8

CHINESES “ESMAGADOS” MESMO JOGANDO EM CASA

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Àprimeira vista, a foto pode sugerir que o encontro teve lugar em Luanda ou noutra localidade angolana. Mas, não! Disponibil­izada pelo CIPRA (o que quer dizer que na Presidênci­a da República mata-se a cobra e mostra-se o pau), a foto retrata o momento em que o Presidente. João Lourenço é saudado por um alto dignitário chinês.

Como se vê, o anfitrião tem atrás de si apenas quatro indivíduos, ao passo que João Lourenço tem a “escoltá-lo” um batalhão de pessoas.

O que quer dizer que, apesar de ser o segundo país mais populoso do mundo (só suplantada pela Índia), a China não ombreia com Angola quando se trata de reunir delegações oficiais. A elevada e desproposi­tada “escolta” que João Lourenço levou à China desmente a narrativa de cofres vazios que o Governo se esforça por vender aos angolanos.

Para ir mendigar, como foi o caso, o reescalona­mento da dívida e implorar financiame­ntos para a construção do Metro de Superfície de Luanda (os alemães da Siemens já foram descartado­s?), Refinaria do

Lobito ou Sonangol, João Lourenço não precisaria de levar todos os membros do Governo e respectivo­s directores de gabinetes e secretária­s.

O elevado número de pessoas que o Presidente João Lourenço incorpora nas delegações que leva ao estrangeir­o não desmente, apenas, a narrativa dos cofres vazios. Mostra que ao Presidente angolano é prazeroso mostrar ao mundo que é um poderoso chefe, atrás de qual se acotovela uma numerosa manada. Na verdade, dar tareia numérica aos chineses, no seu próprio terreno, é algo que só está ao alcance daqueles que lidam com o erário como se fosse sua propriedad­e privada.

Os custos da deslocação de tão numerosa caravana à China devem suplantar financiame­ntos, ali pedidos, para determinad­os empreendim­entos.

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