, PORRADA SE REFILAREM
la, Vítor Lledo bem que podia evitar tratar-nos a todos como matumbos.
Por outro lado, as autoridades angolanas devem prosseguir reformas com objectivo de apoiar uma taxa de câmbio flexível, com um sistema de metas inflacionárias “credível”, e melhorar a eficácia dos instrumentos de política monetária para enxugar a liquidez, bem como a coordenação entre Banco Nacional de Angola e Ministério das Finanças. Vítor Lledo deixou uma perspectiva optimista de recuperação do crescimento económico este ano, sublinhando que “as dinâmicas no sector petrolífero que vão ter impactos também no sector não petrolífero”.
O FMI estima que a economia angolana cresça 2,6% este ano, mas alertou para riscos “elevados” da forte dependência do petróleo, vulnerabilidade da banca e divida elevada com acesso incerto aos mercados. O FMI reviu em baixa o crescimento da economia em 2023 para 0,5%, resultado de uma queda de 6,1% do sector (obviamente) petrolífero e abrandamento do sector não petrolífero para 2,9%. Na próxima semana, anunciou Vítor Lledo, a vice-directora do FMI, Antoinette Sayeh, cem visitar Angola em reconhecimento da crescente importância económica e geopolítica do país, sendo também uma oportunidade de mostrar o apoio da instituição ao governo angolano para manter as reformas iniciadas em 2018 num ambiente global cada vez mais difícil.
Embora tanto Vítor Lledo como Antoinette Sayeh não queiram saber quem foi Dominique Strauss-kahn, nós sabemos quem foi e revelamos. Em Dezembro de 2009, o então director-geral do FMI, Dominique Strauss-kahn, fazia um aviso à navegação: “Os problemas acontecem quando os governos dizem à opinião pública que as coisas estão a melhorar enquanto as pessoas perdem os seus empregos”. Os governos, os representantes do FMI ou os (supostos) especialistas…
“Para alguém que vai perder o seu emprego, a crise não acabou. E isso constitui um alto risco”, afirmou o então director-geral do FMI, acrescentando que “isso também pode, em alguns países, tornar-se um risco para a democracia. Não é fácil administrar esta transição, e ela não será simples para os milhões de pessoas que ainda estarão desempregadas no próximo ano”.
“A economia mundial somente se restabelecerá quando o desemprego cair”, disse o responsável do FMI. E se assim é, os angolanos estão ainda mais lixados, por muita que seja a lixívia usada por Vítor Lledo, Antoinette Sayeh e similares. Aliás,os angolanos continuam à espera dos 500 mil empregos que João Lourenço prometeu.
E, convenhamos, se for possível a João Lourenço garantir que os angolanos conseguem estar uns anos sem comer, Angola não tardará muito a ter o défice em ordem e a beneficiar do pleno emprego. Até agora foram muitos os que se solidarizaram com João Lourenço mas, quando estavam quase, quase, a aprender a viver sem comer… morreram!