A IGREJA E OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO SOCIAL
elas, obviamente,a ocupação/utilização de espaços de antena comercializados pelas estações televisivas e radiofónicas, e, em alguns casos, as páginas de jornais nas quais se anunciam as actividades desenvolvidas pela ou na Igreja.
Convém recordar que em tempo de crise esta instituiçãocontinua a prestar assistência fora das suas portas, nomeadamente aos reclusos e aos doentes, respectivamente, nas cadeias e nos hospitais.
Em todas estas actividades o elemento inanceiro está presente, e é neste sentido que o dízimo, e outras contribuições dos íeis, serve igualmente para a edi icação de escolas e de centros de formação pro issional, postos de saúde,etc., cujos serviços são usufruidos tanto pelos cristãos como pelos não-cristãos.
Portanto, o argumento supracitadoapresenta-se como insustentável se atendermos ainda ao facto de que a independência da Igreja – no âmbito do princípio da laicidade - estende-se no campo inanceiro.
O consumo da música gospel - poderoso meio de consciencialização da sociedade -, incentivado pela imprensa angolananos últimos anos, é outro aspecto que deve ser assinalado, se tivermos em conta as dificuldades por que passaramos cultores deste género musical que pretendiam promover os seus trabalhos nas rádios e na televisão.
Música da igreja?
Era esta a questão com a qual se desprezava um género musical – o gospel - que actualmente encontra espaço nosprogramas radiofónicos e televisivos, alguns destes voltados para a abordagem em torno da também denominada música sacra.
A entrada em funcionamento da TV Celestialconstituisem dúvida um momento de capital importância na História de Angola, em geral, e em particular da Igreja existente neste País,pelo facto deos cristãos angolanos disporem pela primeira vezde um canaltelevisivo angolano dedicadoexclusivamente à pregação da Boa Nova.
Em certos círculos cristãos louva-se a Deus pelo aparecimento dos referidos meios de comunicação social como resposta às orações dirigidas a Si pela Igreja,que deseja conquistar cada vez mais espaços/oportunidades para a pregaçãoda Palavra que restaura oindivíduo que vive à margem das normas socias.
A concretização deste desiderato é sem dúvida um contributo sério para a inclusão social, e igualmente para a difusão de valores espirituais dos quais derivam os valores éticos, morais, civicos necessários para que tenhamos uma sociedade sã, onde o amor ao próximo vivido na sua plenitude e essência torna-se o princípio basilar nas relações humanas.