Desconcertantes trapalhadas da presidente da Assembleia Nacional
No campo das ideias, que visam encontrar equilíbrios consensuais que leve o país a realizar em tempo útil as tão desejadas eleições autárquicas, o MPLA, porém, nega-se em ser a estrela iluminadora dos caminhos que nos leve ao encontro de tais propósitos. A título de exemplo, a deputada presidente da assembleia nacional tem dado mostras de atravessar um mau período de cansaço mental. Na verdade, a dra Carolina Cerqueira, tem agido com envergada parcialidade no papel que a lei e a constituição lhe garantem. A pergunta que não quer calar, afinal, o que falta para Angola dar certo? Se em Angola existem recursos hídricos fartos, minérios de qualidades ambiciosos, em fim o país tem um vasto leque de riquezas naturais e humanas, o que falta então para dar zero?
A natureza predadora do regime é originaria, o MPLA instalou em Angola, um poder judiciário e legislativo permeável a corrupção e domínio do mais forte.
Por um lado, a constituinte, criada a imagem e semelhança do MPLA PT, empoderou substancialmente uma só pessoa, por outro lado debilitou de sobremaneira os demais órgão de soberania da República. Todos os poderes da república nascem no Kremlin (sede do MPLA) e desaguam na cidade alta, casa do actual homem muito forte da república abananada. Os sistemas administrativos e financeiros dos demais poderes da república estão totalmente amarrados e por isso dependentes da vontade do chefe do executivo. O problema angolano, não passa apenas pelo sistema monolítico de caracter autoritário do regime impositivo do MPLA, o maior problema é de facto o presidente do MPLA detentor de todos os poderes da República.
Em Angola tudo gira em torno do presidente do MPLA, da república e do poder executivo, todos chefiados pela mesma pessoa. Isso significa, um homem forte, demais poderes enfraquecidos, essa é a dinâmica esdruxula do regime. A textura enrugada e promiscua do regime, é a que tem produzido parlamentares bajuladores e com predicados desqualificáveis, possuidores de feriuras próxima da extemporânea boniteza dos símios. Quando um deputado do regime acusa insulta descaradamente os deputados da UNITA de se comportarem como macacos, e tudo fica por isso mesmo, isso significa que o gato não precisa mais de ficar com o rabo de fora, pois, deste modo, o gato fica mesmo todo de fora a amostra.
Diante de tão clara grosseria proferida pelo deputado do MPLA, o presidente da bancada parlamentar da UNITA dr Liberty Chiyaka, reagiu chamando mentiroso a um deputado divulgador de fake news. Aí, já não dá para protelar, em socorro do ofendido palavrosos deputado do MPLA, a magnânima presidente da assembleia nacional reagiu a favor do deputado do MPLA produtor de fake news!
Essas incongruentes tropelias da presidente da assembleia nacional, mostram-nos o caracter da sua total parcialidade e incompetência para exercer em plenitude a cargo de que foi investida.
Ora senão vejamos, de onde a presidente da assembleia nacional tirou a ideia de tornar caducado o pacote legislativo autárquico inteiro, se o mesmo pacote foi já discutido e aprovado na generalidade pelos deputados.
Essa invulgar decisão é de todo inconstitucional e serve apenas para obstruir o desejo de realização do povo que clama a plenos pulmões pela realização das autárquicas. Que interesses estão por baixo dessa incongruente atitude da dra Carolina Cerqueira, de tentar anular todo pacote das autarquias já provado! Se até mesmo o presidente do MPLA deu como valido! Aquando do lançamento da agenda política de 2024 do MPLA, o presidente do partido detentor da maior bancada no parlamente, ao referir-se as autarquias, afirmou, que o restante do pacote legislativo em falta cabe aos deputados discutirem. Note-se, o presidente do MPLA afirmou e disse, (o restante do pacote) citou apenas o que falta ser discutido.
Rematou ainda que não dependia dele, mas sim, da vontade dos deputados! Afinal, o que mudou desde então. O que aconteceu, para que a presidente do parlamento simular a caducidade do total do pacote já aprovado na generalidade! Será um novo conceito para tentar voluntariosamente construir castelos no ar! Ou será só um substrato irresponsável e sobretudo inquietante para tentar inviabilizar as eleições autárquicas no resto do mandato do presidente tirano!
Onde foi que a presidente da assembleia nacional foi buscar tais leis, que de todo ferem violentamente a vontade de todo país popular e também a lei e a constituição!
A presidente da assembleia nacional, o MPLA e a sua truculenta cultura unilateralista, podem ultrapassar os dispositivos legais, que regem os estatutos da assembleia nacional, a lei e a constituição.
Que fique claro, o pacote já discutido e aprovado na generalidade não caduca nunca. A dra Carolina Cerqueira, já percebeu que a tolerância dos cidadãos é quase nenhuma, pois, as suas manigâncias interpretativamente negativas são nulas, já não colhem. Vistas as coisas por outro ângulo, é de realçar, que as constantes investidas do MPLA e da presidente do parlamento contra a lei e a constituição, causam profundas fissuras ao processo de socialização e pacificação dos espíritos, além de dilacerar selvaticamente o tecido da nossa angolanidade. As cartas foram jogadas em 2022, o MPLA perdeu as eleições e também a sua melhor oportunidade de se constituir oposição construtiva. Mas, para o MPLA de João Lourenço e Carolina Cerqueira, ser oposição é idêntico a perca da identidade e ou morrer. Debalde.
Hoje, o MPLA e seus escuteiros de plantão poderão vir a encarar a fúria descomunal do povo com os quais estão desavindos. É importante saberem que o nosso MPLA não tem espaço interventivo no interior dos bairros pobres de toda Angola e principalmente nos bairros nucleares com sustentação eleitoralista. O desencanto do povo transformou-se em ira... está escrito no panteão dos deuses, que o MPLA não é poder aceite perante a maioria massiva dos angolanos e não só. Não adianta tentar entreter o país com jogos dúbios, não adianta prender e assassinar pacíficos cidadãos indefesos com o único fito de enviar mensagens medo codificado. O povo sabe, que a finalidade das ameaças expedidas pelo regime tem como ultima finalidade silenciar o povo, essa pratica ambulante já não cola. O tempo do medo já passou, agora o medo foi devolvida como maldição para os detratores da verdade política e eleitoral do país. Os instrumentos criados para fraudar eleições, como o CNE comissão nacional eleitoral, TC tribunal constitucional e ministérios instrumentalizados afins são de todo parasitários a dinâmica como Deus gerência o tempo fê-la apodrecer. A tal máquina criada para retrair, dissuadir ou mesmo corroer a vontade do cidadão, para que este jamais exija o direito de exercitar a sua cidadania em total plenitude são inúteis, caíram por terra.
Estamos juntos
Estamos longe dos tempos em que muitos se arrogavam usar a frase ‘dinheiro é capim’. Há muito que tem sido atribuído aos malanjinos, mas, na verdade, ao longo dos anos, muitos foram os que utilizaram tal tirada, até mesmo aqueles que o faziam de forma jocosa. Nestes dias de crise financeira, há quem diga que nem sequer as moedas de troco hoje são poupadas em muitos lares. Por isso, engane-se quem pense, nem mesmo teoricamente, que se pode viver diariamente com apenas os famosos 500 Kwanzas.
Enquanto a maioria dos angolanos faz contas à vida, na última semana voltaram a surgir informações sobre a existência de um número acentuável de ricos, milionários e até bilionários em Angola, particularmente na sua capital Luanda. Informações apócrifas ou não, os dados apontam para uma presença de 1.800 milionários e quatro bilionários, segundo estudos da Knight Frank. A capital de Angola aparece em 10.º lugar, depois de Joanesburgo, Cairo, Cidade do Cabo, Lagos, Nairobi, Durban, Casablanca e Pretória.
É uma bênção ter ricos, milionários e bilionários num país. Deve ser motivo de alegria porque, em princípio, deveria representar prosperidade e criação de oportunidades várias, incluindo postos de trabalho que poderiam diminuir as estatísticas sobre o desemprego.
Longe de ser uma bênção, há muito que se sabe que alguns atingiram tal posição de milionários por não terem resistido sequer àquilo que sempre se supôs ser público. Só por isso quase que nem se sabe quem são os nossos milionários e bilionários de viva voz, tampouco as áreas em que têm investido nem os números estatísticos de postos de trabalho que têm criado. Lembro-me como fosse hoje do escárnio que representou para muitos, incluindo políticos, a publicação de uma lista de ricos por um jornal privado hoje já não existente. Houve quem tivesse partido inclusive para a via judicial por ter visto o nome incluído. Ressalvas sejam feitas ao empresário Mello Xavier que dissera, na altura, que os mais de 50 milhões de dólares que lhe eram apontados serem poucos, porque tinha muito mais.
E neste capítulo, anos depois também Abel Chivuvukuku avançara que era um homem rico.
Cerca de dois mil milionários em Luanda é um número acentuado. Se todos investissem aqui, com certeza que se sentiria os efeitos positivos, nem os rostos seriam desconhecidos à semelhança do que se faz noutros pontos do mundo. Há uma semana, por exemplo, o homem mais rico da Índia, Mukeshi Ambani, casou o seu filho e levou para este país milhares de convidados, entre os quais os mais endinheirados do planeta. Deu uma festança em que até a Rihanna recebeu 9 milhões de dólares por uma actuação. Entre nós, se muitos fizessem benfeitorias no país, talvez a população os visse pelo lado bom e não o contrário, o que faz com que uma maioria destes quase dois mil milionários angolanos se mantenham quase sempre sem rostos.
OPresidente da República, general João Manuel Gonçalves Lourenço, no pedestal da sua autoridade, estando 20 milhões de pobres a definhar a fome, puxou da sua caneta, ela também insensível, para aprovar um decreto concedendo 3 mil milhões para alavancar o turismo em oito províncias, com sérias debilidades rodoviárias, infraestruturais e outras: Benguela, Luanda, Kuando Kubango, Kwanza Norte, Malanje, Zaire, Huíla, Namibe. Essa é mesmo a prioridade actual? Os baixos salários da Função Pública, dos Professores, dos médicos, dos enfermeiros, dos oficiais de justiça, dos magistrados dos tribunais comuns, não mobilizam a geografia mental do general? Você caro leitor não consegue divisar? Não se esforce...continue no próximo TOP.